Eurovision
A primeira vez que ouvi falar no Eurovision foi no blog da Maria Fabriani (um dos primeiros blogs que comecei a ler, uns 10 ou 11 anos atrás), que mora na Suécia e chegou a fazer vários posts sobre o assunto. Mas aí tinha meio que esquecido, até que vim morar aqui e em 2009 assisti esse espetáculo na televisão pela primeira vez.Eu até podia ir largar mão de ser preguiçosa e fazer uma pesquisa pra explicar tintim por tintim como funciona o Eurovision, mas né? Wikipedia taí pra isso. Vou falar o basicão mesmo: o Eurovision é uma competição musical que acontece há 58 anos e reúne 39 países da Europa e também alguns agregados, como Israel (não sei o motivo da presença dos agregados). Cada país é representado por um cantor/cantora/banda e o objetivo, obviamente, é ganhar a competição. O país que ganha é o país que "recebe" o evento no ano seguinte.
Dos 39 países, apenas 24 conseguem vaga na grande final. Aí já tem polêmica: 5 dessas vagas são reservadas para os países que colocam mais dinheiro na European Broadcast Corporation, ou seja, sustentam o evento. A Grã Bretanha é um desses países (se não fosse, duvido que passaríamos das semi finais).
E como funciona a votação? Na noite da grande final, os 24 artistas se apresentam novamente e ao fim das apresentações as linhas são abertas para o público - você liga pro número do país que quer votar (não pode ser o seu país). Aí, cada país faz rapidamente sua apuração e anuncia os resultados. A pontuação funciona assim:
Aí, é claro, o país que somar mais pontos ganha. Mas não é assim tão simples: o Eurovision, apesar de ser um barato, é super político. Os países amiguinhos votam entre si. Por exemplo, a Dinamarca dá 12 pontos pra Suécia, 10 pontos pra Noruega e 8 pontos pra Finlândia; Malta sempre vai dar 12 pontos pra Itália, e Portugal e Espanha também sempre dão seus 12 pontos um pro outro. Assim como a Grécia e o Chipre, Bósnia e Croácia. Então, como ninguém gosta da Grã Bretanha, sempre ficamos lá pelos últimos.
Claro, claro, talento também conta. Mas que é tudo meio que acertado - vota em mim que eu voto em você - isso é.
Mas ok, essa foi apenas uma introdução bem básica, porque o legal do Eurovision é simplesmente assistir as performances. O pessoal faz "Eurovision parties", de tão bom que é. E, vejam bem, quando eu digo bom, quero dizer brega. Gente, gente, gente!!!!! Os melhores atos, pra mim, são os mais bregas. Como esse aqui, incrível, da Romênia (vejam tudo, por favor, vale muito a pena):
Olha, acho que esse é um dos outros motivos que a Grã Bretanha não consegue uma boa colocação há muitos anos. Tenta ser cool, sabe? No passado já mandamos uma boy band, e esse ano mandamos a Bonnie Tyler (todos nós na faixa dos 30 e poucos já dançamos ao som de Bonnie Tyler cantando Total Eclipse of the Heart) cantando uma música lenta. Ok, a música é legal, Bonnie Tyler é ótima, mas né? Não é o espírito do Eurovision, acho eu.
Aqui em Londres nunca senti muito uma vibe "uau, Eurovision esse fim de semana, tomara que a gente ganhe" como imagino que seja em alguns países que tem mais tradição de ganhar. Mas aposto que todo mundo vê!
Esse ano quem ganhou foi a Dinamarca (os países escandinavos manjam muito de Eurovision!), com essa apresentação aqui:
5 comentários:
Deixe seu comentário! E caso faça uma pergunta, volte para ver a resposta