Leitura: The Luminaries, Eleanor Catton

setembro 26, 2014 Helô Righetto 3 Comentários

The Luminaries foi meu companheiro fiel nos últimos 2 meses. Carreguei suas 832 páginas (nem adianta deixar comentário falando de e-reader, dessa água só beberei no dia que não existirem mais livros impressos, me deixa) de casa do trabalho do trabalho para casa todo santo dia. E valeu a pena.

É um livro sensacional, e eu não consigo entender como uma pessoa de apenas 30 anos (25 quando comecou a escrever) tenha conseguido escrever algo assim tão, tão bom. Sinto inveja intelectual de alguém assim tão inteligente! Comentei isso com uma amiga outro dia e ela disse 'bom, vai ver os pais delas tem muita grana né, e ela não precisava trabalhar'. Eu realmente amo minhas amigas.

Mas, ao livro. A história começa dia 27 de janeiro de 1866 na cidade de Hokitika, na Nova Zelândia. Uma série de fatos estranhos, e que parecem estar interligados, acontecera na cidade 2 semanas antes, e 12 homens - cada um com um envolvimento diferente nos acontecimentos - reunem-se para tentar desvendar as circunstâncias desses acontecimentos.

Eu fiquei impressionada com a riqueza de detalhes da narrativa - como a autora consegue amarrar tão bem todos os personagens. Juro que pensei nela trabalhando em seu escritório, com uma parede toda riscada na sua frente, cheia de nomes e flechas, fatos e datas.

E como não virar fã de uma escritora que tuita o seguinte:



A maneira como os personagens interagem e até mesmo o tamanho de cada parte de livro também tem relação com astrologia: signos, influências de astros sobre planetas. Mas isso eu precisei pesquisar depois que acabei o livro pra entender melhor.

No fim, eu fiquei com uma pequena dúvida, mas nada que tenha estragado o prazer de ler esse livro. Se você já leu, deixe aí um comentário porque eu quero dividir minha angústia! E, pra quem não leu: recomendo!

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5 coisas que você não vai ter na sua casa em Londres

setembro 24, 2014 Helô Righetto 13 Comentários

1. Ralo no banheiro
Ralo, só no box ou na banheira. Ou seja, dar aquela esfregada no chão com veja, só se você estiver afim de secar tudo no braço depois. E como ninguém tem braço ou paciência (e tempo!) pra isso, em pouco tempo, muito pouco mesmo, você nem vai se lembrar de que na sua casa no Brasil existia um ralo. O negócio é investir mesmo nos lenços que ja vem umedecidos e pronto! Esfregão e rodo, nunca mais (vejam bem, não ter ralo é uma espécie de libertação doméstica).

2. Tanque
Taí outra peça inexistente na casa londrina que no fim das contas é uma coisa boa. Porque tanque, na boa, só serve pra fazer a gente trabalhar mais. Você acaba pegando o hábito de comprar roupas que podem ser lavadas na máquina, ou então precisa se contorcer pra esfregar a bendita blusa delicada na pia do banheiro. E pra lavar roupa delicada na pia do banheiro é preciso (na teoria) dar uma lavadinha básica na pia, senão a roupitcha sai com resto de cuspe, cabelo e pasta de dente. Ou seja, não.

3. Varal no teto
Essa do varal eu já mencionei várias vezes, inclusive nesse post sobre as 5 coisas que você vai comprar pra sua casa quando se mudar para Londres. Aqui, o negócio é varal portátil, daquele que você esconde (quando fechado) embaixo da cama ou atrás da porta. Varal no teto é pra quem tem um luxo chamado espaço, coisa raríssima em Londres. Ou seja, você pode até ter um varal no teto, mas terá que instalar o bendito na sala ou no quarto. Dê um adeus especial a sua área de serviço antes de ir embora do Brasil!

4. Tomada/Interruptor no banheiro
Você nunca mais vai conseguir secar seu cabelo no banheiro, a não ser que seu secador tenha um fio de 5 metros, pra alcançar uma tomada em outro canto da casa/apartamento. Pois é, não tem tomada no banheiro (alguns tem uma tomada que deve ser usada APENAS para barbeadores elétricos, o que eu acho super sexista. Se homem tem tomadinha especial pro barbeador, por que diabos não tem pro secador? Enfim). Isso por cusa das regras de 'Health & Safety' (Saúde e Segurança) que são super rigorosas por aqui. Outra coisa esquisita do banheiro é a falta de interruptor pra acender a luz: ou o interruptor estará do lado de fora (e um dia alguém vai apagar a luz sem querer bem quando você estiver lá dentro de mãos atadas) ou então em vez de interruptor existe uma cordinha pra puxar - bem retrô!

5. Bidê/Chuveirinho
Comece a treinar seu intestino para que ele funcione no horário antes de você tomar banho, ou então acostume-se a limpar a bunda com lencinhos umedecidos de bebê, porque meu amigo, bidê e chuveirinho não fazer parte da mobília banheirística por aqui. Sinto muito ser a responsável por essa decepção, que deveria pesar muito na hora de tomar a decisão de sair do Brasil de vez (em tempo: você até encontra bidê pra vender em lojas especializadas, mas cadê que os banheiros tem espaço e encanamento pro dito cujo?).

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5 hábitos irritantes que você vai adquirir quando se mudar para Londres

setembro 18, 2014 Helô Righetto 7 Comentários

1. EXCUSE ME
Ah, nada mais londrino do que falar EXCUSE ME daquele jeitinho grosseiro que turista acha que é educado para alguém parado do lado esquerdo da escada rolante. O seu primeiro EXCUSE ME será mais parecido com um excuse me: baixinho, envergonhado, quase pedindo desculpas. Ao longo dos anos você pega prática e assim que avisa o turista desavisado bloqueando o lado esquerdo e atrasando sua vida em 6 segundos solta um digno EXCUSE ME que na minha opinião deveria contar pontos pra cidadania britânica

2. Tentar evitar que alguém sente ao seu lado no ônibus/metrô/trem
Quando você entra no vagão do trem/metrô ou no ônibus, sempre vai ter uma pessoa tentando evitar que alguém sente ao seu lado colocando a bolsa no assento. Esse truque é engraçado, porque você vira os olhos quando vê, mas pode ter certeza de que tentará fazer o mesmo! O pior (melhor?) é que funciona, já que todo mundo prefere achar outro lugar do que pedir pra pessoa retirar a bolsa. E já vi, muitas vezes, pessoas ficarem de pé e deixarem o fulaninho com a bolsa ocupando espaço onde alguém poderia estar sentado. Uma coisa é tentar 'guardar' o assento quando existem outros disponíveis, outra é fazer cara de paisagem quando o trem fica lotado. Mas anota aí: você também vai fazer isso.

3. Byyyyeeeeeeeeee
Aqui, ninguém encerra conversa de telefone com 'beijo, tchau'. O pessoal fala tchau (bye) mesmo, mas não é apenas um 'bye'. É um bye com voz afinada e ênfase no 'y', então fica 'byyyyyyye'. Até conversas mais sérias, entre pessoas de voz grossa, podem terminar assim. Por que raios todo mundo tem que afinar a voz? É esquisitíssimo esse 'bye' meigo, acho demasiado irritante. Prefiro mandar beijo, mas quando estou ao telefone com alguém daqui, não tem jeito: sai o bye irritante.

4. Atravessar a rua loucamente
Todo londrino é um suicida em potencial, basta vê-los atravessando a rua em algum ponto super movimentado da cidade, como Piccadilly Circus e Oxford Circus. Quanto mais movimentado, mais chances você terá de ver um quase atropelamento. É um desespero pra atravessar a rua, estão sempre com muita pressa e parece que os 2 minutos do farol fechado para pedestres são uma ofensa. E aqui não é como nos Estados Unidos, que a pessoa bota um pé na rua e o carro para. Os motoristas não querem nem saber, continuam como se não tivesse um trouxa arriscando a vida passando na frente. Não tem um dia que eu não veja um doido passar raspando em frente um ônibus. MAS, vai chegar o dia que você vai fazer o mesmo. Atravessar como se fosse tirar o pai da forca: londrinos manjam muito.

5. Largar o jornal em qualquer canto
Adoro os jornais e revistas gratuitos distribuídos em Londres, mas detesto vê-los largados pelos cantos do metrô, trem, ônibus e estações. Por que ninguém leva o jornal para casa ou sei lá, joga no lixo depois? Apenas uma ideia. O problema é que é tradição 'reutilizar' o jornal deixado pelas pessoas por aí, e assim consecutivamente até o funcionário que faz a limpeza do metrô ter que catar tudo e jogar no lixo. Eu acho assim: pegou alguma coisa, precisa então ser responsável por jogar no lixo. Largar, simplesmente, não pode. Só que não posso atirar pedras porque né, quem nunca. Já fiz, pronto, falei. Esqueci o livro em casa, então peguei o jornal na entrada da estação e na hora que chegou a minha parada, deixei ele pra trás, no assento onde eu estava.


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Exposição: Late Turner - Painting Set Free

setembro 16, 2014 Helô Righetto 0 Comentários

Essa já é a terceira exposição do Turner nos meus quase 6 anos de Londres. E olha, com a quantidade de quadros que ele pintou, dá pra pra montar mais muitas e muitas exposições com temas diferentes. Da primeira vez, na National Gallery (quando vi o trabalho do Turner pela primeira vez) o tema era a o trabalho dele inspirado no Claude (Lorrain, não Monet). A segunda, que aconteceu faz pouco tempo no National Maritime Museu, era sobre o trabalho dele inspirado no mar.

Dessa vez, na Tate Britain (meu museu preferido em Londres), o foco é o trabalho do Turner a partir dos seus 60 anos até sua morte (1835-1851). O nome 'Painting Set Free' refere-se ao fato de ele então já ser um artista estabelecido e 'libertar-se' de convenções (se bem que ele nunca foi muito preso a tais convenções e desde o início da carreira 'chocou' os críticos e o público).

Uma das partes que mais gostei foi a seção dedicada as pinturas feitas em Veneza, além dos quadros em formato 'inovador' para a época (quadrados e octágonos, por exemplo).

Essa exposição fica em cartaz até 25 de janeiro, e a entrada custa £16.50 (lembrando que a entrada para ver o acervo do museu é gratuita). 

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Vídeo: Pembrokeshire, País de Gales

setembro 11, 2014 Helô Righetto 3 Comentários

Fizemos um vídeo da nossa mais recente viagem ao País de Gales (mais precisamente a região de Pembrokeshire), usando várias fotos e vídeos curtos feitos com o celular. Ficou bem bacaninha, e tem um pouco de cada lugar/cidade que visitamos.
 

(sei que pouca gente tem paciência pra ver vídeos, mas esse é curto, vê aí vai!)

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5 nomes de estações em Londres que todo mundo fala errado quando chega

setembro 07, 2014 Helô Righetto 13 Comentários

1. Leicester Square
Três letras da palavra Leicester simplesmente somem quando ela é pronunciada: o 'ice' é totalmente ignorado e você deve falar 'Léster'. A mesma coisa com Gloucester (estação Gloucester Road): vira Gloster. Acho um desperdício de letras, principalmente num mundo onde precisamos cortar cada vez mais caracteres (alô, Twitter!)

2. Tottenham Court Road
Acho que mesmo que eu more aqui pro resto da vida, jamais conseguirei pronunciar Tottenham do jeito certo. É até complicado explicar como se fala, porque não necessariamente algumas letras são cortadas, como em Leicester, mas a pronúncia é rápida e sutil. Por exemplo, olhando os dois Ts seguidos, dá vontade de falar TOTTEN com ênfase no TTE não? Pois é, não. E o h no 'ham' é praticamente mudo (malditos, conseguem esquecer do H nessa palavra mas não conseguem não pronunciar no meu nome). Então é mais ou menos assim: Tótenam. (o 'tenam' fala bem rápido e meio que fechando a boca).

3. Greenwich
Uma das minhas primeiras lições de inglês nos 2 mil anos que cursei Cultura Inglesa foi: toda vez que você vê dois Es seguidos (ee), a pronúncia vira i. Beleza, MAS NÃO. Greenwich não se fala Grinwich, se fala Grénich. Pois é, não apenas o ee vai por água abaixo mas também o w some. Tá tudo errado nesse mundo.

4. Southwark
Eu queria muito entender o porquê da palavra 'south' mudar completamente a pronúncia quando combinada com 'wark'. South é fácil, certo? Essa todo mundo sabe: sáuth. NÃO. Alguém achou que não seria OK falar Sáuthuórk e mandou avisar que, nesse caso, south se fala SÃD. Isso, SÃDwark. Pra que? Acho que é por isso que essa estação está sempre vazia e ninguém gosta dela.

5. Chiswick Park
Chiswick é uma daquelas palavras que a gente fica tentado em separar em duas para pronunciar: Chis/Wick. A primeira vista a gente sempre acaba falando assim: CHEESEWEEK. Mas aqui também tem letra ignorada, é preciso engolir o W e não esticar a letra I nas duas vezes. Fica mais ou menos assim: Tchísik.


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Paris, só que quase

setembro 06, 2014 Helô Righetto 3 Comentários

Estou em Paris (a trabalho) há dois dias e fico mais dois dias. Sempre que venho pra cá, seja a trabalho ou por puro lazer, a estadia é intensa. Sempre passa voando, seja andando pelos corredores da feira que venho cobrir ou sentada num café qualquer vendo o tempo passar.

Gosto demais daqui! Tenho grandes amigos na cidade e consigo andar nas ruas com uma boa noção de onde estou, sem depender tanto de mapas. Paris é tão legal que a gente fica adiando passeios clássicos nos arredores da cidade. Tem sempre um museu pra conhecer, ou mais um café au lait pra tomar. 

Acho que Paris sabia exatamente como eu estava me sentindo hoje (com saudades!), tinha até um recado em inglês no meio da rua, que implorava por uma foto mico:


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5 perguntas que vão te fazer quando você mudar para Londres

setembro 03, 2014 Helô Righetto 13 Comentários

1. Você vai ficar em Londres pra sempre? 
A pergunta que não quer calar. Não tem quem não pergunte isso - familiares, amigos e pessoas que você acabou de conhecer. E é engraçado, porque a maioria das pessoas nunca sabe responder. Pra sempre é muito tempo, né? Se eu não sei onde vou almoçar amanhã, como vou saber se vou ficar aqui pra sempre? Minha reposta geralmente é: vou ficando enquanto está bom, mudar de país (mesmo que seja pro meu país de origem) dá muito trabalho

2. O que vocês comem aí?
Acho que por causa dessa fama (pra lá de ultrapassada) que a cidade tem, de que a culinária daqui se resume a peixe e batata, o pessoal fica curioso pra saber da nossa alimentação. Para decepção geral de quem pensa que comemos mal nesse país, nossos hábitos alimentares melhoraram muito desde a mudança pra Londres (claro que também influencia o fato de estarmos mais velhos e mais cuidadosos com o que comemos). Isso porque as compras do supermercado saem mais baratas e aqui conheci pratos típicos de paises como Índia, Paquistão, Nepal e Tailândia (não estou falando que não existem restaurantes desses países no Brasil, apenas que aqui o acesso é mais fácil, mais barato, tem por todo canto).

3. Você tem amigos ingleses?
Essa pergunta geralmente precede outra: os ingleses são frios mesmo? É diferente de ter amigos brasileiros? Bom, a resposta aqui varia muuuuito de pessoa pra pessoa. Eu, por exemplo, não tenho amigos ingleses, mas tenho colegas muito queridas de trabalho. Nos damos super bem e já saímos juntas algumas vezes (até porque viajamos muito juntas), mas não diria que somos amigas. Não porque elas são frias (isso não é verdade) mas simplesmente porque a evolução de uma amizade com alguém que teve uma criação em uma cultura completamente diferente da sua é muito mais devagar.

4. Tá frio aí?
Verão não é uma estação exclusiva para o hemisfério sul. Aqui também faz calor! Mas, assim como pode fazer 30 graus no inverno brasileiro, pode fazer 15 graus no verão inglês. Como diz um amigo meu (sempre uso esse exemplo): antes de se mudar pra Inglaterra, olhe no mapa - estamos perto de um pais chamado ICELAND (Islândia, mas que na tradução literal seria 'Terra do Gelo'), então é claro que aqui no geral faz mais frio do que no Brasil. Não adianta reclamar! É assim. Temos muitos meses frios, mas temos também meses quentes, dias lindos, céu azul e sol brilhando.

5. Quando você vem pro Brasil?
Há uma cobrança constante dos amigos para que você vá para o Brasil o máximo de vezes possível. Eu costumo ir a cada 2 anos, mas a maioria dos meus amigos aqui vai uma ou até duas vezes por ano. Isso quer dizer que eu não sinto saudades? Claro que sinto! Mas ir para o Brasil envolve um planejamento/orçamento muito mais detalhado do que uma viagem para qualquer outro lugar. Isso porque você precisa organizar encontros, visitar familiares e ir nos lugare que gosta. Já aviso: nunca dá tempo de fazer a metade das coisas que você planeja. Você volta frustrado e ainda por cima toma bronca de um monte de gente que não conseguiu ver. Isso pode até me fazer parecer uma expatriada sem coração, mas não acho que preciso ir pro Brasil todo ano apenas porque sou de lá. Mas obviamente cada cabeça uma sentença.

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Encontro em Londres

setembro 02, 2014 Helô Righetto 6 Comentários

Por causa da minha participação no Aprendiz de Viajante, faço parte da RBBV (Rede Brasileira de Blogueiros de Viagem), um grupo que reune centenas de blogueiros que dividem experiências, dicas, furadas e organizam vários eventos.

Bom, um desses próximos eventos será aqui em Londres: um encontro de blogueiros e leitores, que será dia 21 de setembro. O lugar escolhido é o bar do One Aldwych Hotel, a partir das 5 da tarde (o espaço está reservado para nós, mas cada um paga pelo seu consumo).

Então, se alguém estiver afim de bater um papo e tomar um gin&tonic apareça lá!

Endereço: 1 Aldwych, WC2B 4BZ

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