5 lojas que existem em toda 'High Street' de Londres

agosto 07, 2015 Helô Righetto 1 Comentários

Uma pequena introdução pra esclarecer o que eu quero dizer com 'High Street': não só em Londres, mas por toda Grã Bretanha, as cidades tem suas 'High Street' o que quer dizer a rua mais importante, a rua do comércio, a rua onde se concentra o 'centrinho'. Claro, Londres é gigante e não tem uma High Street apenas - mas cada bairro ou vila dentro da cidade tem a sua própria. As vezes a rua principal nem tem 'High Street' no nome, mas é aquela coisa Gilette/Lâmina, sabem? High Street virou uma expressão do dia a dia, pra falar de algo local, principalmente no quesito comércio/varejo. 

1. Junk shop
Apesar do nome nada lisonjeiro (loja de porcarias, basicamente), uma junk shop é o paraíso pra quem gosta de coisas esquisitas, cafonas e velhas. Em uma loja como essa você acha desde raposa empalhada a banco de praça caindo aos pedaços a uma peça de cerâmica dos anos 50. É um local empoeirado, bagunçado, que mais parece saído daqueles programas de televisão que mostram casas de pessoas que juntam lixo a vida toda e não conseguem jogar nada fora (hoarders, uni-vos!). Cuidado para não tropeçar na mobília ou bater a cabeça no lustre que tá cheio de teias de aranha. Ainda assim, nenhuma outra loja é tão charmosa quanto a junk shop!

2. Charity shop
Eu já falei sobre as charity shops em outros posts ao longo dos anos aqui no blog, mas recentemente nesse aqui. Basicamente, a charity shop ('loja de caridade') é um lugar onde as pessoas doam seus pertences, os quais são revendidos por preços simbólicos (coisa de £2 a £5, bem barato mesmo), e o dinheiro arrecadado vai para alguma instituição de caridade. É claro que existem charity shops e charity shops: algumas são bem ruinzinhas, onde e difícil encontrar algo que realmente valha a pena (as pessoas doam cada coisa que vocês não tem ideia). Outras são sensacionais, lugares onde vale a pena garimpar. Recomendo investigar as prateleiras de livros, que sempre tem algo interessante. Eu já comprei um relógio de mesa vintage, lindíssimo, por £10. Não estava funcionando, mas consertamos em casa mesmo, não tinha maiores problemas.

3. Casa de aposta
Pra mim, os lugares mais deprimentes de Londres são as casas de apostas. Basicamente, é possível apostar em qualquer coisa que você queira, não apenas resultados de torneios esportivos mas também assuntos aleatórios como o nome do bebê real, música que será a número 1 das paradas no Natal, quem será o ganhador de um certo reality show.... ou seja, essas lojas são máquinas de tirar dinheiro das pessoas. E a 'atmosfera' dessas casas de apostas é péssima... cheias de televisores e pessoas olhando para resultados obssessivamente. Geralmente homens, geralmente de meia idade (ou mais velhos). Infelizmente, existem muito mais casas de apostas do que pode ser considerado razoável, e como são instituições financeiras que fazem dinheiro, conseguem pontos privilegiados nos bairros.

4. Imobiliária
Dãr! Mas imobiliária existe no mundo inteiro! Claro, eu sei disso, mas achei o 'modelo' de loja das imobiliárias daqui bem diferente do que no Brasil. No Brasil, imobiliária não tem vitrine, certo? É um escritório, ninguém para na frente pra ver as ofertas: você vai la porque marcou horário, ligou antes, viu um anúncio em uma placa ou algo do tipo. Aqui, as imobiliárias tem vitrines, as casas e apartamentos disponíveis para compra ou aluguel estão em destaque em pequenas placas enfileiradas. E vira uma coisa meio viciante: você passa na frente de uma imobiliária e para pra ver os preços, como se estivesse namorando um sapato ou uma roupa! Principalmente quando visitamos um bairro novo, dá aquela vontade de saber quanto custa morar lá!

5. Vendinha
Isso não é uma exclusividade londrina, ou britânica, ou de qualquer outra região do mundo. Mas é uma coisa que eu já não via mais nas redondezas da onde eu morava em São Paulo, por isso me chamou a atenção aqui. Vendinhas de frutas, verduras e legumes que geralmente tem produtos muito mais frescos, bonitos e apetitosos do que os supermercados maiores - mas né, são mais caros. Esse tipo de loja está ficando cada vez mais raro, e ultimamente tenho tentado valorizar mais esses varejistas menores, independentes. Fora que a atmosfera é muito legal, dá mesmo aquela sensação de fazer parte da comunidade, já que o dono da loja é quem está no caixa e conhece todo mundo que mora por ali.


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Um comentário:

  1. Olá Helô! Eu sempre tinha prestado bastante atenção a isso, e é uma das coisas que falo pros meus amigos ou família, são sempre as mesmas lojas, não importa a cidade! Aqui perto de casa tem uma vendinha que vende produtos frescos e orgânicos, e como você, gosto de comprar algumas coisas por lá, o dono da venda já até me conhece, ele já guarda a tapioca pra mim, haha! Adoro os seus TOP 5! Beijos

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