Eurovision

maio 31, 2013 Helô Righetto 5 Comentários

A primeira vez que ouvi falar no Eurovision foi no blog da Maria Fabriani (um dos primeiros blogs que comecei a ler, uns 10 ou 11 anos atrás), que mora na Suécia e chegou a fazer vários posts sobre o assunto. Mas aí tinha meio que esquecido, até que vim morar aqui e em 2009 assisti esse espetáculo na televisão pela primeira vez.

Eu até podia ir largar mão de ser preguiçosa e fazer uma pesquisa pra explicar tintim por tintim como funciona o Eurovision, mas né? Wikipedia taí pra isso. Vou falar o basicão mesmo: o Eurovision é uma competição musical que acontece há 58 anos e reúne 39 países da Europa e também alguns agregados, como Israel (não sei o motivo da presença dos agregados). Cada país é representado por um cantor/cantora/banda e o objetivo, obviamente, é ganhar a competição. O país que ganha é o país que "recebe" o evento no ano seguinte.

Dos 39 países, apenas 24 conseguem vaga na grande final. Aí já tem polêmica: 5 dessas vagas são reservadas para os países que colocam mais dinheiro na European Broadcast Corporation, ou seja, sustentam o evento. A Grã Bretanha é um desses países (se não fosse, duvido que passaríamos das semi finais).

E como funciona a votação? Na noite da grande final, os 24 artistas se apresentam novamente e ao fim das apresentações as linhas são abertas para o público - você liga pro número do país que quer votar (não pode ser o seu país). Aí, cada país faz rapidamente sua apuração e anuncia os resultados. A pontuação funciona assim:

12 pontos para o primeiro colocado
10 pontos para o segundo colocado
8 pontos para o terceiro colocado
7 pontos para o quarto colocado
6 pontos para o quinto colocado
5 pontos para o sexto colocado
4 pontos para o sétimo colocado
3 pontos para o oitavo colocado
2 pontos para o nono colocado
1 ponto para o décimo colocado

Aí, é claro, o país que somar mais pontos ganha. Mas não é assim tão simples: o Eurovision, apesar de ser um barato, é super político. Os países amiguinhos votam entre si. Por exemplo, a Dinamarca dá 12 pontos pra Suécia, 10 pontos pra Noruega e 8 pontos pra Finlândia; Malta sempre vai dar 12 pontos pra Itália, e Portugal e Espanha também sempre dão seus 12 pontos um pro outro. Assim como a Grécia e o Chipre, Bósnia e Croácia. Então, como ninguém gosta da Grã Bretanha, sempre ficamos lá pelos últimos.

Claro, claro, talento também conta. Mas que é tudo meio que acertado - vota em mim que eu voto em você - isso é.

Mas ok, essa foi apenas uma introdução bem básica, porque o legal do Eurovision é simplesmente assistir as performances. O pessoal faz "Eurovision parties", de tão bom que é. E, vejam bem, quando eu digo bom, quero dizer brega. Gente, gente, gente!!!!! Os melhores atos, pra mim, são os mais bregas. Como esse aqui, incrível, da Romênia (vejam tudo, por favor, vale muito a pena):



Olha, acho que esse é um dos outros motivos que a Grã Bretanha não consegue uma boa colocação há muitos anos. Tenta ser cool, sabe? No passado já mandamos uma boy band, e esse ano mandamos a Bonnie Tyler (todos nós na faixa dos 30 e poucos já dançamos ao som de Bonnie Tyler cantando Total Eclipse of the Heart) cantando uma música lenta. Ok,  a música é legal, Bonnie Tyler é ótima, mas né? Não é o espírito do Eurovision, acho eu.



Aqui em Londres nunca senti muito uma vibe "uau, Eurovision esse fim de semana, tomara que a gente ganhe" como imagino que seja em alguns países que tem mais tradição de ganhar. Mas aposto que todo mundo vê!

Esse ano quem ganhou foi a Dinamarca (os países escandinavos manjam muito de Eurovision!), com essa apresentação aqui:

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The Welsh Lovespoon

maio 28, 2013 Helô Righetto 6 Comentários

Uma das coisas que compramos na nossa viagem a Cardiff foi a Welsh Lovespoon - a colher do amor galesa.

A Lovespoon tem uma história muito da bonitinha: diz que há muitos séculos ela era o presente que os amantes se davam para declarar seus sentimentos. A pessoa tinha que fazer a colher de madeira, na raça, e a escolha dos desenhos que a enfeitavam era coisa séria, já que cada símbolo tem um significado particular. Um coração, por exemplo significa "meu coração é seu" e dois corações lado a lado dizem "nossos sentimentos são recíprocos". Folhas ou árvores significam "amor crescente" e sinos significam casamento.





Parece que a Lovespoon é a avó da aliança, mas hoje em dia as pessoas dão as colheres de presente para noivos, recém casados, ou casais comemorando aniversário de casamento. 


Compramos a nossa colher do amor em uma loja em frente ao Castelo de Cardiff - a única que vi pela cidade, aliás - e apesar de ela ser super turística todas as colheres a venda lá ainda são feitas artesanalmente. Ou seja, não existem duas colheres iguais. Também é possível encomendar desenhos especiais ou mandar gravar nomes e frases na madeira.

Mas o que eu mais gostei de toda essa história da Lovespoon é que provavelmente é daí que surgiu a palavra em inglês "spooning", ou em bom português o famoso "ficar de conchinha".

Nossa Lovespoon tem corações e sinos - e ganhou lugar de honra na casa!


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52 objetos: semana 41

maio 27, 2013 Helô Righetto 3 Comentários

O que é: meu telefone celular

Onde fica: sempre comigo, sou dessas. Só não levo no banheiro.

Por que foi escolhido: e tem como não incluir o celular no projeto? Bom, tirando essa foto (tirada com o celular do Martin), todas as outras do 52 objetos foram feitas com o celular. Apesar de eu não usar trocentos aplicativos, os que tenho são uma mão na roda. Ah, esse celular é novinho! Ganhei do Martin de aniversário adiantado, já que o anterior já não dava conta das atualizações dos aplicativos e reiniciava sozinho três vezes por dia!

E o que mais: eu sei que muita gente acha um tanto quanto deprimente as pessoas olhando seus celulares todas as horas do dia - mas eu honestamente acho que não adianta a gente ficar nessa de que "a tecnologia está substituindo a interação humana" porque sempre rola essa coisa nostálgica, que comparamos o hoje com o "na minha época". Pra mim, ter um celular só trouxe benefícios, inclusive a melhora da comunicação com os amigos e família - que estão a um WhatsApp de distância.

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País de Gales, Wales, Cymru

maio 24, 2013 Helô Righetto 9 Comentários

Finalmente colocamos nossos pés em terras galesas: aproveitamos que segunda feira é feriado (pegamos também a sexta feira de folga) e viemos conhecer Cardiff, a capital do País de Gales - o menor (e menos famoso, talvez?) dos 3 países da ilha britânica.

Mesmo sem nunca ter vindo pra cá antes, sempre achei fascinante o idioma galês (sim, eles falam inglês aqui mas preservam o galês também), um dos mais esquisitos que já vi. Uma coisa assim russo com alemão, manja? Consoante demais pra vogal de menos? Sente só:


Aqui, toda a sinalização da cidade está nas duas linguas, e obviamente que a gente fica tentando decifrar a pronúncia das palavras. Apesar de algumas parecerem "roubadas" do inglês - tipo "bws" (bus), "castell" (castle), "tacsi" (taxi) e "ambiwlans" (ambulance) - a maioria é indecifrável: "celf" (arte), "croeso" (bem vindo), "gwesty" (hotel) e por ai vai.

Nas ruas, pelo menos o que senti nesse primeiro dia aqui em Cardiff, você ouve o inglês mesmo - mas pelo que li e me informei por aí há um grande esforço para não deixar o galês morrer entre as gerações mais novas. E tomara que não morra mesmo!

A viagem entre Londres e Cardiff de trem é curta, apenas duas horinhas. Chegamos na hora do almoço e já batemos perna por algumas das atrações principais, como o Museu Nacional. Uma ótima surpresa com sua bela coleção de pinturas impressionistas e esculturas do Rodin.



Amanhã vamos conhecer a área mais moderninha da cidade, Cardiff Bay, e no domingo faremos um tour (a gente ama um tour) até a região de Gower, pra ver um pouco da costa galesa.

Quem sabe até lá a gente não aprendeu umas novas palavrinhas em galês? Byddwn yn cadw ceisio!

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O tenor

maio 22, 2013 Helô Righetto 8 Comentários

Já falei aqui no blog uma vez sobre os músicos que tocam e cantam na rua e nas estações do metrô em Londres, e o quanto gosto e admiro o trabalho de todos eles. Adoro entrar em uma estação de metrô e começar a ouvir música, que geralmente é de ótima qualidade. Faz uma diferença imensa na minha rotina e sempre que possível colaboro $$$ com o artista.

Volta e meia, pertinho do meu trabalho, tem um moço cantando ópera - ele costumar aparecer por lá uma vez a cada duas semanas, mais ou menos, na hora que vou embora. Como a presença dele não é muito frequente, é sempre uma surpresa maravilhosa sair do prédio para a rua e imediatamente ouvir ele cantando.

Hoje consegui deixar umas moedas e aproveitei pra pegar o cartão dele (tinha um montinho junto ao lugar pra colocar o dinheiro) - o nome dele é Adam e logo abaixo do nome está escrito: "Tenor". Não é pra qualquer um né?

Então fica aqui esse post pra agradecer o Adam e divulgar seu trabalho. Ele está no twitter, no facebook e tem também um site onde é possível escutar algumas de suas performances - ou clica aí embaixo e leia meu blog com um fundo músical maravilhoso : )


Boa noite pra vocês!

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52 objetos: semana 40

maio 19, 2013 Helô Righetto 1 Comentários

O que é: dois posters enquadrados com fotos de Buenos Aires

Onde fica: em uma das paredes da sala

Por que foi escolhido: tudo que tenho decorando as paredes de casa é muito especial, então fica difícil escolher qual colocar aqui - mas esses dois posters foram uma das primeiras coisas que compramos para o nosso primeiro apartamento, lá em SP. Os dois mostram lugares bem conhecidos de Buenos Aires: o Caminito e a Avenida 9 de Julho (dá pra ver o Teatro Colon e o Obelisco ao fundo). O da 9 de julho nós compramos quando fomos juntos pra Buenos pela primeira vez, em julho de 2004. Acabamos nos arrependendo de não termos comprado outro, e pedimos para os pais do Martin trazerem o do Caminito logo depois.

E o que mais: como vocês já devem ter percebido, boa parte da decoração aqui de casa conta um pouco da nossa história - é assim com os posters, já que mostra a cidade onde o Martin nasceu! É uma maneira de ter um pouquinho da Argentina aqui em casa.

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Aqui em Londres: peculiaridades sobre a cidade onde moro

maio 14, 2013 Helô Righetto 59 Comentários

Faz pouco tempo que rolou por aí um post escrito por um francês que mora no Brasil no qual ele abordava de maneira divertida alguns costumes brasileiros, o que gerou uma série de outros posts de brasileiros que vivem no exterior falando de costumes do país onde moram.

Resolvi fazer o meu também (preciso falar que usei algumas ideias da postagem original e também do post que a Luci, que mora em Lyon, fez)... mas preferi focar na minha experiência em Londres, já que a Inglaterra, apesar de pequena, é muito diversa. E claro, tudo que está nessa lista é baseado nas minhas impressões pessoais, no meu estilo de vida desde que cheguei aqui no fim de 2008 - vai ter quem concorde e quem discorde! Nao é uma crítica, apenas um olhar bem humorado sobre alguns costumes e pessoas que vivem na mesma cidade que eu.
  1. Aqui em Londres, os meninos gostam de usar camisa pólo com a gola desdobrada, pra cima.
  2. Aqui em Londres, a turma ama um best seller - no metrô, no trem ou no ônibus sempre vai ter alguém lendo John Grisham, John le Carré, Paulo Coelho ou Ken Follet.
  3. Aqui em Londres, ninguém puxa conversa com estranho a não ser que seja para perguntas as horas.
  4. Aqui em Londres, todo mundo reclama do sistema de transporte, e não é difícil você achar alguém que fale que o metrô londrino seja ultrapassado e ruim.
  5. Aqui em Londres, quem usa guarda chuva é turista. Londrino que é londrino continua andando e se molhando como se nada estivesse acontecendo.
  6. Aqui em Londres, o pessoal gosta de atravessar a rua quando o farol está fechado para pedestres - eu já presenciei vários quase-atropelamentos.
  7. Aqui em Londres, o motorista de ônibus não abre a porta fora do ponto.
  8. Aqui em Londres, o pessoal fica de biquini e faz churrasco no parque, naquelas churrasqueiras portáteis e descartáveis de alumínio.
  9. Aqui em Londres, sempre vai ter alguém na rua com uma mala de rodinha. Sempre.
  10. Aqui em Londres, é difícil ver uma rua sem centenas de manchas deixadas por chicletes velhos pisados.
  11. Aqui em Londres, é normal pedir água da torneira no retaurante/café/bar, e também tomamos água da torneira em casa.
  12. Aqui em Londres, é raro alguem fazer uma hora de almoço - é sair, pegar um sanduíche ou salada, e voltar pra comer na mesa.
  13. Aqui em Londres, você vai ver o pessoal trocando a mesa de trabalho na hora do almoço por uma pracinha verde quando o sol dá as caras depois de um longo inverno.
  14. Aqui em Londres, a turma não costuma escovar os dentes depois do almoço.
  15. Aqui em Londres, a única maneira de realmente fazer amizade com os colegas de trabalho é ir no pub com eles. E beber muito.
  16. Aqui em Londres, as pessoas estão de passagem: os ingleses saem da casa dos pais pra fazer faculdade, quando terminam a faculdade vem pra Londres investir na carreira, e tem como objetivo comprar uma casa fora de Londres. Pra começar tudo de novo.
  17. Aqui em Londres, a gente não paga pra visitar museus famosos mas paga pra visitar as igrejas famosas.
  18. Aqui em Londres, você sempre estará andando atrás de um turista e invariavelmente tentando ultrapassá-lo.
  19. Aqui em Londres, todo mundo tem o cartão da Boots, mas nao existe carteira de identidade.
  20. Aqui em Londres, o pessoal não tem pudores pra assoar o nariz - e sempre terá alguém assoando o nariz bem alto perto de você.
  21. Aqui em Londres, quando as pessoas ficam gripadas, ela usam o mesmo lencinho de papel por horas e horas, as vezes passam o dia todo com o mesmo lencinho - que é ou guardado no bolso, na bolsa ou então - o melhor - enfiado dentro da manga da blusa.
  22. Aqui em Londres, tem gente que abre o laptop até dentro do metrô - seja pra trabalhar ou pra ver um filme
  23. Aqui em Londres, apesar de nunca nevar, neva todo ano.
  24. Aqui em Londres, quando neva, o sistema de transporte praticamente para. E os aeroportos também.
  25. Aqui em Londres, você pode vestir o que você quiser, pode pintar o cabelo da cor que quiser, que ninguém vai ficar te medindo na rua.
  26. Aqui em Londres, todo mundo quer morar em Nova Iorque
  27. Aqui em Londres, vai ter o dia que você verá um rato de perto - se não for na rua ou no metrô vai ser em casa mesmo.
  28. Aqui em Londres, há grandes chances de você ver uma raposa. 
  29. Aqui em Londres, o chá é com leite.
  30. Aqui em Londres, todo mundo já nasce crítico de arquitetura. 
  31. Aqui em Londres, os pais usam carrinho para passear com os filhos por muito mais tempo - já vi crianças de 6, 7 anos no carrinho.
  32. Aqui em Londres, quando você vai com os amigos no pub, cada um paga uma rodada de bebidas.
  33. Aqui em Londres, as pessoas se mudam com mais frequência, não são assim tão apegadas ao lugar que moram. Por exemplo, se alguém arruma um emprego novo do outro lado da cidade, é bem provável que se mude para mais perto do trabalho.
  34. Aqui em Londres, se você está carregado de sacolas no ônibus/metrô/trem, não espere que alguém que está sentado vai se oferecer para segurá-las.
  35. Aqui em Londres, cheers é mais do que um brinde. Vale para obrigada, até logo e valeu, entre outros.
  36. Aqui em Londres, um espirro é seguido de um "excuse me" - a pessoa se desulpa por espirrar.
  37. Aqui em Londres, se você leva 40 minutos pra ir da sua casa pro trabalho, eles acham que você mora longe. 
  38. Aqui em Londres, sempre vai ter alguém correndo. Tá nevando? Tá chovendo? Tá fazendo 10 graus negativos? Não importa, sempre terá um doido correndo pra fazer você se sentir fora de  forma.
  39. Aqui em Londres, um dia quente é um "mini heat wave", dois dias quentes são uma heat wave e três dias quentes são considerados período de seca.
  40. Aqui em Londres, evite abraçar um inglês como você abraça seus amigos no Brasil - ele vai ficar constrangido.
  41. Aqui em Londres, todo mundo tem um middle name, mas ninguém nunca usa. Nunca.
  42. Aqui em Londres, você precisa ter resposta na ponta da língua pra essa pergunta: "eat here or take away?"
  43. Aqui em Londres, quando você usa o metrô com frequência, vai ouvir algum dia um anúncio que tal linha está fechada devido "a uma pessoa embaixo do trem". E quando ouvir esse anúncio pela primeira vez você vai ficar chocado com o fato de que você é a única pessoa que se chocou - dá vontade de perguntar para os desconhecidos aos seu redor: "vocês acabaram de ouvir o que eu ouvi?". Mas, infelizmente, esse choque passa um dia.
  44. Aqui em Londres todo mundo odeia a Katie Price mas todo mundo sabe tudo da vida dela.
  45. Aqui em Londres você certamente conhece alguém que conhece alguém que vai correr a maratona.
  46. Aqui em Londres eles comem batata recheada, com as seguintes opções de recheios: feijão, atum, chilli ou ricota.
  47. Aqui em Londres, se você não tem tem um jardim, você pode ter um allotment, pequenos pedaços de terra onde as pessoas cultivam frutas, verduras, flores e temperos. Os allotments são administrados pelos councils (tipo sub prefeituras) e as vezes é preciso ficar na lista de espera por muitos anos pra conseguir ter um.
  48. Aqui em Londres, muitas estações de trem não tem catraca - mas você pode ser pego de surpresa por um fiscal.
  49. Aqui em Londres toma-se café fraco. Horrível! Mesmo que você tenha uma xícara cheia de café, se colocar um pingo de leite ele já vai ficar branco.
  50. Aqui em Londres, na época do Natal, você vai ver "Love Actually" na televisão umas quinze vezes.
  51. Aqui em Londres, um casal de namorados que mora junto há anos jamais vai falar que está casado. Mesmo que você, que é casado, diga pra eles que é a mesma coisa. Eles até vao comprar casa juntos, mas casar? Não não, é muito cedo.
  52. Aqui em Londres, nome com H mudo no começo é pronunciado com som de R. Eu sou a Reloisa.
  53. Aqui em Londres, tem paninho úmido pra tudo. Eles nunca fazem uma faxina de esfregar o chão do banheiro com vassoura, água e sabão. 
  54. Aqui em Londres, as empresas de prestação de serviço são muito ruins. Se você marcar com o técnico pra ver porque a internet não está funcionando, ele jamais vai aparecer na primeira vez. Você terá de marcar pelo menos umas 3 vezes.
  55. Aqui em Londres, eles não sabem que existe a expressão "pontualidade britânica" no Brasil.
  56. Aqui em Londres, sua formação acadêmica não determina o que você vai fazer pro resto da vida. Existem historiadores trabalhando em banco e engenheiros trabalhando no comércio.
  57. Aqui em Londres, existe o "self check out" no supermercado, que na teoria é pra ser mais rápido do que o caixa com atendente. Mas é impossível terminar suas compras sem se irritar - a máquina vai falar que você não pos tal produto na bandeja de saída e então um funcionário precisará te socorrer. 
  58. Aqui em Londres, muitas vezes as pessoas consultam o farmacêutico pra evitar ir ao médico.
  59. Aqui em Londres o farol de trânsito não fica amarelo só antes do vermelho, ele fica amarelo antes de ficar verde também.
  60. Aqui em Londres só não lê jornal quem não quer: tem mais jornal gratuito do que notícia.
(Se voce gostou desse post e está buscando dicas bacanas de Londres, de uma olhada no Guia que eu publiquei e está a venda aqui)

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The Shard e Leeds Castle

maio 13, 2013 Helô Righetto 3 Comentários

Um dos meus objetivos em 2013 é passear mais por Londres e pela Inglaterra, fazer mais passeios "bate-volta", coisa que rolava com mais frequência no nosso primeiro ano aqui - e é claro, depois que nos adaptamos e conquistamos o conforto da rotina, a vontade de ficar em casa descansando muitas vezes fala mais alto : )

Aproveitamos que o feriado do começo de maio estava super bonito e fizemos duas coisas bem bacanas: pegamos um trem pra conhecer o Leeds Castle (que não fica em Leeds) e no dia seguinte subimos no topo do novíssimo The Shard, o prédio mais alto da Europa Ocidental.

Escrevi sobre esses dois passeios em detalhes lá no Aprendiz de Viajante (clique aqui e aqui), mas queria colocar algumas fotos aqui também:










Foram dois passeios ótimos, bem diferentes um do outro - espero que durante a primavera e o verão a gente consiga fazer muitas coisas desse tipo!

(Lembrando que Londres tem página especial lá no Aprendiz de Viajante, com índice de todos os posts separados por tema - claro, ainda tenho MUITO o que escrever, mas na medida do possível vou colocando mais e mais conteúdo por lá)

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52 objetos: semana 39

maio 12, 2013 Helô Righetto 7 Comentários

O que é: trio de porta CDs de madeira

Onde fica: em uma das paredes da sala

Por que foi escolhido: ainda tem alguém que compra CD? Sim, eu! Poucos, mas compro. Eu não me adaptei totalmente ao MP3 e não é raro eu colocar meus CDs pra tocar em casa. E esse trio de porta CDs e especial porque foi feito na marcenaria de uma ONG lá em São Paulo, com a qual eu trabalhei quando participei do projeto Design Possível (que fazia essa conexão entre estudantes de design e produção com comunidades de artesãos). A marcenaria só trabalha com resíduos de madeira doados por indústrias, ou seja, a matéria prima desses porta CDs iria para o lixo.

E o que mais? Eles tem um design super simples, mas eu acho lindo - além dos CDs uso eles como pequenas estantes, já que "guardam" também alguns acessórios de decoração e souvenirs, como os bonequinhos de Lego que comprei em Colônia, as mini vacas de cerâmica da cow parade, o vaso de porcelana pintado a mão que era da minha vó, a caixinha de música de Paris, entre outras coisas. Ah, uma história engraçada: a primeira vez que o Rodrigo (marido da Marina) veio em casa e viu os porta CDs, ele falou: "Marina, olha, eles são velhos, eles tem CD!"

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Eu no Entrevistando Expatriados

maio 11, 2013 Helô Righetto 2 Comentários

Tinha esquecido de colocar aqui o link para minha entrevista no blog Entrevistando Expatriados - que como o próprio nome diz é dedicado a mostrar um pouco mais sobre a vida da turma que mora fora do Brasil.

A criadora do blog é a Mirella, mais conhecida na blogosfera como a Mi do Mikix, que é o outro blog que ela tem. A Mi também é expatriada (atualmente mora em Toronto, Canadá) e inclusive passou por Londres há pouco tempo - e conseguimos nos conhecer!

Fiz a Mi e o marido dela, o Kiko, virem nos encontrar em Greenwich - eu o Martin demos muita risada com eles, o encontro foi ótimo e terminou com um cafézinho aqui em casa.


Bom, pra quem tem curiosidade sobre como é a vida morando longe do Brasil, vale muito a pena ler as várias entrevistas que estão publicadas lá no Entrevistando Expatriados. Muitas perguntas que recebo de pessoas que estão pensando em morar fora são respondidas lá.

E se você também é expatriado e quer dar sua contribuição, entre em contato com a Mi - é só clicar aqui.

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Try saying... Instead of...

maio 08, 2013 Helô Righetto 14 Comentários

Hoje fui visitar uma fábrica de móveis, era um "open day" que eles estavam fazendo para a imprensa e lá fui eu matar as saudades dos meus tempos de designer, quando visitar fábricas era algo essencial pro meu trabalho.

Bom, estávamos andando pela fábrica quando passamos por um um daqueles quadros com aviso, que tem em todo e qualquer ambiente de trabalho, geralmente com um monte de coisas que ninguém nunca lê. Mas quando passei o olhar e percebi que um dos avisos era um email com assunto "using swear words in the workplace" (falando palavrão no ambiente de trabalho), tive que parar pra ler.

Basicamente, o email dizia que algumas pessoas reclamaram dos colegas estavam falando muito palavrão. Então o RH preparou uma lista de sugestões do tipo "fale isso em vez de falar isso" que eu vou copiar aqui, porque é bom demais pra deixar passar (não vou traduzir tá? acho que palavrão traduzido perde o impacto! se pintar uma dúvida vai lá no nosso amigo Google Translate)

Try saying: I think you could do with more training
Instead of: You don't have a fucking clue, do you?

Try saying: She's an aggressive go-getter
Instead of: She's a fucking power-crazy bitch

Try saying: Perhaps I can work late
Instead of: And when the fuck do you expect me to do this?

Try saying: I'm certain that isn't feasible
Instead of: Fuck off arse-hole

Try saying: Really?
Instead of: Well fuck me backwards with a telegraph pole ====> meu preferido

Try saying: Perhaps you should check with someone else
Instead of: Tell someone who gives a fuck

Try saying: I wasn't involved in the project
Instead of: Not my fucking problem

Try saying: That's interesting
Instead of: What the fuck?



Pois é gente, esse blog também é cultura! : )
Aliás, um tempo atrás publiquei outro post assim bem educativo - clica aqui pra ver

E aí, qual seu preferido?

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3 anos e muitos vídeos depois

maio 07, 2013 Helô Righetto 0 Comentários

Conheci super dupla que comanda o Canal Londres em 2010, quando fiz meu primeiro vídeo com eles, que era mais sobre a minha vida aqui, bem diferente do tipo de vídeo que fazemos hoje, onde vamos a exposicoes e eventos de arte e design em Londres.

Bom, desde 2010 muita água já rolou e hoje já sao mais de 15 vídeos juntos. Eu costumava colocar os links aqui, e acabei criando uma página só pra eles, que voces podem ver aí em cima, na aba "Vídeos". O mais recente é sobre a exposicao Light Show na Hayward Gallery, mas todos os outros estao ali guardadinhos na página também, basta ir para baixo.

Entao se voce estiver aí com preguica de trabalhar e quiser me ver (e me ouvir!) falando algumas bobagens, é só clicar!

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52 objetos: semana 38

maio 06, 2013 Helô Righetto 3 Comentários

O que é: fivelas para o cabelo

Onde fica: se não estou usando ficam guardadas em um potinho no banheiro

Por que foi escolhido: acho que de todos os objetos já postados no projeto, as fivelas são as que estão comigo, literalmente, com mais frequência. Uso muito, raramente você vai me ver de cabelo totalmente solto. O negócio é que me cabelo é um treco difícil de domar, nem spray fixador da conta do negócio. Ainda mais agora que ele está curto, ainda não tomou jeito e preciso contar com as queridas fivelinhas pra não parecer que tomei um choque elétrico.

E o que mais: uso esse mesmo conjunto de fivelas, compradas na farmácia, há vários anos. Elas sempre estão na minha mala de viagem, afinal nunca se sabe como meu querido cabelo que tem vida própria vai reagir ao clima da cidade.

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Um sábado laranja

maio 04, 2013 Helô Righetto 1 Comentários

Não deu pra disfarçar a decepção quando acordei hoje e vi que o sol havia dado lugar a muitas, muitas nuvens. Poxa, o sol que estava estacionado sobre Londres na última semana resolveu ir embora bem no sábado do feriado prolongado?


Mas o tempo até que deu uma melhorada, e entre as pancadas de chuva (até granizo caiu) até deu pra colocar os óculos de sol. Aí, no fim do dia, fomos recompensados - sorte a nossa que estávamos no Greenwich Pier pra ver esse espetáculo:


Estava um vento gelado mas a gente não conseguia ir embora, tava bonito demais. As cores iam mudando a cada minuto, era até engraçado de ver todas as pessoas tirando foto ao mesmo tempo. Aí o Martin teve a ótima ideia de usar um app sensacional (Lapse it) pra fazer um time lapse, que ficou assim (a qualidade não está muito boa porque usamos a versão gratuita do app - mas gostamos tanto que já compramos a versão full):



Vocês tem que me desculpar esses dois posts seguidos com declaração de amor a Londres... mas não deu pra evitar!

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No meio do caminho havia a Trafalgar Square

maio 02, 2013 Helô Righetto 4 Comentários

Essa semana tem sido extraordinária aqui em Londres: estamos com céu e sol azul há vários dias seguidos. E olha, nem tá tão quente, mas o povo não tá nem aí e ta aproveitando a vida outdoors como se não houvesse amanhã. Porque vai saber, essa semana pode ter sido o verão que vamos ter (como disse um amigo uma vez: "você perdeu o verão de Londres porque caiu naquele domingo que você viajou!) ! Brincadeirinha, tô super otimista e acho que seremos presenteados com um verão quente e duradouro pra compensar o frio do cão que durou mais do que devia (engraçado que com essa mesma temperatura em SP, cerca de 16/17 graus, tá todo de casaco e cachecol e aqui estamos de braçolas de fora, lagartixando em uma praça qualquer como se não houvesse amanhã).

E então que no meu caminho casa/trabalho/casa eu passo pela Trafalgar Square e simplesmente não consigo não parar por alguns minutos e ficar lá olhando o movimento e pensando o quanto é legal um lugar como esse fazer parte do meu dia a dia. Com esses dias de céu limpo então, parece que a Trafalgar ganha um brilho especial, fica mais "viva", mais linda ainda.

Não resisto, e meu instagram anda bombando com as fotos que tenho postado diariamente (me segue lá!!).

A rainha da Trafalgar Square: The National Gallery

Turistas e londoners tomando um solzinho as 6 da tarde

Até os patos foram pra Trafalgar Square ver o movimento

Nelsão observando a galera lá de cima, vendo se está tudo sob controle

A St Martins in the Fields com um fundo azul lindo demais

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