Leitura: Fifty Shades of Feminism (diversas autoras e editoras)

outubro 31, 2016 Helô Righetto 0 Comentários


Assim como o "I Call Myself a Feminist", que terminei há uns dois meses, esse livro é um conjunto de textos. Dessa vez, 50 mulheres escrevem sobre o que o feminismo é para elas. Obviamente que todo livro feminista é pra mim um grande aprendizado, mas até agora esse foi o que menos gostei. Acho que porque não me identifiquei com as abordagens de algumas autoras (muitas que entraram no ativismo nos anos 60 e 70, quando o feminismo tinha um recorte que eu considero um tanto quanto limitado).

Mas talvez esse seja mais uma vantagem do que desvantagem, até porque é preciso entender o que aconteceu no passado para planejar melhor o que podemos fazer agora, no presente. Eu sinto que já demos muitos passos, principalmente em relação de reconhecimento de privilégios e a noção de que o feminismo intersecional é muito importante (indo muito além do lance político e econômico).

Não recomendo essa leitura como a primeira para quem quer começar a estudar feminismo, mas acho que vale a pena colocar na lista uma vez que você já esteja mais familiarizada com o assunto.

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Livre e os questionários

outubro 26, 2016 Helô Righetto 4 Comentários


Duas amigas minhas, a Magê e a Rapha, começaram um podcast juntas, o Livre. O primeiro episódio foi pro ar hoje, e elas aproveitaram para fazer suas apresentações de uma maneira bem criativa. Utilizaram perguntas dos questionários de Pivot e Proust (eu conhecia o de Pivot por causa do Inside Actors Studio que eu assistia na tv a cabo no Brasil. Ainda existe?), e as respostas são ótimas pra gente saber um pouco mais sobre a personalidade delas.

Bom, como ideia rouba a gente rouba reutiliza, resolvi eu mesma responder algumas dessas perguntas aqui. Afinal, já falo tanto da minha vida aqui há tantos anos, nada mais justo do que me expor um pouco mais : )

Questionário de Pivot:

1. Qual sua palavra preferida?
Ótimo

2. Qual palavra você mais detesta?
Gordice

3. O que te anima?
Fazer planos. Pra qualquer coisa: viagens, projetos feministas, cursos, reservar um restaurante

4. O que te desanima?
Conservadorismo

5. Qual seu palavrão preferido?
Foda-se

6. Que barulho você mais gosta?
Chuva na janela

7. Que barulho você mais odeia?
Quando alguém puxa o catarro da garganta

8. Que outra profissão além da sua você teria?
Não sei nem que profissão eu tenho! Acho que eu gostaria de ser uma pintora

9. Que profissão você não tentaria de jeito nenhum?
Medicina

10. Se o paraíso existe, que você gostaria que Deus te falasse na sua chegada?
Parabéns, você é a pessoa mais velha que eu ja recebi aqui!

Questionário de Proust:

1. O seu principal traço de caráter
Vontade de mudar o mundo.

2. A qualidade que eu desejo em um homem
3. A qualidade que eu desejo em uma mulher
Vou responder essas duas de uma vez só porque acho retrógrado fazer separação por ser homem ou mulher. Interesse pela vida dos outros.

4. O que mais aprecio em meus amigos
Suas conquistas pessoais

5. Meu principal defeito
Carência e impaciência (pá, mando logo dois)

6. Minha ocupação preferida
Internet

7. Meu ideal de felicidade
Não tenho

8. O que seria minha grande infelicidade
Não ter amigas

9. O que queria ser
Achei muito subjetiva essa questão. Mas não tenho a menor ideia.

10. O país onde desejaria viver
Austrália ou Nova Zelândia

11. Minha cor preferida
Azul marinho

12. A flor que eu amo
Não é flor, é planta: qualquer tipo de suculenta

13. Um pássaro preferido
Eu gosto da vida rural, mas não a ponto de ter um pássaro preferido. Ah, pera, vou falar Puffins, porque são fofinhos.

14. Meus autores de prosa favoritos
Mario Vargas Llosa, Eleanor Catton

15. Meus poetas preferidos
Não vamos fingir que eu entendo de poesia né?

16. Meus heróis favoritos de ficção
Luis Bernardo (do livro Equador) e Winston Smith (1984)

17. Minhas heroínas favoritas de ficção
Lorelai Gilmore (Gilmore Girls), Úrsula Iguarán (Cem Anos de Solidão)

18. Meus compositores preferidos
Proust querido, não sou assim tão culta

19. Meus pintores favoritos
Artemisia Gentileschi, Frida Kahlo, JMW Turner

20. Meus heróis na vida real
Os meus 4 avós

21. Minhas heroínas na História
Laura Bates, Juliana de Faria

23. Meus nomes favoritos
Heloisa e Martin (sou fofa)

24. O que detesto acima de tudo
Conservadorismo

25. As personagens que mais detesto
Acabo de me esquecendo de personagens que detesto

26. O acontecimento militar que mais estimo
Passo. Que pergunta esquisita!

27. O dom da natureza que gostaria de ter
Respirar embaixo d'água

28. Como amaria morrer
Amaria é meio forte né? Seria bom morrer de tanto gargalhar.

29. Meu estado de espírito atual
Em dúvida, mas ok.

30. Falta que mais me inspira a ser indulgente
Não sei. Eu perdôo facilmente.

31. Meu lema
Não tenho pressa

(adoraria saber se alguém se surpreendeu com alguma das minhas respostas!)

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O gatinho da garagem

outubro 23, 2016 Helô Righetto 3 Comentários


Nem me lembro quando vimos o gatinho na garagem aqui do prédio pela primeira vez. Um ano, talvez? Não sei. Mas sabe como é gato né? Passeia o dia todo, depois volta pra casa. Sempre tem alguns pela vizinhança, a gente até reconhece. Tem um gato tão gordo que volta e meia aparece na plataforma da estação de trem que temos aqui na frente do prédio que uma vez eu vi de longe e achei que fosse uma raposa.

Mas enfim, voltando ao gato da garagem. Começamos a encontrá-lo quase todos os dias, e cada vez ele estava mais amigável. Uma coisa de folgado: pedia carinho, rolava no chão de barriga pra cima. Começamos até a comprar comida pro gatinho (eu na verdade achei que era uma gatinha. Então eu chamo de gatinha, e o Martin chama de gatinho). Não só a gente, mas várias pessoas. Todo mundo compra comida pro gato.

Aí alguém fez uma caminha pro gatinho, e algumas pessoas acharam que era uma gatinha mesmo, e que ainda por cima estava grávida. Mas não, é um menino e está é gordinho mesmo, de tanto comer. O gato virou assunto principal no grupo do prédio do Facebook, e agora uma pessoa perguntou se sua mãe poderia adotá-lo, se todo mundo estivesse de acordo. Claro que estamos né? O gatinho mora na garagem, ganha atenção detodo mundo mas ao mesmo tempo fica lá, sozinho, a noite toda e boa parte do dia.

Eu vou morrer de saudades do gatinho, que além de fofo e folgado acabou unindo os moradores desse prédio. O pessoal aqui não é o mais amigável, mas parece que ninguém resiste a um bichinho abandonado.

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Desleixo

outubro 14, 2016 Helô Righetto 1 Comentários


Ando um pouco desleixada com esse blog, eu sei. Posto sobre os livros lidos, vídeos publicados, mas acho que faz tempo que não tem um post como nos "velhos tempos". Eu até sinto saudade de escrevê-los, mas só ando com preguiça mesmo.

Por aqui, tudo vai indo. Nas últimas semanas teve prova de 10km (a primeira prova depois da meia maratona), teve a viagem para o interior da Inglaterra, teve retorno ao balé (pois é!! voltei). Ah, também acho que não mencionei aqui que comecei um trabalho voluntário (há quase 2 meses) em uma organização chamada LAWA - Latin American Women's Aid.

Engraçado que eu achava que teria todo o tempo do mundo quando saí do trabalho no começo do ano. Mas eu tenho o dom de preencher o tempo, e ando bastante ocupada. Escrevendo, fazendo hangouts, organizando supper clubs, encontrando pessoas, tentando solucionar umas pendências da casa (leia-se: vazamento no banheiro) que estão "por fazer" há anos. Pois é, anos!

Mas é isso. Vai tudo bem por aqui. E por aí?

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Cotswolds pelas lentes do Martin

outubro 09, 2016 Helô Righetto 2 Comentários


UPDATE: incluí os 2 últimos dias da viagem!!!

O Martin já peedeu todas as esperanças de que eu me torne uma blogueira e rica e famosa e resolveu ele mesmo tornar-se um "influenciador digital". O menino gostou dessa história de fazer vídeos e está criando uns filminhos bem legais da nossa viagem para a região de Cotswolds, aqui na Inglaterra.

Estamos aqui desde quinta feira e vamos embora amanhã. Vejam aí se o rapaz tem talento! ; )












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Leitura: The Girl With The Lower Back Tattoo, Amy Schumer

outubro 04, 2016 Helô Righetto 0 Comentários


A Amy Schumer é uma comediante/atriz/escritora/produtora americana que não faz muito tempo que alcançou muito sucesso. Uma das coisas que contribuiu para ela deslanchar é o fato de ela não ter papas na língua. Nenhuma. E é interessante que muitos homens com a mesma profissão fazem isso há anos e todo mundo acha divertido, mas basta uma mulher fazer o mesmo para muita gente ficar chocada.

Ela também conquistou fama pois mistura humor com causas sérias, como a regulamentação da venda de armas nos Estados Unidos e diferença salarial entre homens e mulheres. Por coincidência, eu e o Martin fomos em uma apresentação dela aqui em Londres poucas semanas antes de eu ler o livro, e tanto ao vivo como no relato escrito ela é super carismática e engraçada.

Claro que o livro não é assim um primor da literatura, mas eu gosto de saber um pouco mais sobre mulheres que estão impactando a cultura pop contemporânea, como a Mindy Kaling. Fora que não é todo mundo que tem a coragem de se expor dessa maneira (vida sexual, infância em família rica e adolescência em familia pobre, e por aí vai). Apela pro lado curioso de qualquer pessoa.

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