Dissertação entregue

agosto 24, 2018 Helô Righetto 3 Comentários



Acho que enquanto a nota não sai, não posso falar que sou Mestre. Mas o fato é que o mestrado acabou no minuto que eu entreguei a dissertação, 3 dias atrás (um dia antes do prazo, olhem só que mulher organizada que sou). Tem um monte de gente me perguntando se estou aliviada, se estou feliz, se estou orgulhosa. Na verdade eu estou cansada. Assim que eu apertei o botão 'enviar' (não precisei entregar cópia impressa, apenas digital, assim como não precisei fazer uma defesa oral) senti minha pálpebras pesarem e uma vontade imensa de deitar no nosso e ver televisão por horas a fio.

Eu honestamente não senti que o processo de escrever uma dissertação foi doloroso. Achei solitário, longo, meio tedioso, mas nada que me impediu de dormir ou de aproveitar minha vida social. Mas todas as leituras e o fato de escrever e escrever e escrever sem parar acabaram pesando mais do que imaginava que iriam pesar.

Já tenho mil coisas para fazer agora que essa fase acadêmica ficou para trás, mas a primeira dela é viajar para a trilha na Islândia. Na volta eu começo a tocar o restante. Apesar de ser uma viagem que vai exigir fisicamente, tenho certeza de que vou voltar muito descansada.

Ah, e pra quem interessar possa, o título da minha dissertação é: #HashtagFeminism: the impact of hashtags on the fourth wave of feminism in Brazil (#HashtagFeminismo: o impacto das hashtags na quarta onda do feminismo no Brasil).

3 comentários:

Deixe seu comentário! E caso faça uma pergunta, volte para ver a resposta

Mês vegetariano

agosto 15, 2018 Helô Righetto 0 Comentários


Julho foi um mês atípico. Entre tantas coisas que aconteceram, foi o mês que experimentei ser vegetariana. Eu e mais 3 amigas (até fizemos uma conta no Instagram pra registrar, está aqui, mas no fim das contas eu e a Renata que postamos mais) decidimos, em um dos nossos encontros, colocar o pé no vegetarianismo por um mês para ver no que dava. A ideia era tentar, mas nenhuma de nós 4 achava que iria terminar o mês e continuar vegetariana.

Bom, a princípio a proposta era fazer isso entre 1 e 31 de julho. Mas eu estava de férias em Portugal até dia 6 de julho, e foi impossível começar no dia 1. Eu achava que poderia tentar, mas chegando lá percebi que teria que comer macarrão todos os dias, os restaurantes do Algarve realmente não tem opção. E também acabei nem comentando com os meus pais porque sabia que eles iriam se dobrar em mil pra dar um jeito de eu comer bem. Então resolvi adiar e só no dia 6 comecei minha pequena saga vegetariana.

Nenhuma de nós 4 conseguiu ficar o mês todo sem carne. Eu mesma furei umas 4 vezes (sendo que uma delas por puro esquecimento). Não sentia falta da carne vermelha, mas sentia falta de carne. De peixe, de frango. De ter mais opções. Notei que mesmo em Londres, uma cidade onde dizem ser muito mais fácil para veganos e vegetarianos saírem para comer, ainda é bem restrito. Os cardápios dos pubs, então, nem se fala: tem 1 ou 2 coisas vegetarianas (salada e massa), geralmente algo pra constar, dá pra perceber que quem bolou o menu não pensou realmente em algo bacana para esses clientes.

O Martin também acabou entrando na dança, afinal é ele que cozinha aqui em casa. Fez uns pratos novos, ótimos, mas tudo tinha que ser pensado com antecdência. Por causa do hábito de ir no supermercado e pegar qualquer coisa pra jantar no mesmo dia, ele achou difícil fazer a janta sem se programar. E isso é o que achei mais chato do vegetarianismo: ter que pensar em comida o tempo todo. Sei que quando vira um hábito não é preciso fazer esforço, mas pra quem tá começando é um mega obstáculo.

Não sei se foi porque julho foi um mês de muito calor aqui em Londres, mas outra coisa negativa foi que me senti sem energia. estava cansada o tempo todo. Pra piorar fechei o mês com uma virose que me deu muita dor de cabeça e enjôos por 24 horas, da qual levei uma semana pra me recuperar completamente.

Concluindo, não foi algo prazeroso. Eu achei que seria muito fácil, e não foi. A boa surpresa é que não senti falta mesmo da carne vermelha, não estava com mega vontade de comer um bife, e acho que é algo que quero sim diminuir no meu dia a dia. Mas por outro lado não quero deixar de comer algo que amo (como por exemplo sushi e sashimi) e de experimentar coisas típicas de lugares novos que conheço. Então não sei se conseguiria ser 100% vegetariana. Talvez uma vegetariana ocasional?

0 comentários:

Deixe seu comentário! E caso faça uma pergunta, volte para ver a resposta

A próxima aventura

agosto 05, 2018 Helô Righetto 0 Comentários


No fim do ano passado eu comprei um livro chamado 'Wanderlust - Hiking on Legenday Trails', que é basicamente um livro que compila algumas das trilhas mais lindas do mundo. Não é um guia, ele apenas faz uma breve descrição, tem fotos espetaculares e dá algumas informações práticas de cada trilha (como distância, dificuldade, onde começa e onde termina).

Folheando o livro nos deparamos com algumas trilhas que não pareciam tão impossíveis assim da gente fazer (até o Kilimanjaro tá listado, fiquei orgulhosa!), e uma delas é a trilha Laugavegur na Islândia. Começamos a ler um pouco mais sobre ela e estudar a possibilidade de fazermos... meses depois, estamos aqui, a 20 dias de embarcarmos para a Islândia com nossos mochilões, barraca, sacos de dormir e toda a tralha que vamos precisar para essa aventura.

O ano tem sido tão intenso que até agora eu não estava nem conseguindo pensar direito no que vamos encarar. Os preparativos tem sido organizados ao longo de mais de 6 meses, por isso não tinha caído a ficha de essa será uma viagem épica. Compramos as passagens em fevereiro, reservamos nossos lugares nos campings ao longo da trilha em março, compramos equipamento que faltava em abril e ontem reservei o transporte para o aeroporto... e agora a única coisa que nos resta comprar é a comida (sim, vamos carregar absolutamente tudo, não teremos a mamata dos carregadores como tinha no Kilimanjarao).

Seremos só nós dois (e os demais trilheiros, claro), e as highlands islandesas. Lugares onde carros e excursões não chegam. Serão 75km (a trilha oficial tem 55km, mas optamos por incluir um pedaço extra no final para irmos até a famosa cachoeira Skógafoss) em 5 dias, com o clima imprevisível do 'verão' da Islândia.

Estou muito animada, e ainda mais por pensar que embarcamos 4 dias após eu entregar a dissertação do mestrado. Tudo que mais quero é me desligar totalmente desses meses intermináveis de vida acadêmica e ir para o meio do nada com o meu parceiro pra todas as aventuras.


0 comentários:

Deixe seu comentário! E caso faça uma pergunta, volte para ver a resposta