Natal francês

dezembro 29, 2017 Helô Righetto 1 Comentários


Desde 2011 eu e o Martin passamos o Natal junto com a Paula e o Filipe, nossos amigos que se mudaram pra Paris poucos meses depois que nós chegamos em Londres. Esse ano foi nossa vez de ir pra lá (desses 7 natais, 5 foram aqui em Londres), e além de passearmos em Paris fomos conhecer o maravilhoso Mont Saint-Michel.

Foi uma semana de férias no total (chegamos em casa há poucas horas), como eu estava ansiosa por essa pausa! Tive um ano muito bom (obviamente sem levar em consideração o momento de merda que assola o mundo todo), mas esses últimos meses estava com dificuldade de recarregar a bateria. Ir visitar nossos amigos pra manter essa tradição foi uma ótima maneira de encerrar o ano.

Aqui uma foto do quarteto em frente ao Mont Saint-Michel. No dia que chegamos o vento estava muito, muito forte, era preciso ter cuidado pra não ser derrubado (sério). Esse lugar estava na minha listinha de desejos turísticos há tempos, e finalmente conseguimos ir! É tão lindo quanto todas as fotos que vi.


Espero que todo mundo que lê esse blog tenha um fim de ano relax. E rodeado de amigos!

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Quem é o criminoso?

dezembro 24, 2017 Helô Righetto 0 Comentários


Estamos em Paris por uma semana, para passar o Natal com os nossos amigos Paula e Filipe - esse será o sétimo Natal que passamos juntos, uma tradição que não pretendemos quebrar.

Bom, ontem eu e o Martin estávamos passeando pela cidade quando ouvimos uns gritos. Olhamos pra trás e vimos dois homens correndo. Um perseguia o outro. O que estava fugindo carregava uma sacola, e o que estava atrás dele vestia um avental. Na hora já entendemos: o da frente roubou algo de uma loja, e o de trás era vendedor da loja e percebeu o roubo.

O vendedor alcançou o que roubou, arrancou a sacola dele e tirou de dentro uma garrafa - o objeto roubado. Mas o que aconteceu em seguida foi o que realmente me chocou: o vendedor começou a bater no cara, que por sua vez se encolheu e não revidou. Foram uns dois ou três tapas. O moço então tentou pegar a sacola de volta da mão do vendedor, mas não conseguiu. O vendedor o ameaçou com a garrafa e então andou de volta para a loja. A gente claro não entendeu o que eles falaram, mas o rapaz voltou junto com ele. Sei lá se ao chegarem na loja o vendedor chamou a polícia. Continuei andando.

Fiquei muito, mas muito impressionada mesmo com o acontecido. Como uma pessoa bate na outra no meio da rua, em plena luz do dia, na frente de todo mundo? Pra mim, o vendedor perdeu a razão no segundo que encostou a mão no rapaz que roubou a garrafa. Isso é um perigo. Quem somos nós pra fazer justiça com as próprias mãos? Ainda que tenha sido um flagrante? Desde quando bater em alguém resolve algum problema? O que será que aconteceu com o 'ladrão' dentro da loja? Não gosto de pensar.

Você pode até argumentar comigo: mas poxa, ele roubou!

Só que de um 'flagrante' para o achismo é um passo. Isso é muito, muito perigoso. Não cabe a ninguém decidir a punição do 'ladrão'. Existe sistema judiciário pra isso. E já é suficiente que tal sistema seja antiquado e que não resolva violência a longo prazo. Isso não justifica que a gente tenha que penalizar outros seres humanos.

Enfim. Não consigo parar de pensar no rapaz. Na cena do vendedor descendo a mão nele, no  meio da rua.

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Leitura: Flâneuse, Lauren Elkin

dezembro 21, 2017 Helô Righetto 0 Comentários


Esse livro estava na lista de leituras complementares de uma das minhas aulas do mestrado. Como era um tema muito bacana e uma amiga também tinha começado a ler e estava gostando, resolvi unir o útil ao agradável.

A ideia de 'flanar' - ou seja, caminhar por um centro urbano sem objetivo, apenas observando o movimento da cidade sem ter exatamente um lugar pra chegar - nasceu em Paris no século 19. O flanador - em francês, flâneur - era o homem burguês, que tinha o privilégio de caminhar sem ser incomodado. E a flanadora, a flâneuse, existia?

Bom, existem várias opiniões a respeito. Há pesquisadores que dizem que sim: que a mulher ocupava as ruas dos centros urbanos também, ainda que sob outra perspectiva. Eu não concordo. Eu não acho que mulheres que estavam na rua pra trabalhar - seja como vendedoras ou como prostitutas ou até mesmo as mulheres ricas que podiam sair, mas tinham que levar acompanhantes (sem falar da roupa desconfortável) - aproveitavam a cidade da mesma maneira do flâneur.

Mas discussões acadêmicas a parte, a ideia do livro da Lauren Elkin é mostrar a experiência de mulheres - de diversas épocas - que tiveram oportunidade de ter essa experiência. Desde a escritora George Sand, que se vestia de homem para poder flanar em Paris sem ninguém encher seu saco, até Virginia Woolf em Londres e a própria autora em Tóquio, ela explora essas histórias e mostra que as mulheres também ocupam espaço na cidade.

A introdução do livro é sensacional. É praticamente a aula que eu tive sobre isso em algumas páginas. Mas os capítulos - cada capítulo dedicado a uma cidade em conjunto com uma protagonista da qual ela 'segue' os passos - vão ficando repetitivos. Ela mistura muito suas experiências pessoais ao longo da narrativa e eu achei que isso não ficou muito bem encaixado. Fora que em alguns capítulos fica monótono mesmo, como em um que ela descreve um filme, cena a cena. Em algumas partes eu achei que ela perdeu o fio da meada completamente: parecia que não estava mais descrevendo a relação daquela mulher com aquela cidade, mas apenas mostrando o seu conhecimento intelectual sobre o trabalho produzido por aquela mulher.

Acabei levando muito mais tempo do que achava que ia levar pra terminar esse livro. Claro, tem o mestrado na parada e o desgaste mental - as vezes não tenho vontade de ler nada e só quero ficar vendo porcaria na televisão e na internet - mas me conheço e sei que se eu tivesse me interessado mais teria terminado antes.




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Queen, mais uma vez

dezembro 18, 2017 Helô Righetto 0 Comentários


Em janeiro de 2015 a gente foi no show do Queen (com o Adam Lambert como vocalista), e eu achei que jamais eles tocariam de novo. Mas eis que resolveram fazer mais uma turnê mundial para comemorar os 40 anos do álbum News of the World (com o famoso robô na capa), e lá fomos nós de novo. Como da primeira vez, foi maravilhoso. Emocionante, com todas as músicas que a gente ama e canta de cor.

Eu achei que dessa vez o público estava menos animado, pelo menos nas primeiras músicas. Demorou pra galera pegar no tranco!

Bom, fiz alguns snaps e resolvi compilar. Então aqui está um videozinho bem tosco com alguns momentos do show. Desculpem-me os 'UHUUUUUUUS' e a voz tentando acompanhar algumas partes das músicas. Na verdade, acho que esse post é mais pra mim do que pra vocês : )


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Agenda cheia

dezembro 09, 2017 Helô Righetto 1 Comentários


Uma das coisas que quero fazer em 2018 é fazer menos coisas. Esses dias eu peguei minha agenda do ano que vem e comecei a anotar os compromissos que já tenho: alguns shows, meia maratona, exposições e até encontros com amigas. Vai ser um ano atribulado, de dissertação pra escrever, projeto do Conexão Feminista para colocar em prática (estou esperançosa de que vamos alcançar a meta!) e provavelmente algumas viagenzinhas.

Eu sempre tenho a impressão de que 'daqui duas semanas vai estar mais tranquilo', mas nunca acontece. Vou marcando compromissos e quando em dou conta mal tenho tempo pra mim, pra ficar em casa e ficar com o marido vendo televisão. Morar em Londres catalisa essa sensação de que estamos perdendo algo muito bom se ficamos em casa. Tem sempre alguma coisa incrível rolando.

Óbvio que é ótimo estar com as amigas e ter uma vida social agitada, mas preciso aprender a priorizar. Meus treinos de corrida foram muito prejudicados esse ano, e em 2018 eu quero que isso seja o que me faz dizer não para marcar outros compromissos, e não o contrário.

E vocês, sentem isso também?

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