Intercâmbio Feminista

novembro 29, 2017 Helô Righetto 0 Comentários


Há uns meses eu e a Renata inscrevemos a Conexão Feminista em um edital do Fundo Elas, voltado para projetos que contemplassem ativismo feminista. Foi a nossa primeira experiência do tipo (até porque é raro encontrar edital que aceite projetos de grupos informais como o nosso), e infelizmente não fomos selecionadas. Mas a gente gostou tanto do projeto que criamos, que decidimos tentar novamente, mas dessa vez através de financiamento coletivo.

Então nós reescrevemos o projeto, deixamos tudo mais redondinho e com a nossa cara, e ontem colocamos no ar a campanha! O projeto se chama Intercâmbio Feminista, e a ideia é que a gente visite algumas ONGs e associações de mulheres no Reino Unido (a princípio: afinal, se der certo, nada impede que a gente faça isso em outros países também!). Vamos fazer o nosso clássico bate papo ao vivo no canal e também produzir ebook e vídeo-documentário. Queremos quebrar essa barreira geográfica e cultural e entender as melhores práticas, compartilhar experiências e soluções com outras ativistas que dedicam a vida ao feminismo.

Claro que colocar esse tipo de campanha no ar dá um frio na barriga: e se ninguém apoiar? E se acharem nosso projeto desinteressante? Mas o primeiro dia foi surpreendente, e agora não podemos deixar a peteca cair. Temos até dia 1 de fevereiro de 2018 pra alcançar a meta mínima (que é de R$9000) e tirar o Intercâmbio Feminista do papel.

Então obviamente que eu tinha que falar sobre isso aqui no blog. Se você puder, faça uma contribuição (as recompensas são bem legais, modéstia a parte) ou compartilhe o link com os amigos, ou nas suas redes sociais. Todo mundo sabe que não há propaganda melhor do que o boca a boca. Quem sabe ainda hoje conseguimos alcançar 20% da meta?

Conto com vocês! E o link é: benfeitoria.com/feminista


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Leitura: Girl Up, Laura Bates

novembro 20, 2017 Helô Righetto 0 Comentários


Se você lê esse blog faz tempo, talvez tenha reconhecido o nome da autora, Laura Bates. Eu já falei dela aqui várias vezes. Foi a Laura Bates que criou o projeto Everyday Sexism e depois escreveu um livro sobre o assunto (que pra mim é um oráculo feminista). Sou muito fã dela e corro atrás de tudo que ela escreve (ela frequentemente publica no Guardian e também no The Pool - onde eu também já publiquei, o que me deixa sim muito orgulhosa!). Então, quando ela lançou esse segundo livro, Girl Up, eu comprei mesmo sabendo que era direcionado para adolescentes.

O livro acho que ficou mais de um ano esperando na minha estante, e achei que agora era uma bora hora, já que tenho tentado escolher livros que me tragam muito mais prazer do que os textos acadêmicos do mestrado.

Bom, como eu disse, Girl Up (aliás, esse título é ótimo, é uma alternativa ao termo "Man Up"ou, em bom português, "seja homem") foi escrito para adolescentes. Fala sobre como a mídia contribui para que as mulheres sejam objetificadas, fala sobre pornografia, fala sobre body shaming, fala sobre cyber bullying, fala sobre feminismo. Ou seja, é basicamente um guia para adolescentes compreenderem o mundo machista que vivem.

Eu praticamente não tenho contato com adolescentes, mas acho que é muito necessário saber como lidar com as mulheres nessa faixa etária e saber o que está acontecendo. Afinal, "na minha época" felizmente não existia internet. Quer dizer, existia, mas não era parte da minha realidade. Nada de redes sociais, nada de emails, muito menos haters. Não consigo imaginar como deve ser ruim ser adolescente E ter que lidar com isso.

Enfim, fica essa dica preciosa para quem convive com meninas e adolescentes. Seja filha, prima, filha da amiga, sobrinha.... vale a pena dar uma lida e tentar abrir um canal de comunicação.

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Ganhei um prêmio!

novembro 19, 2017 Helô Righetto 1 Comentários


Há uns meses (não lembro direito quando, talvez julho ou agosto) recebi a notícia de que estava concorrendo a um prêmio. Quer dizer, eu não, a Conexão Feminista. Mas como o prêmio é organizado por uma instituição aqui em Londres (Focus Brasil), obviamente eu fui colocada como "responsável", caso ganhasse.

A categoria que estávamos concorrendo era "Fenômeno Digital", e como tinha um monte de gente bacana nessa mesma categoria, achei que não rolaria. Claro, pedi votos nas redes sociais (a primeira fase era voto popular) mas não insisti muito. Pra minha surpresa, em outubro saiu o resultado de que havíamos passado pra segunda fase, junto com outros dois finalistas (um dos quais o podcast Chá com Rapadura, que eu adoro e é muito bombado). E, poucos dias depois, saiu o resultado: a comissão da Focus Brasil escolheu a Conexão Feminista pra levar o prêmio!!!

E então chegou o dia da cerimônia de premiação, e lá fui eu receber o troféu (bem bonitinho). Meu primeiro troféu! E o melhor: tive o privilégio de dividir esse momento com um monte de amigas queridas que foram lá me prestigiar (infelizmente não tirei foto com todas...)

É isso. Agora com licença que eu vou lá no Linkedin atualizar meu perfil e avisar que meu passe está mais caro : )




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Leitura: Woman at Point Zero, Nawal El Saadawi

novembro 11, 2017 Helô Righetto 0 Comentários


Antes de falar do livro preciso dizer que estou orgulhosa de conseguir um tempinho pra continuar lendo coisas fora dos textos obrigatórios para as aulas do mestrado. Mas também estou escolhendo livros mais curtinhos, que sei que não ficarão meses indo pra lá e pra cá comigo dentro da bolsa.

Comprei esse recentemente, apesar de ter uma pilha imensa na minha estante, tem livro eserando a vez a vez há mais de um ano. Mas parecia interessante e facinho de ler, então passou na frente. A história parecia promissora: uma mulher presa no Egito, poucas horas antes de sua pena de morte ser executada, conta sua história para a psicanalista que visita a prisão. Uma história sofrida, com abusos sofridos desde a infância, prostituição e muita violência.

Mas, infelizmente, achei que a autora (ou talvez a tradução) não conseguiu colocar emoção. Uma história tão sofrida, mas que deixa demais a desejar. Não senti conexão alguma com a personagem, e achei todo o enredo meio confuso. Também achei que faltaram mais detalhes, mais descrições. Faltou vida, por mais abstrato que isso soe.

Uma pena...




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3 semanas

novembro 08, 2017 Helô Righetto 2 Comentários


O Martin viajou a trabalho por 3 semanas (já faz quase uma semana que voltou). Não consigo me lembrar de nenhuma outra ocasião que a gente tenha ficado separado por tanto tempo.

Eu fiquei sim com muita saudade. Mas, como comentei com uma amiga, não foi de todo ruim. Calma! Não decidi que quero morar em casas separadas : ) foi apenas um tempo bom para fazer uma reflexão e me dar conta que eu sou eu sem ele. Deu pra entender?

O negócio é que quando a gente está há tanto tempo junto com alguém (e acho que no caso de famílias sem filhos isso acaba ficando mais forte), a gente meio que vira 2 em 1. No nosso caso, "Helô e Martin". Sacam? Parece que é uma personalidade só, um gosto só. E sim, claro que um influencia o outro: eu absorvi muito do jeito Martin de ser e vice versa (isso tem lado bom e lado ruim, mas agora não vem ao caso), e a gente meio que acaba se acostumando. Por isso, quando ele ficou esse tempo fora, eu acabei percebendo que ainda sou eu sem ele. Tô filosofando demais?

Pode parecer coisa pequena, mas eu me virei pra fazer as refeições. Eu NUNCA cozinho. Assim como ele NUNCA bota roupa pra lavar. Bom, eu precisei cozinhar, afinal não há orçamento que aguente comer fora todos os dias. E ele precisou lavar as roupas, afinal não tinha cuecas suficientes para 3 semanas : )

Claro que é maravilhoso "funcionar"como um casal. Acho que a partir do momento que essa engrenagem enguiça, a gente precisa repensar se vale a pena estar juntos. Mas é também muito gratificante saber que ainda funcionamos sozinhos. Quem sabe da próxima eu até arrisco fazer um bolo? (eu pensei em fazer dessa vez mas me dei conta de que não sei mexer na batedeira profissa dele)

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