Leitura: One Day, by David Nicholls

novembro 15, 2010 Helô Righetto 2 Comentários

Acabei de acabar mais um livro, e já quando estava na metade comecei a pensar o que eu ia escrever aqui. Porque não quero parecer a mala sem alça entendedora de livros, longe de mim (até porque eu encho muito o saco do meu pai e da minha irmã falando que eles são uns pentelhos de uns cults e que se recusam a ler livros que o resto da populacão lê. Enfim.)

Mas putz, preciso ser sincera e falar que fiquei bastante desapontada. A sinopse tem potencial, olhem só: uma menina e um menino de 22 anos se conhecem dia 15 de julho de 1988 e a história mostra o que eles estão fazendo nesse mesmo dia ao longo dos próximos 20 anos. Não é uma ótima ideia? O autor estava com um prato cheio nas mãos, e apesar do desenrolar ter uns pontos legais e não ser chatonildo (você lê rapidinho), tudo não passa de um grande clichê previsível.
Quem sou eu pra criticar clichês e previsibilidade, eu sei. Eu, que adoro seriados de tv, só pra citar um clichezão na minha vida. Não sei exatamente como explicar porque esse clichê em particular me decepcionou. Um exemplo: durante toda leitura tive a impressão de que o escritor ficou enchendo linguiça. Sabe, quando você precisa entregar um texto de mil palavras e escreveu 972 e fica colocando adjetivos e outras coisas redundantes pro marcador do Word finalmente chegar no número esperado (como acabei de fazer, eu sei)?

O primeiro terço do livro é o pior. Vai melhorando, então se você chegar até lá, continua. Achei bacana observar o quanto os personagens ficam mais legais e interessantes na medida em que vão ficando mais velhos. Sim sim pessoal, fazer o que se aos 22 anos todo mundo é mala sem alça?

Mas olha só, o autor deixa os capítulos mais longos para os 20 e poucos anos e vai encurtando nos trinta e poucos. Pois é, achei mesmo um monte de defeitos.

Ah, preciso deixar registrado que nas primeiras páginas eu pensei: ok, o livro não é tão bom mas daria um filme bem bonitinho. E não é que vai sair um filme mesmo? Os atores que estão sendo cotados: Anne Hathaway e Jim Sturgess. Achei perfeito. Pelo menos isso né?
Minha amiga querida que me recomendou esse livro deve estar pensando: nunca mais falo de nenhum livro pra ela!! : ))) Fazer o que se na minha vida tudo vira assunto pra post!?

2 comentários:

  1. Anônimo1:59 PM

    Ei! Com livros sou chata mesmo... Minha filosofia é de que a vida é curta demais pra eu perder tempo com certos livros... Tem tanta leituta excelente por ai e que nem vou ter tempo de ler durante a minha vida toda! E cada vez estou ficando mais chata com isso, admito! Beijos, sister

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  2. Ai que pena que voce nao gostou Helo! Mas como eu adoro o David Nicholls, ele foi roteirista de uma das minhas series de TV preferidas - Cold Feet, nao resisti defender o livro um pouquinho, porque nao concordo com ele ser taxado de 'chick lit'. Para mim tao importante quanto a historia do casal, foi a maneira que o autor conseguiu capturar bem o efeito das mudancas politicas dos ultimos 20 anos no Reino Unido nas vidas dos protagonistas, por exemplo characterizando o otimismo contagiante do comeco da era Blair e depois passando pelo egoismo e marasmo que marcou os anos 00s. Tambem abordou bem delicadamente as diferencas entre classes sociais, a menina da classe trabalhadora que gradua com a melhor nota mas super insegura sobre o seu futuro comparada com o menino de classe media alta que gradua com uma nota baixa mas acha que tem tudo garantido. Mas meu anjo como a minha mae sempre disse, gosto e nariz cada um tem o seu! E vou continuar a recomendar livro para voce sim - ate voce gostar de um xx

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