52 objetos: semana 28

fevereiro 25, 2013 Helô Righetto 13 Comentários


O que é: cobertor, ou melhor, a metade do que um dia foi um cobertor

Onde fica: como ele é fininho, curto e estreito, não é muito usado, fica mais guardadinho no armário mesmo.

Por que foi escolhido: vamos a história real dele - meu pai chegou em Joinville em 1971 e foi trabalhar na viação Penha, como o moço que tira e bota as malas do ônibus. No tempo em que trabalhou lá, ele morou na garagem da Penha, e é daí que vem o cobertor. Ele saiu da Penha e vieram muitos outros trabalhos, casas, cidades... mas o cobertor ficou. Hoje uma metade está comigo (dãr) e a outra com a minha irmã. Mas você se pergunta - por que raios esse cobertor é especial?

E o que mais? Pra falar a verdade, eu nem sei direito quando descobri a procedência verdadeira do cobertor. Porque, quando éramos pequenas, meu pai contou uma outra historinha pra gente. Mais ou menos isso: ele dizia que quando ele era criança lá no Barro Branco (duvido que alguém conheça o Barro Branco - mas enfim ele entrou no mapa) um dia saiu pra caçar no mato com meu vô, e foi ficando tarde e começou a esfriar. Eles tiveram que dormir no mato mas não tinham levado nada, então estavam passando muito, muito frio. Aí no meio da noite ele abre os olhos e percebe que está coberto - foi o menino Jesus que deixou o cobertor lá pra ele! (fim da história) Pois é, por causa dessa historinha eu e a minha irmã nos apegamos a esse cobertorzinho, que  ficou conhecido entre nós como o "cobertorzinho do menino Jesus". Lembro que quando meu pai vez uma viagem a trabalho em 1990, que durou um mês, nós duas disputávamos pra ver quem ia dormir com o cobertor. Aí, em um Natal (não sei direito em que ano, talvez 2002/2003?), meus pais nos presentearam: cada uma com uma metade, cada metade com o devido nome bordado. Acho que é o presente de Natal mais acertado que eu já ganhei! E pra quem pensa que somos uma família religiosa: fuén! Não somos - não sei porque meu pai envolveu Jesus nessa história, mas que colou por um bom tempo, colou. Acho que eu acreditei mais tempo na lenda do cobertorzinho do menino Jesus do que no Papai Noel.

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Hot desk #fail

fevereiro 19, 2013 Helô Righetto 10 Comentários

Quando nos mudamos para o novo escritório em setembro do ano passado, ninguém ganhou mesa fixa. Foi implementado o sistema de "hot desk", que eu tomei a liberdade de traduzir como "chegou sentou". Você não pode deixar nada na mesa (temos armários, esses sim, fixos) e quando chega pela manhã e escolhe seu lugarzinho precisa montar seu aparato.

Dessa forma, a empresa não apenas visa a interação entre departamentos mas também faz com que mais pessoas trabalhem de casa. Ou pelo menos era essa a ideia original.

A primeira pentelhação: esse conectar/desconectar, enrolar fios/desenrolar fios nosso de cada dia que supostamente deveria levar 5 minutos, acababa levando 10, 15.... simplesmente porque rotina é assim, meio tediosa, então a gente faz tudo devagar e dá uma procrastinada. Conecta o laptop na rede, levanta e pega uma água, conecta o laptop na tela, vira pro lado e conversa com o colega.

Fora que todo mundo adora ter sua mesa né? Poxa, a bagunça fica ali do seu jeito, a caneta está no mesmo lugar que você deixou no dia anterior e os milhares de post its com lembretes funcionam melhor que a agenda do outlook.

Mas ok, todo mundo disposto a relevar esses problemas de classe média e cooperar com o moderníssimo sistema de hot desk. Chegou sentou.

O problema é que tudo que podia dar errado, está dando. Nem tanta gente assim tem trabalhado de casa (não sei exatamente porque, eu mesma sempre vou pro escritório porque não rendo em casa e porque gosto de estar com o meu time e no meio da bagunça), causando um "overbooking" nas mesas. É um salve-se quem puder - até eu passei a ir mais cedo pra ter certeza de que não vou ficar sem mesa e acabar trabalhando num dos sofás ou pior - na cozinha do escritório, o que aconteceu com uma colega nos últimos dois dias.

Não tem mais lugar pra todo mundo! Estamos dividindo mesas, usando cadeiras que não são apropriadas pra passar o dia todo, mas sim para reuniões informais, os departamentos ficam dispersos e ninguém nunca encontra ninguém. Ou seja, o hot desk deu errado, fail total.

E claro que rola, com o perdão da palavra, essa punhetação do povo reservar a mesa pro coleguinha. Você chega de manhã e tem mais casaco nas cadeiras do que gente ocupando as mesas. E aí também funciona o famoso dois pesos, duas medidas: tem uns e outros que ninguém tem as manhas de falar "mas pô eu tô aqui e preciso trabalhar" e é claro que tem gente que simplesmente ignora o casaco e senta sem nem mesmo perguntar.

Olha, empresa até quando tenta inovar não faz direito. Mesas pro povo, já!

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52 objetos: semana 27

fevereiro 18, 2013 Helô Righetto 8 Comentários


O que é: par de galochas pretas

Onde fica: ando sem espaço no armário pra elas, então estão no corredor de casa

Por que foi escolhido: taí uma boa dica pra quem vem morar em Londres - a primeira compra deve ser um par de galochas. Invista em uma marca boa e uma cor que você goste muito, pois vai usá-las bastante. Eu acho que as galochas são o melhor calçado pra andar em dia de chuva e de neve, e deixam meus pés e pernas (a parte que cobre, claro), bem quentes.

E o que mais? Tem muita gente que usa as galochas no caminho do trabalho  apenas, e coloca um sapato mais formal no escritório. O que não é meu caso: as vantagens de se trabalhar na área criativa! Além disso, acho as botas super legais, e uso como se fossem botas normais, de cano alto. Mas é uma coisa que vai de gosto mesmo!

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O blog tem passado

fevereiro 15, 2013 Helô Righetto 10 Comentários

Volta e meia me pego lendo posts antigos do blog - clico nas sugestões que aparecem aleatoriamente abaixo de cada post e vou clicando e lendo, e clicando... Notei que até pouco tempo qualquer coisinha me fazia vir escrever aqui. Qualquer coisa mesmo! Eu contava mais detalhes da minha rotina, de pequenos acontecimentos do trabalho e por aí vai.

Não sei em que momento eu achei que que nada disso era bom o suficiente pra vir parar aqui, mas gostaria de retomar esses posts tão randômicos, sem grandes pretensões. Também notei que eu tinha alguns comentadores frequentes que nunca mais apareceram. Hummm......

Tudo bem que boa parte dessa interação - tanto minha, falando besteira, quando dos leitores, comentando as besteiras - foi transferida pro twitter ou pro facebook. Mas o blog está vivo há muito mais tempo e o arquivo de quase 9 anos é precioso! : )

Que venham os posts!

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Leitura:The Prague Cemetery, Umberto Eco

fevereiro 11, 2013 Helô Righetto 8 Comentários

Não comecei bem minha relação com Umberto Eco. E não sei nem como explicar porque não curti a leitura - afinal o livro é bom sim, o cara é mesmo um gênio. Acho que eu ainda não atingi um nível intelectual pra conseguir absorver o tanto de informação que tem na história.Talvez meu erro tenha sido ler em inglês um livro tão cheio de detalhes, fatos e personagens.

É tanta coisa, mas tanta coisa que acontece que o livro está pra acabar e ainda tá rolando algo importante, um novo desenvolvimento da história. Juro. Aí lá no fim reaparece personagem que eu nem lembrava mais que existia - falha minha que não fiz anotação de personagens quando percebi que a história seria looonga.

O personagem principal está envolvido em tramas e conflitos que aconteceram no século 19, na Itália e na França. Aliás, todos os acontecimentos e grande parte dos personagens do livro não são fictícios, o que torna tudo ainda mais complexo (pelo menos pra mim, que não lembrava de muita coisa das aulas de história e consultei o wikipedia que nem louca). Simonini (o personagem principal) é uma espécie de espião, que faz todo e qualquer tipo de trabalho e não tem lealdade a ninguém e não sente remorso por nada. Ele está por trás de revoluções, conflitos, espionagens, armações e tudo mais que você possa imaginar. E além disso a história é contada não apenas por ele, mas por outro personagem  e também por um narrador. Confuso, o negócio.

Mas isso é o básico, do básico, do básico. Um dia, quem sabe, eu leio de novo - EM PORTUGUÊS. Por agora, vou passar bem longe do Umberto Eco. Tô traumatizada e meus neurônios precisam se recuperar porque ó, foi bem cansativo. Se você for ler, deixo a dica: anote os nomes dos personagens, da onde surgiram e em que data. Boa sorte!


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52 objetos: semana 26

fevereiro 10, 2013 Helô Righetto 4 Comentários

E cheguei na metade do projeto! Nem eu achava que ia continuar firme e forte... Pra comemorar, escolhi um objeto especial, que merece destaque. 



O que é: folha do jornal A Notícia (de Joinville), do dia 09/03/2003, quando a cidade celebrou seus 151 anos, emoldurada.

Onde fica: Em uma das paredes da sala

Por que foi escolhido: Bom, esse aí na foto do jornal é meu vô materno, o Opi, já falei aqui dele outras vezes (ele morreu há 1 ano, até escrevi aqui no blog). Tudo bem que sou suspeita pra falar, mas o Opi era meio que um personagem de Joinville, diria até que uma figura emblemática da cidade. Ele foi atleta quando jovem (entre outros esportes, se dedicou ao basquete), mas mais tarde abriu uma oficina de conserto de bicicletas - que era bastante conhecida. Eu lembro de ir na oficina quando era pequena, mas quando ficou mais velho ele fechou e passou a trabalhar na garagem de casa, e aos poucos foi diminuindo o ritmo, claro. Quando a cidade fez 151 anos, o jornal A Notícia usou uma foto dele na oficina para fazer uma homenagem, e eu guardei essa folha e um tempo depois mandei enquadrar (ainda quando morava em SP, já tinha esse quadro na parede).

E o que mais? Já que não dá pra ler na foto, vou transcrever o que está escrito no jornal: "Existem coisas que não mudam. Ainda bem. Nestes 151 anos, a Cidade das Flores se transformou na cidade da indústria, da cultura, do esporte e do lazer. E assim, como as flores, a populacão cresceu, multiplicou, triplicou. Hoje somos uma grande cidade, com todas as vantagens e também os problemas que o progresso traz. Mas, ao olhar a velha oficina de bicicletas, ao caminhar pelos jardins e ver as crianças brincando em meio ao colorido das flores, percebemos que, do passado, algo muito bom ficou: a nossa qualidade de vida. Uma homenagem de A Notícia aos 151 anos de Joinville."

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É um pássaro? É um avião? É um sinal extraterrestre?

fevereiro 07, 2013 Helô Righetto 6 Comentários

Não! É o meridiano de Greenwich!

Faça chuva ou faça sol, todos os dias do ano, quando anoitece, ele está lá, firme e forte: o raio laser verde que é emitido do Observatório de Greenwich, no topo do Greenwich Park, marcando o meridiano.


Ele vai looooonge, até perder de vista (dãr), e engana muito o olhar - depende de onde você está, parece que o laser está na vertical, ou subindo, ou descendo. Mas, é claro, é uma linha reta. Ah, a física! Que diria Sheldon Cooper dessa minha explicação horrorosa?

Mas fica aí a dica: pra quem visita Greenwich, espere anoitecer e vá para perto do parque. O desafio é conseguir fazer a bendita linha verde sair na foto, coisa que meu amigo fotógrafo Filipe Xavier fez muito bem!

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52 objetos: semana 25

fevereiro 04, 2013 Helô Righetto 5 Comentários


O que é: máquina fotográfica

Onde fica: deixo na minha escrivaninha quando nao está sendo usada

Por que foi escolhido: escrevo em blogs, trabalho em um site que utiliza imagens como base para matérias e previsao de tendencias, viajo a lazer, viajo a trabalho, ou seja, imagens sao mesmo parte da minha vida, sejam impressas ou digitais. Essa camera representa isso, o quanto preciso de um equipamento assim comigo, quase que o tempo todo. Claro que o celular é um substituto algumas vezes, mas a camera é essencial.

E o que mais? Essa máquina da foto é novinha, e na teoria nao é minha, é da empresa. Como todo mundo do time tem a sua, posso usá-la também  fora do trabalho, mas é claro que se eu perder ou quebrar a responsabilidade é toda minha. Prefiro arriscar, já que ela é muito boa e superou as minhas expectativas. Eu até pensava em manter a que tinha (tenho) pra uso pessoal, mas a qualidade da imagem nao tem nem comparacao. Entao a anterior está praticamente aposentada, só preciso decidir que fim ela vai levar.

os últimos posts - inclusive esse - estao com acentuacao precária pois estou escrevendo do computador do trabalho, que nao está configurado para o portugues! 

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Estocolmo

fevereiro 03, 2013 Helô Righetto 13 Comentários

Das cidades que visitei nos últimos meses, Estocolmo definitivamente é a que mais me surpreendeu. Estamos aqui há dois dias e já vimos/fizemos um montao de coisas legais. Vimos, por exemplo, um navio que ficou embaixo d'água por 333 anos e está preservado em um museu. Visitamos dois museus lindos, um deles inclusive há um dia de fechar para reforma. Vimos animais característicos da Escandinávia, como a rena. Tomamos um monte de café e chocolate quente, fotografamos todos os cantos que passamos e estamos curtindo tanto que o frio está longe de ser um empecilho.







Ficamos imaginando como deve ser essa cidade no verao, pois no inverno já é sensacional. Nem fui embora, mas espero voltar muito em breve!

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Blogando do céu - literalmente

fevereiro 02, 2013 Helô Righetto 5 Comentários

Podem me chamar de caipira, mas to achando incrível e super moderno poder acessar a internet de dentro do aviao, durante o voo! Pois é, que surpresa boa foi descobrir que a Norwegian oferece free wifi a bordo e, apesar de ser meio lento, funciona!

Entao só queria deixar registrado aqui: esse é meu primeiro post escrito acima das nuvens!

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Janeiro acabou e eu nem vi

fevereiro 01, 2013 Helô Righetto 4 Comentários

Bem que eu queria que o ano só comecasse de verdade depois do carnaval. Depois que comecei a trabalhar com o que trabalho hoje, janeiro é o mes mais pancada de todos. Quando vejo, já estamos em fevereiro e 2012 parece muito distante.

Amanha sigo para a primeira viagem do ano com o Martin em vez da minha coleguinha de trabalho - na verdade é mais uma viagem de trabalho mas, como é pra um lugar que nunca fui, resolvi ir antes pra passar o fim de semana com o amore. Ele volta segunda, eu fico até quarta, mas já da outro animo!


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