Leitura: Why Women Need Quotas, Vicky Price

fevereiro 26, 2017 Helô Righetto 1 Comentários


Como vocês já devem ter percebido, eu ando me dedicando as leituras feministas ultimamente. Notei também que as livrarias agora tem seções (pelo menos um pedacinho de prateleira) de feminismo, e fica difícil resistir! Sinto que tem tanta coisa que eu preciso aprender, e quanto mais eu leio mais interesse tenho. Acho que essa fase vai durar um bom tempo, pois a pilha continua grande.

O mais recente é esse (Porque mulheres precisam de cotas), da economista Vicky Price. Não está entre os meus favoritos desse grupo de livros, mas ainda assim achei relevante. Apresenta diversos fatos e estatísticas que suportam a ideia de criar cotas para garantir que mais mulheres assumam posições de senioridade em grandes empresas.

Eu tenho algumas objeções as questões colocadas por Vicky (resumidamente, acho que o livro é escrito por uma mulher privilegiada que não reconhece seu privilégio para outras mulheres privilegiadas), mas como já falei, tem sua relevância. Principalmente para argumentar com os que acham que mulheres "escolhem" carreiras menos lucrativas. Aliás, se esse é um assunto que interessa, recomendo assistir esse hangout que eu e a Renata fizemos recentemente.




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A socialzona

fevereiro 24, 2017 Helô Righetto 1 Comentários


Tá rolando nas redes sociais um meme (Eu odeio essa palavra, meme, da onde surgiu essa expressão?), sobre as pessoas que quando você pergunta "vamos?", respondem "vamos!".

Bom, eu costumava ser a pessoa que respondia, "não tô afim" ou qualquer coisa do tipo, mas um belo dia eu resolvi mudar. Não se exatamente a razão, mas sei que minha agenda anda cheia (tô metida!). Entre as aulas de ballet, as corridas e as saidinhas aqui e ali, não tem sobrado muitos dias livres pra ficar em casa a noite e me atualizar no Netflix (continuo na segunda temporada de Orange is the new black).

Claro que essa vida de não ter um trabalho fixo ajuda. Dá pra fazer uma social com os outros amigos que estão no limbo também são frilas/bloggers como eu. A única coisa que muda é o que estamos bebendo: café quando é no meio do dia. Aperol Spritz (ou simiar) quando é no horário dos trabalhadores sérios. Porque as mágoas são choradas igualmente (e os sucessos celebrados, claro!), independente da bebida na mesa.

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Sugestões

fevereiro 21, 2017 Helô Righetto 1 Comentários




Quando a gente tem um problema ou enfrenta um impasse, e quando a gente compartilha isso com alguém, não dá pra evitar: vamos receber uma enxurrada de sugestões. Bem intencionadas, eu sei (e tenho certeza de que já fiz isso, não estou apontando dedo pra ninguém, apenas fazendo uma reflexão), mas que mais atrapalham do que ajudam. Na maior parte das vezes, atrapalham.

Ano passado, quando eu deixei meu trabalho fixo para me aventurar como blogueira e freelancer, passei por algo assim. Passados alguns meses eu já não tinha certeza de que tinha feito a melhor decisão, e comecei a considerar as opções. E bastou eu compartilhar essa insegurança para ser metralhada com soluções para o meu impasse. Mas eu só queria falar. Eu sabia quais eram as opções possíveis, mas não estava certa de que caminho tomar. Estava em um limbo, e precisava lidar com esse limbo no meu tempo.

Ouvir as diversas soluções propostas apenas exaltou o meu sentimento de ter fracassado. Afinal, com tantas opções, como eu poderia estar na dúvida? Escolhe uma e vai, oras!

Isso é muito cansativo. As vezes a gente só quer compartilhar um momento difícil, sem discutir as possibilidades. Apenas falar. Acho que só uma pessoa (uma colega do ex trabalho aliás) me falou algo que realmente ajudou: lembre-se de que isso é temporário. Pronto, ela entendeu. Não me deu soluções geniais, não me fez sentir uma derrotada por não saber que passo dar.

Será que a gente vem com essas mil soluções não solicitadas quando alguém desabafa com a gente porque não temos a menor ideia de como lidar com a dúvida? Parece que a vida de todo mundo ao nosso redor tem que ir ao encontro das nossas ideias. Não há tempo para a dúvida! Você está desperdiçando seu talento! Vai produzir!

Portanto, antes de dar uma sugestão, pense: será que a pessoa já não pensou nisso? Você tem certeza de que o que você vai sugerir é tão inovador que não passou pela cabeça da pessoa antes? Será que ajudar ouvindo não é melhor que ajudar falando?

Afinal, já diz o velho ditado: se conselho fosse bom...


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Semente de abóbora

fevereiro 18, 2017 Helô Righetto 6 Comentários


Uma amiga ficou hospedada aqui em casa alguns dias em janeiro, e por causa dela eu comecei a colocar sementes de abóbora na salada. Não é incrível isso? Você tá lá fazendo seu almoço e pá, de repente pensa na sua amiga. A mesma coisa para uvas congeladas. Uma das melhores dicas que já recebi na vida.

Outra amiga me recomendou um app para eu receber notificação de quando vai ter show de artista que eu gosto na cidade. Ela ta em show dia sim e outro também, e quando eu disse que nunca ficava sabendo das datas do show a tempo de comprar ingresso, ela falou pra eu usar esse app. Aí tá lá o ícone do app no meu celular e toda vez que bato o olho, lembro dela (tudo bem que é ela é tão legal que ainda assim me manda mensagem quando fica sabendo de show que acha que eu vou gostar, ela é meio que meu app personalizado).

Nunca vou me esquecer do dia que uma amiga me ensinou a dobrar lençol com elástico. Infelizmente estávamos todas meio alegrinhas depois de alguns G&T e eu não lembro como faz, mas lembro claramente da minha animação ao vê-la dobrar o lençol perfeitamente.

Esses dias fiquei sabendo por essa mesma amiga - que soube de outra amiga nossa - que passar Vick Vaporub na sola do pé ajuda com a tosse. E há uns anos uma delas também me ensinou que sobrancelha não se escreve com m depois do o. Eu escrevia sombrancelha! Essa mesma amiga também me me deu aquele toque básico depois que leu a palavra minuciosamente escrita de forma errada nesse blog.

Ah, e por causa de uma amiga eu também consegui equilibrar um ovo, e aprendi a economizar sabonete líquido para as mãos. Gente, basta misturar com água! De nada. Agradeçam a minha amiga.

Será que eu já coloquei semente de abóbora na vida alguém? Espero que sim.

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Bristol

fevereiro 17, 2017 Helô Righetto 0 Comentários


Como estamos sem poder viajar para fora do país por enquanto (visto sendo renovado), tenho tentado passear mais por Londres e arredores. Lembro que no primeiro ano que moramos aqui fizemos vários passeios bate e volta para outras cidades, mas com o tempo a gente vai sendo engolido pela rotina e esse tipo de viagem vapt vupt virou coisa rara (eu as vezes vou sozinha pelo blog, ou com algumas amigas, mas raramente o Martin vai junto).

Então decidi que a gente deveria ir para Bristol, mas rapidinho me dei conta de quem um bate e volta não seria suficiente pra ver o melhor da cidade, que é muito conhecida por causa da arte de rua e também por ter várias lojas, galerias e cafés independentes. Decidimos passar um fim de semana de lá, e Martin vlogueiro entrou em ação mais uma vez. Aqui está o vídeo com os destaques da nossa visita a Bristol (não tem tudo, mas dá uma ideia):




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Reservada

fevereiro 16, 2017 Helô Righetto 3 Comentários


Conversando com uma amiga ontem, descobri algo novo sobre mim: ela me disse que eu sou reservada. Tomei um susto: como assim, eu, reservada? Eu tenho blog há trocentos anos, participo ativamente das redes sociais, sempre achei que mostrava demais...

Mas entendi o que elas quis dizer, e acho que ela está certa. O que pra mim foi uma grande caída de ficha (ficou bizarro essa expressão usada assim hein?). A verdade é que eu morro de medo de falar sobre a minha vida para os outros e ser o tipo de pessoa que só sabe falar de si. Eu eu eu! Eu prefiro esperar que me perguntem, mas mesmo assim a tendência é dar respostas rápidas, sucintas. Acho um tédio quando alguém não para de falar de si mesmo - o tempo todo, em todas as ocasiões - e a última coisa que eu quero é que alguém se sinta entediado e apagado quando fala comigo.

Lembro como fiquei chateada quando recebi um comentário aqui me acusando de folgada e feminista de araque, de não ter um trabalho fixo e ter que contar com o meu marido financeiramente. Pensei "como essa pessoa sabe pouco sobre mim!", e é bem por aí, afinal o que vem parar nesse blog é apenas um apanhado geral de uma vida ordinária! Se eu falo pouco sobre mim ao vivo e a cores, no blog a coisa é ainda mais filtrada.

Adorei que essa minha amiga me falou isso. Nunca achei que iria descobrir algo novo sobre mim aos 36 anos!

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Leitura: Americanah, Chimamanda Ngozi Adichie

fevereiro 15, 2017 Helô Righetto 1 Comentários


Eu conheci a Chimamanda por causa do TED talk dela sobre feminismo (bom, na verdade eu li o livro e depois vi a palestra), e fiquei curiosa para ler outras obras dela. Comecei por Americanah, que acho que é a mais conhecida, que havia sido muito bem recomendada (por um monte de gente!).

Gostei muito, até porque tenho achado cada vez mais difícil encontrar um bom livro de ficção. Americanah acompanha a vida de Ifemelu e Obinze, um casal de namorados na Nigéria. Quando começam a vida adulta, eles seguem caminhos diferentes, e a narrativa vai alternando entre ele e ela. Ela vai fazer faculdade nos Estados Unidos e acaba ficando lá muitos anos. Ele acaba indo para a Inglaterra, mas é de volta na Nigéria que as coisas começam a dar certo profissionalmente.

Mas não é apenas a história de um casal. É um livro sobre raça, racismo, imigração e também percepções de gênero.

Como já disse, gostei muito, mas achei que poderia ser uns 30% mais curto. Eu e minha mania de querer editar tudo! Nas últimas páginas eu já estava um pouco entediada, achei que se arrasta um pouco quando a gente já consegue entender o que vai acontecer.

Enquanto eu estava lendo Americanah, foi anunciada uma palestra da Chimamanda aqui em Londres, durante o Women of The World Festival agora em março. Consegui ingresso (já estão esgotados) e estou felicíssima que vou ver de perto essa escritora maravilhosa!

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Você prefere ler o que eu escrevo ou ouvir o que eu falo?

fevereiro 13, 2017 Helô Righetto 15 Comentários




Será que em vez de ler o que eu publico aqui você preferiria escutar o que eu tenho a dizer? Vamos fazer um teste? Esse é o primeiro post que eu faço com opção de áudio, utilizando uma plataforma chamada Vooozer. Se você der play aí em cima, vai ouvir tudinho que está escrito aqui.

A ideia é excelente. Afinal, nem todo mundo pode ler, ou então tem tempo pra isso. Mas fica minha dúvida: será que não existe um encanto do escritor, que pode ser perdido quando a voz é revelada? Não que a minha voz seja o segredo mais bem guardado do mundo, mas vocês entenderam o que eu quis dizer. Será que vou conseguir falar o que penso com a entonação certa? Será que você vai me achar irritante? Voz muito grossa, ou muito fina? Você vai querer continuar lendo os posts ou vai preferir apenas ouvi-los?

Façamos então o teste. Pena que vocês não podem gravar nos comentários : ) Então escrevam, por favor!

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Outros blogs

fevereiro 10, 2017 Helô Righetto 0 Comentários


Eu sei que dar as caras nesse blog não é obrigação, mas quando me dou conta de que já passaram quase 10 dias desde a última postagem eu sinto uma agonia danada. Ou será que quero apenas manter a imagem congelada do Mr Darcy (vide post anterior) no topo da página? Seria meu inconsciente um fanfarrão?

Acho que escrever em outros blogs (isso mesmo, no plural, porque além do Aprendiz de Viajante eu escrevo também no Coletivo Tropical) as vezes atrapalha um pouco a dinâmica do queridinho aqui. Por exemplo, eu escrevi sobre um hiking que a gente fez no interior da Inglaterra lá no AdV. E sobre as minhas plantinhas suculentas lá no Coletivo. Coisas que no passado teriam vindo parar aqui. Isso sem contar tudo que é relacionado a feminismo, que vai parar ou no Facebook, ou no Brasil Observer ou vira hangout mesmo (agora eu já tô usando o blog de plataforma pra jabá!).

Mas, olhando por outro lado, isso também torna tudo que escrevo aqui muito mais pessoal. Um retorno as divagações, bobagens e anseios. Ah, e os livros né? Sempre os livros. Posso ter o maior bloqueio da história dos bloqueios, mas sempre tenho as leituras pra compartilhar aqui. Estou estimando terminar a leitura atual em mais ou menos uma semana, o que significa que em breve tem post. Quem sabe antes?

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A atrasada do Netflix

fevereiro 01, 2017 Helô Righetto 2 Comentários


Netflix entrou na minha vida com bastante atraso. Talvez eu tenha sido a última mulher branca de classe média a ter assistido House of Cards e Orange is The New Black, mais por horror de não entender piadas no Twitter do que por real interesse nessas séries (diga-se de passagem acabei gostando muito das duas, mas ainda não terminei OITNB, então por favor nada de spoilers!).

Eu sei lá quando foi que me dei conta que existia esse serviço. Algum dia percebi que Netflix não era um joguinho ou um meme passageiro e que era algo que todo mundo fazia enquanto eu via reprise de Friends e How I Met Your Mother. Até que percebi que sim, havia Netflix na minha casa: meu prezado marido adquiriu assinatura e não se deu ao trabalho de me avisar. Ele começou a ver umas séries esquisitas que eram justamente as que estavam na boca do povo. Sim, o Martin estava mais por dentro do que eu.

Agora já estou mais acostumada com o Netflix mas ainda assim tenho uma preguiça imensa de começar a ver algo. O primeiro episódio da primeira temporada... é um investimento alto do tempo e do intelecto, não é mesmo? Por isso, quando estou de saco cheio da tv aberta, eu abro o Netflix e assisto o capítulo de Orgulho & Preconceito no qual Mr Darcy mergulha no lago de roupa e depois dá de cara com a Lizzie. Praticamente um fime pornô a lá Jane Austen.

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