IELTS

junho 07, 2017 Helô Righetto 4 Comentários


Poucas coisas são tão retrógradas quanto provas (não provas de crimes, de teste de inteligência mesmo, hahahahahaha), e eu achava que a essa altura do campeonato estava livre delas. Passar numa prova não significa que você realmente manje do assunto (eu por exemplo não sabia dirigir quando passei no exame da carteir de motorista, e passei em muitas provas de química e física na escola porque escrevia a fórmula na sola do meu tênis), mas infelizmente acho que estamos longe de inventar um sistema de educação que seja mais inclusivo. Mas enfim, esse não é um post político, é um post sobre uma maldita prova de inglês que precisei fazer há algumas semanas, o IELTS.

Eu me candidatei para uma vaga em um mestrado (mais sobre isso em breve) e a universidade exige uma comprovação de que você sabe se comunicar em inglês (caso inglês não seja seu primeiro idioma, óbvio). Eu até tirei aqueles certificados de Cambridge pentelhos quando estudei na Cultura Inglesa, mas olha só, não me serviram pra nada. A universidade não aceitou, já que precisava que a comprovação tivesse no máximo 2 anos. Tentei argumentar, afinal trabalhei como editora de um site (escrevendo e editando em inglês) por 6 anos, mas não adiantou.

Tive que colocar o rabo entre as pernas e me inscrever para fazer o IELTS. E o pior: pagar as £160 de inscrição. Foi tudo meio em cima da hora, pois eu queria matar essa pane antes de viajar. Tive 2 semanas para me preparar, fazer uns simulados e entender as "manhas" da prova, que é dividida em 4 partes: reading, writing, listening e speaking.

A universidade exigia que eu tirasse uma média de 6.5 (a nota máxima do IELTS é 9), sendo que tinha que ser no mínimo 6 em reading, listening e speaking e 6.5 em writing. Ou seja, não adiantaria obter uma média 7 se meu writing fosse 5.5, por exemplo.

Bom, lá se foi um sábado perdido fazendo essa prova pentelha. Eu achei tudo relativamente fácil, menos a categoria que eu precisava da nota mais alta, o writing. Eles dão apenas uma hora para você fazer duas redações (escritas a mão), com temas chatíssimos. Há um número mínimo de palavras para cada uma das redações, e você tem que ter certeza de que o examinador vai entender sua letra. Então entre escrever (e usar as palavrinhas que garantem pontos, como "however", "therefore", "despite", "moreover", "first of all" e por aí vai), apagar e reescrever os garranchos e contar as palavras, mal dá tempo de bolar um texto decente.

Mas o resultado chegou e eu passei! Fui muito bem aliás. tive uma média de 8,  e no reading tirei a nota máxima, 9. No speaking e no listening tirei 8.5 (uma pena que não falam o que eu errei, pois eu achava que tinha tirado a nota máxima no listening também), mas no writing passei raspando: 6.5, exatamente o que a universidade pediu.

Mas enfim, mais um perrengue resolvido. 160 libras para provar que meu inglês é bom o suficiente pra eu voltar a estudar.

4 comentários:

  1. Se além dos certificados vc. tivesse falado que só se comunica com o Old Dad em inglês , tudo seria diferente.

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  2. Puxa vida, sou revoltada com o pouco tempo que eles dão para o Writing; no meu caso, não deu tempo de organizar as ideias, saiu um texto com parágrafos "remendados". Mas ruim, ruim mesmo é só ter a "validade" de 2 anos :(

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  3. Helo, Vou fazer o IELTS daqui ha 1 mes por causa do visto... Qual material voce usou para estudar?

    beijos

    Lu

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    Respostas
    1. Anônimo3:14 PM

      estudei online, pelo proprio portal do ielts!

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