Faltam 3 dias

janeiro 29, 2018 Helô Righetto 0 Comentários


Janeiro de 2018, que mês intenso.

Há cerca de 2 semanas nós alcançamos a meta mínima da campanha de financiamento coletivo sobre a qual escrevi aqui em dezembro. Foi uma sensação incrível ver os números mudando, e finalmente atingindo o valor de R$9000 - o que precisávamos pra colocar nossa ideia em prática.

Mas a campanha continuou mesmo assim! Aliás, continua. temos até às 23:59 de quinta feira, dia 1 de fevereiro, para arrecadar o máximo possível, e assim realizar nosso projeto com menos aperto e mais liberdade.

Pra quem não tem ideia do que estou falando, acesse o site da campanha e considere (com carinho!) adquirir uma recompensa. Você vai fazer parte de um grupo de mais de 130 pessoas que está 'assinando embaixo' da nossa ideia. A gente quer mesmo construir algo bacana com a Conexão Feminista, e quanto mais gente fizer parte do nosso time, melhor!

Essa ilustração linda foi criada pela Claudia Senlle, irmã da Renata, para nos ajudar a divulgar a campanha. Fique a vontade pra copiar e usar nas suas redes sociais e compartilhar nosso projeto.


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Mochila

janeiro 24, 2018 Helô Righetto 2 Comentários


Durante o nosso ataque ao cume no Kilimanjaro, uma pessoa do nosso grupo se sentiu um pouco enjoada quando estávamos quase na metade do caminho. A primeira coisa que o nosso chefe de expedição fez foi tirar a mochila dela e entregar para um dos guias, que a carregou até o cume. Já mais pra frente, faltando mais ou menos uma hora pra chegarmos, eu já não estava aguentando mais a minha mochila. Não tinha quase nada dentro dela, mas estava pesando uma tonelada e chegou um momento que eu achava que não conseguiria dar mais um passo sequer. Se eu sentasse, só iria me levantar se fosse pra começar a fazer o caminho de volta. Nesse momento, a pessoa que estava sem a mochila há várias horas (e recuperada do enjôo), se ofereceu pra carregar a minha. Naquela altura do campeonato ela estava mais disposta do que eu, e eu sabia que ela realmente estava afim de me ajudar (estávamos caminhando no mesmo grupo há dias). No minuto que tirei a mochila das costas me senti melhor, foi impressionante.

Passado mais um tempinho, quem começou a sentir o peso da mochila foi o Martin. Ele parava várias vezes pra apoiar a testa sobre as nossas 'bengalas' de caminhada (walking sticks), e eu genuinamente achei em um dado momento que ele ia cair de cansaço. Então eu me ofereci pra carregar a mochila dele naqueles últimos metros - ter me desfeito da minha tinha me dado uma energia extra, e poder ajudá-lo também foi algo que surpreendentemente acabou me motivando a dar aqueles últimos passos até o cume.

Estou contando essa historinha pra fazer um paralelo. Ando pensando muito no fato de que a gente quase não pergunta pras pessoas ao nosso redor como elas estão (como está o peso da mochila delas) - perguntando pra valer mesmo, querendo saber a resposta verdadeira e não apenas a 'educada' (entre muitas aspas porque odeio isso de ter que perguntar/responder por obrigação, odeio a ideia de que não podemos incomodar os outros com os nossos problemas).

A gente meio que acha que sabe como as pessoas estão. E a gente geralmente acha que todo mundo está bem. Concorda? 'Ah, você sabe da fulaninha?' 'Sei sim, ela tá bem, trabalhando....' soa ou não soa comum? Tenho mesmo refletido muito sobre isso, sobre as vezes me pegar me sentindo sozinha sendo que estou rodeada de amigas. E as poucas pessoas com as quais eu dividi esse pensamento concordaram comigo. Tá todo mundo negligenciando todo mundo, a gente segue cada dia achando que 'tá tudo bem'.

Tenho feito um esforço pra sair desse ciclo vicioso. Faço parte de um monte de grupos no whatsapp, e me dei conta que raras são as vezes que tenho conversas particulares, sem ser aquela generalização dos grupos (não que eu não goste do bate papo com turma grande, muito pelo contrário). E noto que algumas pessoas fazem o mesmo, e isso me deixa contente. Receber uma mensagem só pra mim: 'oi, você tá bem? Vamos nos ver?' soa pra mim como 'deixa eu te ajudar a carregar a mochila pra você também chegar no cume'.

Enfim, um pouco de divagação pra dar uma animada por aqui ; )

E vocês, tudo bem?

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Leitura: Women & Power, Mary Beard

janeiro 23, 2018 Helô Righetto 0 Comentários


Um livro que dá pra terminar em um dia (mas eu levei pouco mais de uma semana, ficou passeando na minha bolsa), escrito por uma historiadora bastante famosa daqui da Inglaterra, a Mary Beard. Ela mostra como as mulheres de países ocidentais são sistematicamente caladas desde a época das civilizações grega e romana, derrubando o argumento daqueles que adoram falar que opressão de mulheres só existe em países e culturas distantes das nossas.

Ela questiona também o próprio conceito de poder, que é algo que (modéstia a parte) eu e a Renata falamos sempre na Conexão Feminista.

Enfim, um ótimo livro feminista pra dar aquela acordada no começo do ano. E ah, essa minha cópia é autografada! : )

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Sonhos

janeiro 15, 2018 Helô Righetto 1 Comentários


Em maio de 2017 fui no show do Cranberries aqui em Londres. Fui com a Marina, uma das minhas melhores amigas. Foi uma noite muito especial: uma banda que eu jamais achei que veria ao vivo junto com a minha amiga. Eu lembro que comprei os ingressos no impulso, sem nem pensar muito, quando vi que eles iriam se apresentar, já que era coisa rara.

A gente mal sabia que seria o último show da banda (todos os demais shows da turnê foram cancelados depois desse, por causa de problemas de saúde dela). Pelo menos com a Dolores cantando. Dreams foi última música, e pra mim o melhor momento do show. Essa não é apenas minha música preferida do Cranberries, mas uma das minhas preferidas de toda vida. Eu me identifico demais com a letra.

Oh my dreams, never quite as it seems...

Por sorte, alguém filmou essa música, nesse show que eu estava. Fica aqui pra eu lembrar de como esse dia foi bom, e também da sorte que tenho de poder escutar Cranberries quando quiser.



Oh my life is changing everyday
In every possible way
And oh my dreams
It's never quite as it seems
Never quite as it seems

I know I felt like this before
But now I'm feeling it even more
Because it came from you
Then I open up and see
The person falling here is me
A different way to be

I want more, impossible to ignore
Impossible to ignore
And they'll come true
Impossible not to do
Possible not to do

And now I tell you openly
You have my heart so don't hurt me
You're what I couldn't find
A totally amazing mind
So understanding and so kind
You're everything to me

Oh my life is changing everyday
In every possible way
And oh my dreams
It's never quite as it seems
'Cause you're a dream to me
Dream to me

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Leitura: Lincoln in the Bardo, George Saunders

janeiro 11, 2018 Helô Righetto 0 Comentários


Esse livro ganhou o Man Booker Prize de 2017. Ainda nem li o ganhador de 2016 (tá pegando poeira aqui na minha estante), mas tinha lido tanta coisa boa a respeito desse que resolvi passar na frente (não que eu tenha uma lista dos livros na ordem que quero ler).

É um livro estranho. A maneira como ele está escrito lembra um pouco uma peça de teatro. Então demora pra gente pegar no tranco e entender o que está acontecendo. Quem são essas pessoas? Onde elas estão? O que dá mais contexto pro negócio são os capítulos que possuem citações retiradas de outros livros e jornais da época que a história se passa.

O que a gente sabe: o filho do presidente Abraham Lincoln está doente, durante a Guerra Civil americana. O menino acaba morrendo, e Lincoln, desesperado, passa uma noite no cemitério onde ele foi enterrado.

Acho que se eu contar qualquer outra coisa vou estragar a história pra quem quiser ler. Gostei bastante, apesar de ter demorado pra me adaptar com essa maneira como o livro foi escrito. Então, não desanime nas primeiras páginas: insista que esse vale a pena!




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Oi, 2018!

janeiro 03, 2018 Helô Righetto 3 Comentários


Assim como o Natal, o ano novo foi bem tranquilo e em companhia de grandes amigos. Comemos, conversamos, brindamos, vimos os fogos na televisão (lembrando que ano passado a gente viu os fogos ao vivo, lá na frente da London Eye! Experiência que recomendo muito pra quem mora aqui, pra fazer pelo menos uma vez), e às 2 da manhã estávamos de volta em casa, prontos pra dormir.

Eu gosto muito da passagem de ano e de toda essa atmosfera otimista (por mais que o mundo esteja uma bela bosta e as perspectivas para 2018 sejam desanimadoras). Pessoas traçando metas, fazendo listas, largando hábitos antigos e tentando incorporar novos hábitos. Detesto os chatos que falam que 'você tem que mudar, não o ano'. Eta povo estraga festa!

Não sou de fazer grandes planos pro novo ano. Não sou de fazer grandes planos nunca, na verdade. Gosto de pensar em metas bem simples, acho que pelo simples fato de eu não ser uma pessoas ambiciosa. Pra vocês terem uma ideia, algumas das minhas metas para 2018: parar de colocar açúcar no café (já comecei dia 29/12 e continuo firme e forte), cortar refrigerante da minha vida de uma vez por todas (eu não compro pra ter em casa, mas sempre acabo pedindo quando vamos comer fora e eu não quero nada alcoólico), parar de carregar bolsa grande cheia de tralha (também já comecei em 2017), trocar o colchão e mandar pintar o apartamento (esse tem grandes chances de não acontecer, me dá uma gastura só de pensar na pentelhação que é ter a casa pintada).

Ah, também perguntei pro Martin se ele topava tirar uma 'selfie' por dia, nós dois juntos, e ele topou. Então esse é nosso projetinho juntos.

E vocês, traçam metas pro ano novo?

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