Leitura: How to be a Woman, Caitlin Moran

abril 28, 2012 Helô Righetto 4 Comentários

Concordo com o que a minha amiga me disse quando me deu esse livro: toda mulher precisa ler. Aliás, eu acho mesmo é que todo homem tinha que ler também. Finalmente alguém colocou no papel o que é o feminismo de forma simples, real, relacionando temas ao mesmo tempo corriqueiros e importantes com exemplos pessoais, com os quais todo mundo pode se relacionar.

É um livro engraçado, a Caitlin esmiuça suas próprias experiências para provar o quanto ainda precisamos evoluir na questão da desigualdade entre homens e mulheres. Ela ensina como identificar sexismo (que família nunca teve as mulheres lavando a louça do almoço de natal e os homens tomando cerveja?) e como saber se você é feminista (do you have a vagina? do you want to be in charge of it? simples assim). De depilação a casamento, de strip tease a aborto, ela faz a gente rever nossos conceitos: quase todas as passagens me davam aquela vontade de gritar "siiiiim, isso já conteceu comigo!!" o que me leva a pensar que, se mais e mais mulheres lessem o livro, a gente daria um importante passo pra frente.

Mas, como eu sou chata pra caramba, preciso também apontar porque eu não amei o livro. Pois é: admito que ele é essencial, mas olha, acho que poderia ter metade das páginas que tem. Em absolutamente TODOS os capítulos é possível compreender o argumento e o ponto de vista da Caitlin Moran já nos primeiros parágrafos. Mas ela se empolga muito, fala, fala, falaZzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz, conta mais um pouco da sua história pessoalZzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzzz. Enfim. Ok Caitlin, já entendi o quanto você é cool. Passa pro próximo capítulo, por favor!

Ah, outra coisa (não é uma crítica, apenas uma observação): não é fácil ler o livro se você não mora na Inglaterra. Não estou falando de ter inglês fluente, mas de sacar os sarcasmos e a linguagem mega master blaster informal. Juro, acho mais fácil ler Jane Austen. Fiquei até pensando se seria possível traduzir e cheguei a conclusão de que não: traduzido, vai perder sua essência. 


Patriarcado, tremei!

4 comentários:

  1. dulce3:54 AM

    hummm ja li esse livro,achei super interesante nas primeiras paginas mas depois .... ahhhh comecei achar um pouco chato!eu cresci numa casa com mais homens do que mulheres.na lista de fazeres dos meus pais,nao havia menino nao pode fazerh hahahah.todo o mundo era igual,todo o mundo lavava a loica,arrumava,cozinhava e passava a ferro quando era o seu dia!nao fez mal a ninguem hahah pelo o contrario!hoje as esposas ganharam com isso!nos meninas aprendemos muito com eles coisas de "meninos",como mecanica,dirigir tao bem quanto eles e cedo!fazer desportos radicais sem medo hahaha!para o meu pai nao havia essa de que homen pode tudo "porque dita assim a sociedade" e mulher nao!ou todos faziam ou ninguem podia!eu e a minha irman tivemos muita sorte!por isso que ha coisas no livro da Claitin Moran que nao me despertaram muito!mas que existem e sempre existirao essas diferencas!mas achei que a claitin devia conhecer a cultura latina,asiatica,oriental,africana isso sim!inglesa???a mulher inglesa e muito forte no meio dos homens!comecou na segunda guerra mundial, elas dirigiram o pais e as suas casas enquanto os maridos combatiam na guerra!aqui tudo se vira para a mulher,desde os beneficios,direitos,leis etc.a ultima palavra e da mulher!

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  2. comecei morrendo de vontade de ler o livro, pq sou do time que acha que muuuuiiiita coisa tem que evoluir sim!
    Mas o fim do post me desanimou...poxa!

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  3. Puts se não fôsse as pilhas de livros na fila pra ler, colocaria esse na lista. Mas assim que conseguir comer o conteúdo das estantes volto aqui pra pegar dicas dos livros.

    E essa de scritor escrever demais pra encher linguiça mostra um pouco de falta de talento né não?

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  4. Legal, vai pra wish list!

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