Sobre frilar
Eu não acho que sou a pessoa mais indicada para falar sobre vida de freelancer. Até porque o objetivo principal dessa minha nova fase é focar em projetos pessoais, e não em achar clientes (claro, vou tentar uma coisa aqui e ali, como esse texto que publiquei no site The Pool, mas não é a prioridade, pelo menos agora). Mas sempre tem gente que me pergunta 'como é ser freelancer', então vou dar meus dois centavos.
É difícil pra caramba.
(Eu podia encerrar o post aqui)
Como eu já estive dos dois lados - recebendo emails de freelancers sugerindo ideias e mandando essas ideias para editores - acho que tenho uma visão ampla da coisa. Os editores sempre muito ocupados e gerenciando um orçamento pífio. Os frilas sempre cheio de ideias e mandando vários emails, quase sempre sem retorno. Ser freelancer é ser ignorado diariamente. Mandar emails com sugestões de artigos e reportagens e quase nunca receber respostas.
Quando eu estava do outro lado, jamais deixava um freelancer sem resposta. Acho uma tremenda falta de educação. Mesmo que a ideia seja péssima ou nada tenha a ver com o que a publicação faz, todo mundo merece um feedback. E, as vezes, o problema é pura e simplesmente falta de dinheiro. Então, qual o problema em falar: não dá agora, não temos orçamento para freelancers.
Bom, mas é claro que a vida fora do escritório tem muita coisa boa. Tem parque a tarde, tem almoço com amigos, tem museu em dia de semana. Tem viagem sem precisar ver se tem dias sobrando de férias, tem um equilíbrio muito melhor entre tarefas de casa e não fazer nada.
Acho que se eu precisar dar uma dica apenas para quem está buscando esse estilo de vida profissional, essa dica seria: insista. Procure as publicações que combinam com o seu estilo (no meu caso né, pois eu escrevo), mande emails, depois mande de novo e de novo. Use as mídias sociais para mostrar e procurar trabalho. Se ninguém responder a sua sugestão de artigo, escreva mesmo assim e publique em um blog, ou no medium, ou no Facebook.
E, se alguém que leu isso aqui quer dar seus dois centavos também, deixe um comentário!
Que legal, Helô, texto rápido, direto e sucinto! Meu marido trabalha numa agência mas alia algumas trabalhos de freelancer também, e realmente não é das coisas mais fáceis da vida hahaha. Mas é isso que você falou né? Insistair. Depois que sai do Brasil tô pensando em correr atrás disso também, temos que tentar né? Beijos.
ResponderExcluirConcordo plenamente. Comecei há alguns meses nessa vida e vejo o quanto é difícil. Mas o foco nessa qualidade de vida é o que faz continuar. Insistindo e insistindo. Uma hora dá certo, né?
ResponderExcluirAcredito que, se algum dia estiver do outro lado, vou fazer como você disse: não ignorar. Antes de tudo, acho que a gente jamais pode dar ao outro o que não gostaríamos de receber.
Adorei seu texto!
Beijos,
Dayana