Leitura: Les Parisiennes, Anne Sebba
Vai parecer contraditório, mas esse livro é cansativo e muito bom. Demorei muito pra terminar (curiosidade: ele foi pro Kilimanjaro comigo, achei que teria tempo de sobra pra ler quando estivéssemos nos campings, mas não peguei ele um dia sequer durante e expedição. Estava tão absorvida na aventura que nem lembrava do livro), e gostei muito mais dele do meio pro final.
Les Parisennes abrange toda a década de 1940 em Paris - óbvio - e mais precisamente como as parisienses viveram e sobreviveram a ocupação da cidade pelos nazistas e os campos de concentração. E, o que pra mim foi o mais interessante, como elas foram parte vital para o movimento de resistência e espionagem.
O livro é cansativo porque cita centenas de nomes em todos os parágrafos. E as vezes esses nomes aparecem várias vezes e fica impossível lembrar o que a autora havia falado da pessoa lá no começo. Ainda mais que eu tive essa pausa na leitura durante o Kilimanjaro, quando retomei fiquei perdidinha.
A parte após a libertação de Paris e logo depois o fim da guerra também me impactou muito. A misoginia e o descaso do governo e da população com as mulheres sobreviventes e resistentes chega a doer no estômago. Quando a gente fala que a história é escrita por homens, sobre homens e para homens não estamos exagerando. Leiam esse livro e vocês terão uma ideia de como o legado de mulheres é apagado e esquecido.
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