Modern Art: Impressionism to Pop

junho 29, 2012 Helô Righetto 1 Comentários

Foi esse o nome do curso que eu fiz nos últimos 3 dias: estava há tempos namorando essa possibilidade, e finalmente realizei um pequeno sonho, o de estudar no Sotheby's Institute of Art. Digo pequeno porque o sonho mesmo é fazer algum dos cursos longos, de extensão, que eles oferecem. Mas esses requerem mais preparação ($$$), então por enquanto optei por essa mini imersão de 3 dias.

Tô até agora tonta - no bom sentido - tentando organizar todas as informações que recebi desde quarta feira. As aulas foram muito, mas muito melhores do que eu esperava. Sabe aquele professor bom da faculdade - coisa rara, eu sei - que é tão apaixonado, mas tão apaixonado pela disciplina que ele ensina que você nem sente o tempo passar durante aula? Aquela aula tão boa que você não dá conta de anotar tudo porque não quer perder um segundo de informação e teu caderno fica uma zona, cheio de palavras soltas, sublinhadas, mas que de alguma forma fazem todo sentido? Os meus 3 dias foram assim.

Fazer um curso desses em Londres é mais que especial, já que temos o privilégio de sair da sala de aula e ver algumas das obras de arte mostradas nos slides ao vivo e a cores. Fica mais palpável, muito mais real.

Esse meu sonho de manjar muito de história da arte não é novo, mas sempre andou aos trancos e barrancos. O maior barranco foi a pós graduação que eu abandonei (tudo bem que eu me mudei pra cá e teria que largar de qualquer jeito poucos meses depois), mas nunca é tarde pra retomar não é mesmo? Vamos ver como as coisas andam, porque tenho outra pós na fila pra resolver antes.

Enquanto isso eu tenho as exposições dos museus londrinos e europeus pra visitar e escrever aqui no blog - tem coisa melhor que aprender na marra? ; )

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Abrindo as asinhas

junho 27, 2012 Helô Righetto 6 Comentários

Quem passa por aqui com uma certa frequência tá cansado de saber que sou colaboradora do blog Aprendiz de Viajante, comandado pela Claudia Saleh, que conheço há uns 8 anos via blog (e nos conhecemos "de verdade" ano passado aqui em Londres!).

Os posts por lá vão de vento e popa, então fizemos um upgrade na parceria e agora eu sou sócia do Aprendiz! A Lu Misura, do blog Colagem (que também conheço há anos via blog e também conheci ao vivo e a cores aqui em Londres), também foi "incorporada", então estamos nós três, juntas, dando esse grande passo pra frente.

Tô muito, muito feliz de trabalhar com essas duas feras de blog! Os posts quinzenais da seção Design Para Viagem continuam, e além disso vou postar conteúdo sobre Londres (claro!) e Europa.

Pra quem gosta de ler blogs de viagem, vale lembrar que o Aprendiz de Viajante faz parte da RBBV - Rede Brasileira de Blogueiros de Viagem - que como o próprio nome fala reune blogs de viagem, facilitando a vida de quem está atrás de boa informação. No site da RBBV é possível encontrar uma compilação de TODOS os posts dos integrantes do grupo, organizados por país e cidade. Conteúdo rico, minha gente!

Pra quem me lê aqui e ainda não conhece o Aprendiz: dá uma passada por lá também e deixe seu oi! Vamos ficar contentes : )

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Família ê, família ah!

junho 25, 2012 Helô Righetto 6 Comentários

O grande peso no lado desvantagens da balança da vida de quem mora fora é ficar longe da família. Acho que 9 entre 10 expatriados vão concordar comigo nessa. Tem quem sinta mais e faça questão de viajar pro Brasil frequentemente, mas até então eu sempre achei que me encaixava na categoria dos que levavam a saudade numa boa. Afinal, falo com os meus pais no Skype dia sim dia não e sempre fui acostumada, desde que nasci, a encontrar tios, primos e avós poucas vezes por ano. Então pra mim sempre foi uma grande alegria encontrar a parentada, mas honestamente nunca sofri de saudades.

Até sábado, esse agora que passou. Quando grande parte da família se reuniu na festa de 15 anos da minha afilhada linda, que eu batizei láááááá em 1997. Putz, como eu fiquei chateada de ver as fotos que meu pai mandou, de todo mundo junto. Principalmente essa aqui, com quase todos os primos (pelo menos não fui só eu que fiquei de fora, outros dois também não foram).


Apesar da gente ter passado vários reveillóns juntos, não sei dizer há quantos anos todos nós não nos vemos. Tipo, ao mesmo tempo, sob o mesmo teto. Que saudades da gente!

*suspiro*

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Channel Islands: em busca dos puffins!

junho 21, 2012 Helô Righetto 4 Comentários

Pois é, essa viagem para as ilhas do Canal da Mancha está rendendo! Mas enfim cheguei ao último post sobre o assunto. Fizemos um passeio de barco que saía de Guernsey e dava a volta em Herm, mas o objetivo principal era tentar avistar os puffins, esses pássaros fofíssimos que adoram água fria (vai entender).

Bumblebee Guernsey

Bumblebee Guernsey

Bumblebee Guernsey

Como todo o resto da viagem, o passeio de barco não foi reservado com antecedência: achamos o folheto da empresa (aliás, micro empresa, já que conta com apenas um barco, bem pequeno, e novinho em folha!) no hotel e entre as opções que se encaixavam no dia e horário que tínhamos livre, a busca pelo puffin parecia a mais legal.

O clima ajudou e tivemos o privilégio de ver um por do sol maravilhoso, o que me fez tirar um quadrilhão de fotos da luz refletindo na água do mar, super poético.



Foi bem interessante contornar Herm e ver sob outra perspectiva a ilha que exploramos a pé no dia anterior!  Quem lembra dessas canoas em uma outra foto?


Mas e o puffin? Vimos ou não vimos?

Taí a resposta:
puffin Herm Channel islands

puffin Herm Channel islands

Complicado tirar foto boa com o barquinho balançando e o zoom da câmera no talo, mas conseguimos ver não apenas um, mas vários puffins aproveitando esse dia lindo.

Já tô com muitas saudades dessa viagem , espero logo mais poder conhecer as demais ilhas do Canal da Mancha que não couberam no roteiro dessa vez: Jersey, Sark e Alderney.

(todos os posts dessa viagem estão na tag: Channel Islands)

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Semana em imagens

junho 18, 2012 Helô Righetto 1 Comentários

Instagram: mais uma rede social pra administrar e roubar nosso precioso tempo, mas uma desculpa excelente pra registrar o dia a dia e tentar fazer com que imagens da nossa rotina fiquem mais interessantes. E o melhor: como toda semana acabo postando algumas fotos por lá, mais fácil pra ressuscitar a "semana em imagens" aqui no blog.

Pois a semana passada fui jogar vôlei no parque pela primeira vez. Muitos anos depois dos treinos da escola   resolvi dar mais uma chance ao meu esporte preferido. Quero tirar mais fotos e escrever um post só sobre isso, mas fica aqui um preview:

Vôlei no Regents Park

Vôlei no Regents Park

Outro destaque da semana foi a abertura da temporada de verão da pensão - também conhecida como quarto de hóspedes - com a chegada dos amigos que estão visitando Londres pela primeira vez.

Paddington

parede do quarto de hóspedes

Boa semana pra todo mundo!

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Channel Islands: Herm

junho 15, 2012 Helô Righetto 7 Comentários

A ilha de Herm, que junto com Alderney, Sark e Guernsey forma o complexo Bailiwick of Guernsey, é de fácil acesso: pegamos o barco na marina e chegamos lá em 20 minutos. Rapidinho mesmo, já que as duas ilhas estão a 9 milhas de distância apenas.

Herm é super pequena, tem aproximadamente 2km de comprimento por 1,5km de largura. Ou seja, é possível fazer a volta (a pé, já que automóveis e bicicletas não entram lá) em umas 3 horas. Foi o que fizemos! De novo, chegamos meio sem saber o que esperar, o guia tinha poucas fotos e a única informação que busquei na internet era se tinha restaurantes por lá.

E a gente foi andando, andando.... e demos de cara com paisagens sensacionais, variando de praia a penhasco, planícies verdes e subidas mais íngremes. A gente não conseguia acreditar que estávamos naquele paraíso, em pleno Canal da Mancha!










Acho que deu pra notar pelas fotos que em Herm, assim como em Guernsey, o tempo muda muito rápido: de uma hora pra outra o céu nublado dá lugar a um azulão maravilhoso, o vento para e você começa a suar que nem louco de tão quente.

Andamos muito, paramos bastante pra descansar e tirar fotos, almoçamos super bem e nem assim precisamos de um dia inteiro. Ô ilha bonita viu?

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Exposição: Picasso & Modern British Art

junho 12, 2012 Helô Righetto 4 Comentários

Pausa nos posts de viagem pra falar sobre essa expo do Picasso que está em cartaz até o dia 15 de julho na Tate Britain (não confunda com Tate Modern). Já fui há quase um mês e fiquei aqui comendo bola, quase que a exposição acaba e eu não escrevo. E queria muito falar dela aqui pois está super bem montada, vale a pena a visita.

Exposição sobre vida e obra de Pablo Picasso é o que não falta (ainda bem). Eu mesma fui em uma na National Gallery poucos meses depois de chegar em Londres (lembra, Gabriela?), e o interessante é que os organizadores conseguiram mais uma vez mostrar uma outra faceta (sem trocadilho cubista!) do artista, ligando a obra dele com a arte moderna britânica.
Picasso em Londres
"I must say his stuff seems to grow on one", cartoon publicado no jornal Daily Mail em 6 de julho de 1960
Além de contar sobre as passagens de Picasso por Londres e traçar um paralelo entre seu legado e uma série de artistas britânicos - como Duncan Grant, Henry Moore, Francis Bacon e David Hockney - a mostra explora também a aceitação do trabalho dele entre o público daqui, inclua aí galeristas, críticos e admiradores de arte, e foca nas peças que pertencem a museus locais - explicando a trajetória delas até chegar onde "moram" hoje.

Ou seja: não apenas você vai dar de cara com pinturas fantásticas e icônicas do Picasso mas também vai ver telas famosas de outros artistas, lado a lado. Eu não esperava mesmo que o conteúdo fosse tão bom.

Vale falar que nem sempre o paralelo entre Picasso e os artistas britânicos é positivo: Wydham Lewis, por exemplo (lembram que eu falei dele no post da Cortauld Gallery? Achei uma ótima coincidência que pouco tempo depois aprendi mais sobre ele) o criticou duramente durante sua carreira.

Picasso em Londres
Reclining Figure, 1936, Henry Moore
Picasso em Londres
The Source, 1921, Pablo Picasso

E pra quem decidir visitar a exposição, reserve algumas horas pra explorar o restante da Tate Britain, que tem uma coleção lindíssima!

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Guernsey

junho 08, 2012 Helô Righetto 5 Comentários

Chegamos em Guernsey pelo vôo de 40 minutos da FlyBe, meio que sem programação. Como eu disse antes, nos hospedamos na capital, St. Peter Port, em um hotel bem em frente ao porto e a marina (se bem que deve ser difícil fical mal localizado lá, a cidade é muito pequena).




Logo na tarde que chegamos, fizemos algumas descobertas interessantes:

  • Guernsey tem suas próprias notas de libras, inclusive de £1, que existe apenas em forma de moeda na Inglaterra. Apesar de eles aceitarem as notas inglesas, o contrário não acontece - não podemos usar as notas emitidas em Guernsey por aqui.


  • O idioma oficial é inglês (sotaque bem particular), mas muitas placas de rua e sinalizações estão também em francês. Além disso, ouvimos muita gente conversando em francês, e não pareciam ser turistas.
  • Os moradores de Guernsey tem um estilo de vida bem mais tranquilo: tudo fecha cedo, quase nada abre aos domingos. Os restaurantes servem comida até as 9 da noite apenas.
  • É muito fácil explorar o resto da ilha de ônibus: uma das linhas da toda volta , dá pra ver muita coisa assim!

E foi o que fizemos: pegamos esse ônibus e descemos em um ponto pra explorar a pé um pedaço da costa sudoeste. Não poderíamos ter tomado uma decisão mais acertada! Descobrimos paisagens lindas, e resquícios da ocupação alemã durante a segunda guerra (como o bunker da foto abaixo).






E ainda fomos pra Herm e fizemos um passeio de barco para ver os puffins! Próximos posts...

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Our house in the middle of our street

junho 06, 2012 Helô Righetto 1 Comentários

Nossa viagem para em Guernsey, como já falei, foi pra aproveitar o feriadão de 4 dias em comemoração ao Jubileu de Diamante da Tia Beth. O show que rolou em frente ao Buckingam Palace na segunda feira foi apenas um dos muuuitos eventos em homenagem aos 60 anos de reinado, e talvez o mais bacana. Não necessariamente por causa dos artistas e das piadas sem graça dos apresentadores, mas pela maravilhosa projeção de uma animação feita especialmente para acompanhar a performance do Madness, transformando o Palácio em um imenso telão.

Não sei se o show foi transmitido em outros países, mas olha, vale a pena ver esse pedacinho. Mesmo que você não goste dessa banda, prometo que é bacana! A animação tem tudo a ver com as letras das músicas tocadas por eles, e particularmente a primeira parte é bem emocionante - pois transforma a fachada do Palácio em fachadas de casas tipicamente britânicas.

 

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Obrigada, Jenson!

junho 05, 2012 Helô Righetto 12 Comentários

Foi o Jenson Button que me apresentou a Guernsey, esse lugar que eu nem sabia que existia. Sim, o piloto mais lindo da fórmula 1, do qual sou obcecada fã. Sou tão obcecada fã que um belo dia consultei o wikipedia pra saber onde ele mora mais sobre a carreira dele: foi assim que fui apresentada a Guernsey, uma das ilhas do Canal da Mancha que, apesar de ficarem bem perto da costa da França, pertencem ao Reino Unido.

Marquei essa viagem há um tempão, em novembro do ano passado (só assim pra conseguir viajar no raro feriadão de 4 dias sem ir a falência). Tive bastante tempo para procurar fotos na internet, ler o guia, fazer um roteirinho. Então, eu já esperava encontrar uma cidade charmosa (St. Peter Port, a capital de Guernsey), um clima agradável e paisagens bonitas.

Quando pensava na nossa ida a Guernsey, era isso que me vinha a cabeça:


E já estava de bom tamanho.

Mas aí, eu descubro que Guernsey é isso também:


E é por isso que, além de bronzeados e felizes, voltamos de lá já planejando um retorno. E uma futura aposentadoria que inclui um barquinho.

Mais de Guernsey (e Herm, outra ilha  visitada) nos próximos capítulos...

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Leitura: The Virgin Suicides, Jeffrey Eugenides

junho 02, 2012 Helô Righetto 3 Comentários

Eu lembro vagamente de ter visto um pedacinho do filme,  e nem sabia que era baseado em um livro até pouco tempo atrás, quando uma das meninas do trabalho levou ele para Milão. Pedi emprestado assim que terminei o Caderno de Maya, e olha, gostei muito!

Achei o texto ótimo, me identifiquei bastante com estilo desse autor. Ele consegue contar uma história difícil, dramática pra caramba e um tanto quanto obscura sem fazer você se apegar, sem aquela forçação de barra pra fazer o leitor chorar, rola um afastamento emocional. Não entendo nada de literatura, mas o fato de ele contar logo na primeira página o que acontece no fim da história pode explicar esse desapego: tipo "ó, é isso que vai rolar e o que vou contar aqui é o que levou a tal fato".

O título já entrega, mas não se iluda: o livro não é sobre os sucídios das irmãs, e sim da relação entre elas e os narradores - um grupo de meninos da vizinhança que tem suas vidas totalmente transformadas por elas, e muitos anos após a tragédia reunem-se para tentar entender o que se passou dentro daquela casa e da família estranha que foi deteriorando ao longo de um ano. Todo o livro é narrado em grupo, mas é impossível saber quantos meninos fazem parte dele.

Recomendo demais, espero que tenha uma ótima tradução em português. Alguém aí já leu?

Ah, no minuto que terminei fui dar uma olhada no You Tube e encontrei o trailer. De cara achei decepcionante, mas é sempre curioso dar um rosto aos personagens do livro. Eu gosto.

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Londres 2012: mais sobre a Tocha Olímpica

junho 01, 2012 Helô Righetto 0 Comentários

Pra quem gostou do post sobre o design da tocha olímpica que publiquei semana passada, vale a pena assistir esse vídeo onde os próprios designers explicam o processo. Requer ingles afiadinho!


Minha parte preferida: "they generously gave us 10 days to design it"

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