5 maneiras de irritar um londrino - versão metrô

fevereiro 25, 2015 Helô Righetto 2 Comentários

1. Pare na frente da catraca e procure seu bilhete
Ah, nada como deixar para pegar seu bilhete do metrô só quando você chega na catraca para experimentar a paciência dos londrinos. Sim, vá lá, faça isso: procure o bilhete calmamente, primeiro nos bolsos, depois na mochila ou bolsa, e não arrede o pé de frente da catraca enquanto isso. Quero ver se alguém vai falar que os franceses são mal educados (e que fique bem claro que eu discordo) depois de bloquear uma catraca qualquer em uma estação qualquer do metrô londrino.

2. Chegue na plataforma e pare bem em frente ao acesso de onde você surgiu
Afinal, pra que ir para as pontas das plataforma ou procurar um pedaço que esteja menos cheio se você pode muito bem parar na porta e bloquear a entrada de todo mundo que está atrás de você? Sim, espere o próximo metrô chegar e não arrede pé, e não facilite a passagem de quem quem sair da muvuca e seguir em frente.

3. Aperte o botão que fica na porta do vagão
Se a porta do seu vagão tiver um botão (lado de dentro ou de fora) que você deduziu que deve ser apertado para abri-la ou fechá-la, aperte-o. Mas não aperte uma vez só: assim que o metrô chegar na plataforma, aperte várias vezes, incessantemente. Porque óbvio que esse botão funciona e todas as outras pessoas que usam o metrô todos os dias são completos idiotas que ainda não perceberam que apertar o botão te dá esse poder de absoluto controle de porta. (ATENÇÃO: mesmo no DLR, onde o botão realmente deve ser usado, aperte-o várias vezes. Se apertar uma vez só não vale, a porta só aceita o comando depois de 15 apertos)

4. Entre no vagão enquanto as pessoas estão saindo
Assim que a porta abrir (claro, já que voce apertou o botão mais de 15 vezes), não pisque: entre no vagão. O povo que fica esperando todo mundo sair antes (pior: abrem espaço para os outros saírem! Otários!) está comendo bola, entre antes de todos eles e seja o centro das atenções do vagão.

5. Quando a porta estiver fechando, deixe sua bolsa/casaco/sacola na frente
Quando o condutor do metrô falar pelo auto falante 'MIND THE DOORS, MIND THE CLOSING DOORS', não mova um músculo e deixe a porta fechar em cima das suas coisas. Não se esforce para move-las, mesmo que o condutor avise que o metrô não pode sair enquanto as portas não fecharem sem nenhum obstáculo. Para um melhor resultado, entre no vagão com as portas fechando, assim é mais provável que seu casaco ficará preso e voce causará um pequeno atraso na vida de todo mundo.

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Mr Turner: o meu Oscar pessoal

fevereiro 22, 2015 Helô Righetto 0 Comentários

Eu sou bem preguiçosa para ver filmes, seja em casa ou no cinema. Eu sempre tenho uma lista imensa de filmes que gostaria de ver, mas vou adiando... acabo vendo alguns quando faço vôos longos, mas conto nos dedos as vezes que fui no cinema nos últimos anos, infelizmente.

Bom, toda essa introdução pra falar que recentemente eu fui no cinema (!!!) pra ver Mr Turner. Chegou esse filme no Brasil? É excelente. Trata-se dos últimos 25 anos de vida do pintor Turner (sobre o qual já falei várias vezes aqui no blog, pois volta e meia tem exposição dele em Londres), maravilhosamente interpretado por Timothy Spall.

Fiquei bem emocionada quando vi, pois muitos dos quadros que vi nessas exposições (e também na Tate Britain, que tem uma galeria especial dedicada a obra dele, uma coisa de louco) são pintados nesse período retratado no filme, assim como vários lugares de Londres (como a Royal Academy of Arts).

As 'fofocas' entre a turma das artes na época (como a rivalidade entre Turner e Constable e o casamento falho entre o historiador de arte John Ruskin e Effie Gray), que 'aprendi' em um curso que fiz ano passado também 'aparecem'.

Enfim, o filme é extraordinário mas não está concorrendo a nenhum dos grandes prêmios do Oscar. Por aqui foram publicadas várias matérias questionando a credibilidade dos concorrentes a melhor filme/diretor/ator, como acontece quase todo ano. Uma pena viu? 

Se você curte esse tipo de filme, vá ver! Assim você conhece um pouco mais das excentricidades de Turner, assim como seu legado.

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Leitura: 1Q84 (trilogia), Haruki Murakami

fevereiro 20, 2015 Helô Righetto 2 Comentários

Passei 1 mês lendo essa trilogia, e quando acabo esqueço de colocar aqui... já faz quase 2 semanas que terminei o terceiro livro (li um seguidinho do outro, sem parar) e apesar de ter gostado do 'geral', o fim me decepcionou. Aliás, o terceiro livro todo foi meio vai não vai. Sabe quando você tá chegando no fim e percebe que as dúvidas não serão esclarecidas? Passam 200 páginas mas na história passam 2 horas?

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Mas não foi tempo perdido, longe disso. Os dois primeiros livros eu devorei, achei sensacionais. Aí a expectativa pro terceiro tava altíssima e né, não correspondeu com a realidade. Fica aquela sensação ultimo episódio de LOST - ok, bacana, que emoção, mas e aí? E o urso polar/povo pequenino? E a fumaça/duas luas? 

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Olha, acho que se um dia eu escrever um livro, no fim vai tudo organizado numa listinha, pra não desapontar ninguém. Vou fazer um resumo com as questões abordadas na história e suas respectivas respostas, dessa forma os leitores pragmáticos como eu ficarão felizes. 

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Onde vamos passar o Natal?

fevereiro 18, 2015 Helô Righetto 2 Comentários

No ritmo acelerado que as coisas estão acontecendo esse ano, essa é a pergunta que daqui a pouco eu preciso começar a fazer para mim mesma (mim mesma? ou eu mesma?).

Eu tenho coisa pra fazer todo fim de semana de agora até... maio. E ja tenho uns finais de semana ocupados em junho e julho também, então estou ansiosa pra dormir até tarde num sábado qualquer em agosto. 

Exageros a parte, um fim de semana sem fazer nada faz falta sim. Trabalhei nesse último (feira em Frankfurt, como vocês talvez tenham percebido pelo post anterior), então já comecei essa semana me sentindo um bagaço. Somando as corridas, posts atrasadérrimos no Aprendiz de Viajante e uns frilas que estou fazendo para o Brasil, só me resta acordar cedo e ser pontual no escritório pra poder sair assim que o relógio bate 17:30 e fazer render a minha noite. 

Uma coisa bacana dessa semana: percebi que ao sair do trabalho já não está mais tão escuro. Não é dia, mas também não é noite fechada. O céu, a essa hora, tem estado lindo. Meu Instagram agradece!

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Diálogo feirístico

fevereiro 13, 2015 Helô Righetto 1 Comentários

Local: um stand qualquer em uma feira em Frankfurt, Alemanha.

'Olá, eu sou da imprensa (mostro meu crachá que confirma), posso fotografar seu stand?'

'Claro, pode sim! Fique a vontade. De que revista voce é?'

'(entrego meu cartao) Desse website.'

'WEBSITE? Nao, voce nao pode fotografar nada aqui'

'?????!!!!!!'

'Se voce fosse de um jornal ou revista tudo bem. Mas internet nao. Porque vao copiar meus produtos'

'Meu senhor, hello, é 2015! Como assim voce acha que as mídias digitais sao inimigas? Quem quiser copiar seu produto vai copiar de qualquer jeito, nao existe mais essa barreira! Que atraso! Seu produto exposto numa página da web vai alcancar muito mais gente do que nas páginas de uma revista. E vamos combinar que o que voce vende nao é nada inovador. Sério. Menos.'

Isso é o que eu queria ter falado. O que eu falei de verdade foi 'Ok, obrigada'

E lá fui eu pro próximo stand. 

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Era uma vez uma linha de trem...

fevereiro 08, 2015 Helô Righetto 1 Comentários

...que me levava da porta da minha casa até o local onde eu trabalho.

Eu pegava o trem e ia sentadinha, lendo o meu livro e me atualizando no Instagram e Twitter, até chegar lá. Sem me preocupar com baldeação e quase sempre em companhia das mesmas pessoas.

Mas como alegria de assalariado dura pouco, essa linha de trem foi cancelada. CANCELARAM o meu trem! Eu já sabia que isso ia acontecer, estavam avisando há muito tempo, mas eu preferi ignorar os avisos até o dia em que eu acordei e me dei conta de que precisava buscar uma nova alternativa para ir e voltar do trabalho.

Opções existem, eu sobrevivi, e tudo continua igual. Com duas exceções: minha leitura que é interrompida quando eu preciso trocar do ônibus pro metrô ou do trem (outra linha de trem) pro metrô, e o meu caminho de volta pra casa que é agora é feito com a companhia do Martin.


Porque com toda pequena tristeza sempre deveria vir uma grande alegria!

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London Winter Run

fevereiro 05, 2015 Helô Righetto 1 Comentários

Domingo, 7 horas da manhã, termômetro marcando ZERO grauzinhos lá fora.

O que você faz?

Você levanta e se prepara pra participar de uma corrida de 10km, que quando você marcou há uns 2 meses parecia uma ótima ideia.

Olha, as vezes me pergunto se não tô vivendo num mundo paralelo (ando com esse tema na cabeça porque estou mergulhada na trilogia 1Q84), porque essa história de treinar e participar de corridas não tem absolutamente nada a ver comigo.

Mas enfim, corrida marcada (o que significa inscrição paga), lá fomos nós. Quer dizer, sobramos nós, porque outro amigo que ia correr junto ficou doente (mentira, ficou com medo de ficar pra trás, HÁ!) e nossa mini torcida que ia aparecer por la também não conseguiu chegar (dizem por aí que foi problema nos trens, mas acho eu que o 'problema' foi no cobertor quentinho!)

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Como eu contei antes, a corrida era organizada pelo Cancer Research UK, então antes da largada o 'animador' perguntou quantas pessoas ali conheciam alguém que teve a vida afetada pelo câncer. 90% levantaram a mão. Aí ele perguntou quantas pessoas passaram por tratamento, e algumas mantiveram a mão levantada. Por fim, ele perguntou quem ainda estava em tratamento e um homem na nossa frente levantou a mão. Foi aí que eu me animei e deixei o frio e o sono de lado.

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Foi uma boa corrida, já que passamos por várias atrações, o percurso é muito bacana. mas confesso que o último kilômetro foi sofrido, mas mesmo assim reduzimos em 2 minutos o tempo total (em relação a corrida que fizemos no fim de novembro).

Bom, mais uma medalha na coleção, que espero que cresça muito. E depois de começar o domingo assim, fizemos duas comemorações gastronômicas: café da manhã tradicional e jantar no restaurante japonês preferido!

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VOCÊ AINDA PODE DOAR ==> https://www.justgiving.com/Heloisa-Righetto-3881940-CRUK-London-Winter-2014/

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