Leitura: A Room of One's Own, Virginia Woolf

agosto 29, 2017 Helô Righetto 0 Comentários


Esse era um dos livros que eu, como feminista ativista, achava que tinha obrigação de ler. Mas estava adiando pelo simples fato de que já havia tentado ler outro livro da Virginia Woolf e falhado miseravelmente. Do tipo, ler uma página, reler e continuar sem entender absolutamente nada. Super difícil. Mas como duas amigas me falaram que esse não era assim tão complicado, decidi encarar antes de começar o mestrado (já estou me achando atrasada antes mesmo de começar as aulas, vejam bem).

Olha, realmente é um livro incrível e agora tenho certeza de que é imprescendível (principalmente para mulheres criadoras de conteúdo). Mas é sim difícil e prolixo, talvez não tanto como os de ficção que ela escreveu, mas é. A boa notícia é que não é preciso decifrar todas as sentenças e parágrafos, porque dá pra compreender o contexto: o fato de que as mulheres estão em desvantagem no mundo literário (e como eu mencionei, acho que dá pra aplicar pra qualquer tipo de conteúdo, escrito ou gráfico).

Talvez esse tenha sido meu primeiro e único livro da Virginia Woolf, mas talvez o que ela achasse mais apropriado pra mim : )

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Quanto menos eu escrevo..

agosto 28, 2017 Helô Righetto 0 Comentários


...mais difícil fica de voltar a postar!

Tenho tido semanas bem atribuladas, emendei uma viagem na outra (uma com o Martin e outra pelo blog) e chegando em casa resolvi fazer umas mudanças na decoração da sala. Então, ao mesmo tempo que subo 30 giga de arquivos de vídeo (feitos na viagem pelo blog) e monopolizo a internet aqui de casa há mais de 72 horas (sim, nossa internet é lenta), tento não tropeçar nos livros e objetos espalhados pelo chão da sala, que precisaram vir abaixo para podermos desmontar os móveis antigos e montar os novos.

UFA.

Mas né, pra que ficar em casa e colocar a vida em ordem, escrever nos blogs e deixar a casa minimamente decente se hoje, feriado, fez um dia maravilhoso de sol?

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Leitura: Why I Am Not A Feminist (A Feminist Manifesto), Jessa Crispin

agosto 21, 2017 Helô Righetto 0 Comentários


Apesar do título apelativo, não se engane: esse é um livro sobre feminismo. Mas é bem diferente de todos os outros que já li, pois tem uma abordagem bem mais agressiva ("pé na porta", como a gente gosta de falar no Conexão Feminista). É um livro que critica o feminismo individualista, ou melhor, o feminismo que convém a população privilegiada.

Para a autora, o movimento feminista de hoje (pelo menos o predominante, liderado por mulheres brancas de classe média) é conveniente para poucas privilegiadas. Ela acredita que o feminismo não deve se adaptar a cultura, e sim transformá-la. Por exemplo, ela diz que exigir que empresas tenham o mesmo número de mulheres em homens em cargos de liderança não vai trazer resultado nenhum, pois as mulheres que são beneficiadas acabam tornando-se coniventes com o sistema opressor.

Eu fiquei bem mexida com a leitura e comecei a repensar meu próprio ativismo. Também gostei da maneira dela de escrever, sem fazer rodeios, sem ser gentil. Tem um ou outro argumento que não me convencem, mas só o fato de ela fazer eu mesma me questionar, já é um ótimo resultado.

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Tentativas

agosto 15, 2017 Helô Righetto 0 Comentários


Esses dias me dei conta de quanta coisa diferente estou experimentando esse ano. Algumas deram certo, outras não gostei, mas o fato é que ando mais animada para tentar fazer atividades que há alguns anos teria dito não sem pensar duas vezes. Sei lá porque.

Hoje por exemplo vou pela segunda vez fazer escalada indoor. Fui pela primeira vez semana passada e achei bacana (estou querendo encontrar algum exercício que me faça mexer os braços), apesar de que é intimidante ir subindo com todo mundo olhando lá embaixo.

Outra coisa nova que fiz foi passar um fim de semana em um barco, para aprender o básico de velejar. Achei uma escola na Isle of Wight (uma ilha no sul da Inglaterra) dedicada a ensinar apenas mulheres, então lá fui eu. Dessa vez não gostei muito. Quer dizer, gostei de estar no barco, mas não gostei do esporte em si.

E sem contar o Kilimanjaro né? Que além do trekking em si envolver diversas coisas novas, que eu nunca tinha feito antes (e que sempre jurei de pé juntos que não era 'meu estilo') como por exemplo acampar e (pasmem) tomar sopa.

Acho que estou tentando aproveitar ao máximo essa vida boa antes de começar o mestrado daqui a pouco mais de um mês (outra coisa nova!). Tô com uma ânsia de leitura, tentando terminar o máximo de livros que puder, com medo de não ter tempo de ler mais nada que não seja relacionado ao curso no próximo ano.

Queria ter mais vontade de contar todas essas experiências novas em detalhes aqui no blog. Elas acabam sendo compartilhadas nas redes sociais, e parece que quando escrevo aqui, já não é mais novidade. Mas enfim, o registro está feito, ainda que superficialmente!

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Leitura: Anything is Possible, Elizabeth Strout

agosto 10, 2017 Helô Righetto 0 Comentários


Eu li um livro dessa mesma autora (My Name is Lucy Barton) ano passado, e adorei. Acho que já comentei anteriormente o quanto gosto de histórias desse tipo, de vidas "ordinárias". Tipo o Stoner, que também é sensacional. Admiro demais escritores que conseguem transformar "vidas simples" (Eu coloco entre aspas porque não sou tão boa escritora e não consigo achar uma expressão melhor que essa. Vida simples nesse caso não quer dizer desinteressante, apenas o tipo de coisa que geralmente não encontramos na ficção) em histórias bonitas, gostosas de ler.

Então, quando vi esse livro, comprei sem nem ler a contra capa. E pra minha surpresa, ele tem uma ligação com o My Name is Lucy Barton. Não que você tenha que ter lido um para entender o outro, mas eles tem uma conexão. São várias pequenas histórias de pessoas que estão conectadas de alguma maneira. Por exemplo, o irmão da Lucy Barton. Aí no próximo capítulo é a história do vizinho desse irmão. E assim por diante. O personagem é figurante em um capítulo e principal no próximo. Achei muito bom mesmo e li em menos de uma semana (tudo bem que ter feito uma viagem de trem ajudou né, usei as 2 horas da ida e as 2 horas da volta pra adiantar bem a leitura!).




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Martin emocionado

agosto 04, 2017 Helô Righetto 4 Comentários


Desde que voltamos do Kilimanjaro, o Martin tem feito alguns vídeos da viagem, que estavam sendo produzidos e publicados em ordem cronólogica. Logo que chegamos ele estava naquela empolgação (que eu também tava né? Escrevi um post atrás do outro lá do Aprendiz de Viajante) e os primeiros vídeos saíram bem rapidinho, um atrás do outro.

Aí, finalmente, ficou faltando só o último vídeo. O vídeo do ataque ao cume. O mais esperado! Só que tinha um problema: a gente tinha pouco material, pois a subida ao cume é uma coisa meio surreal e a última coisa que a gente pensava era fotografar ou filmar. Até porque é uma função tirar as luvas, pegar a câmera no bolso do casaco... e estava muito escuro, e as nossas câmeras não são aquelas mega potentes. Não sei se já falei, mas logo em uma das primeiras paradas que fizemos, eu tirei minha luva pra pegar um lanchinho na mochila, e vi que as minhas mãos estavam brancas, congeladas. Aquela visão me assustou muito e eu decidi não tirar mais as luvas dali em diante. Só fui fotografar de novo quando o sol nasceu, e o Martin a mesma coisa com a filmagem.

Mas enfim, o vídeo saiu, e a solução foi muito boa, rolou uma narração do Martin e uma declaração engraçada que envolve ele dizendo que nunca havia se emcionado tanto assim, nem mesmo no dia que se casou (valeu, amor!!!).

Aí está, o vídeo do cume... prepara o lencinho se você é de chorar!

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Mantchestá

agosto 03, 2017 Helô Righetto 0 Comentários


Não é Manchéstêr. É Manctchestá! Ou Manchester mesmo, se você tiver a pronúncia apropriada (que eu não tenho). Bom, estive lá no último fim de semana. Foi uma dessas viagens que as vezes faço pelo Aprendiz de Viajante, como já expliquei aqui.

Achei Manchester um mix de Hamburgo (prédios de tijolo vermelho), Munique (não sei explicar exatamente o porque, mas achei parecido) e Bristol. Ou seja: muito legal. Fiquei realmente encantada de como a cidade é "cool", e do tanto de atração turística que tem. Também fiquei impressionada - a mesma palavra mas com um sentido diferente - com a pobreza. Não esperava ver tantos moradores de rua, acho que ainda mais (porporcionalmente) do que em Londres.

Tive a oportunidade maravilhosa de ver a casa onde surgiu o movimento sufragista liderado por Emmeline Pankhurst e também a casa onde morou Elizabeth Gaskell. Só isso já valeu o deslocamento!

Eu não estava em Manchester sozinha, o Visit Manchester convidou um total de 75 blogueiros e instagrammers. E sim, tem muito a ver com o atentado que aconteceu no show da Arianna Grande há um tempo, que atingiu o turismo na cidade em cheio.

Bom, no que depender de mim, vou insistir pra todo mundo que tem uma viagem planejada a Inglaterra ir pra lá. Eu espero voltar em breve com o Martin a tiracolo!

Ah, pra quem tem Instagram, vejam a hashtag #workerbeeweekender, que foi utilizada por todo mundo que passou esse fim de semana lá junto comigo!







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Leitura: Les Parisiennes, Anne Sebba

agosto 02, 2017 Helô Righetto 0 Comentários


Vai parecer contraditório, mas esse livro é cansativo e muito bom. Demorei muito pra terminar (curiosidade: ele foi pro Kilimanjaro comigo, achei que teria tempo de sobra pra ler quando estivéssemos nos campings, mas não peguei ele um dia sequer durante e expedição. Estava tão absorvida na aventura que nem lembrava do livro), e gostei muito mais dele do meio pro final.

Les Parisennes abrange toda a década de 1940 em Paris - óbvio - e mais precisamente como as parisienses viveram e sobreviveram a ocupação da cidade pelos nazistas e os campos de concentração. E, o que pra mim foi o mais interessante, como elas foram parte vital para o movimento de resistência e espionagem.

O livro é cansativo porque cita centenas de nomes em todos os parágrafos. E as vezes esses nomes aparecem várias vezes e fica impossível lembrar o que a autora havia falado da pessoa lá no começo. Ainda mais que eu tive essa pausa na leitura durante o Kilimanjaro, quando retomei fiquei perdidinha.

A parte após a libertação de Paris e logo depois o fim da guerra também me impactou muito. A misoginia e o descaso do governo e da população com as mulheres sobreviventes e resistentes chega a doer no estômago. Quando a gente fala que a história é escrita por homens, sobre homens e para homens não estamos exagerando. Leiam esse livro e vocês terão uma ideia de como o legado de mulheres é apagado e esquecido.




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