Mais de Lyon

maio 29, 2012 Helô Righetto 6 Comentários

Pois está quase na hora de conhecer mais um lugar novo (!!!) e eu ainda não fiz um post decente de Lyon. Escrevi uma intro, falei do museu, do restaurante bacana, mas não dei um panorama geral né?

Conseguimos aproveitar bem o fim de semana prolongado (chegamos numa sexta, fim de tarde, e fomos embora domingo também fim de tarde), a cidade é pequena e muito, muito fácil de ser explorada. Fizemos tudo a pé e passamos em vários lugares mais de uma vez.

Olha a surpresa linda que nos recebeu no dia que chegamos: uma dupla de arco-íris que foi desmanchando aos poucos, com a chegada da chuva.




E o resto do fim de semana foi assim:













Um programa que gostamos muito de fazer, sacada do marido, foi visitar o Les Halles de Lyon, um mercado gastronômico bem bacana. Vontade de comprar tudo, a variedade de queijos, linguiças e petiscos é dar fome a quem acabou de comer um boi.






Se alguém caindo de paraquedas nesse post está procurando uma dica de hotel por lá, recomendo MUITO o Elysée: super bem localizado, wifi gratuito, ótimo preço, limpo e simples.

É isso. Como quase sempre acontece quando viajamos, fica aquela vontade de voltar! E deixamos um dos traumas de dezembro de 2010 para trás!

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Londres é sempre cinza

maio 27, 2012 Helô Righetto 10 Comentários

Londres é sempre cinza. Aqui, o céu está constantemente nublado.


Além disso, o clima é sempre propício para você usar uma jaqueta ou um cachecol e tomar um chá bem quente.

Acredite nos clichês, afinal eles estão sempre certos!

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Londres 2012: a Tocha Olímpica

maio 24, 2012 Helô Righetto 5 Comentários

O revezamento da Tocha Olímpica já está rolando aqui na Inglaterra - é possível acompanhar ao vivo inclusive! Ela vai percorrer o país nas mãos de 8 mil pessoas antes de chegar ao Estádio Olímpico dia 27 de julho, quando o mundo vai assistir a abertura das Olimpíadas.

Mas a tocha já vem chamando atencao antes disso, pelo menos pra mim e pra toda turma que trabalha com design. Ela foi oficialmente apresentada em junho do ano passado e, ao contrário do logo das Olimpíadas, caiu no gosto da turma criativa.

E nao é para menos: é uma peça linda, mas vai muito além da estética. Desenhada pela dupla Edward Barber e Jay Osgerby (que antes desse projeto já era super conhecida no meio e depois viram sua fama alcançar as estrelas), a tocha é cheia de significados e cumpre muito bem o seu papel. Porque, cá entre nós, não é fácil bolar um produto desse naipe, exite uma infinidade de requisitos: tem que ser leve (pra ser facilmente carregada), nao pode deixar a chama apagar, e precisa atender a algumas normas de segurança justamente por lidar com fogo (por exemplo evitar que o calor do fogo seja conduzido para a mão do carregador).


Os designers utilizaram uma liga de alumínio perfurado (os 8 mil furos na superfície representam as 8 mil pessoas que irão carregar a tocha) e escolheram a forma do triângulo como ponto de partida, já que o número 3 é cheio de simbologias olímpicas (um exemplo é o fato de Londres sediar os jogos pela terceira vez).

Infelizmente eu não fui escolhida para ser uma das carregadoras da tocha - aaaaaaahhhhhhh - mas tive a oportunidade de vê-la bem de perto lá em Milão, já que ela fazia parte de uma exposição que rolou no Triennale Design Museum.


Curiosidade: os 8 mil sortudos que estao participando do revezamento tem a oportunidade de comprar a tocha que carregaram por cerca de £200 (não sei o valor exato), e alguns deles já estão lucrando com isso - há alguns modelos disponíveis no eBay que alcançaram valores eestratosféricos. Quer comprar?

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Exposição: Lucian Freud Portraits

maio 21, 2012 Helô Righetto 3 Comentários

Sábado finalmente fomos na exposição do Lucian Freud na National Portrait Gallery: eu comprei os ingressos há uns 3 meses, e até já tinha comprado o catálogo pra me interar melhor sobre o conteúdo da exposição. Lucian Freud, (neto de Sigmund Freud) que morreu ano passado aos 88 anos, é um dos maiores nomes da pintura realista contemporânea, e deixou um legado maravilhoso para a história da arte britânica.

Reflection (Self-Portrait), 1985
A exposição, como diz o nome, é um apanhado geral dos retratos que ele pintou ao longo de toda sua carreira e é possível notar com clareza a evolução no estilo do pintor.

Mas por que os retratos feitos por Lucian Freud são tão impactantes? Primeiro, por causa das pinceladas, da técnica do artista. A gente percebe que ele esmiuça a pele de seus modelos, representando as nuances de luz e textura em blocos de cores. Mas, mesmo assim, os retratos são muito, muito realistas. Outra característica é a intimidade do momento e a relação entre ele e a pessoa sendo pintada. Afinal, Freud escolhia a dedo quem ia "se tornar" um quadro seu: ele precisava sentir que a química fosse boa, que a pessoa fosse expressiva e um tanto quanto melancólica.

Large Interior, W11 (after Watteau) (1981-3)
A modelo Sue Tilley em frente ao quadro Benefits Supervisor Sleeping (1995), no qual é retratada
Melancolia é mesmo a palavra ideal para caracterizar o conjunto da obra. Os nus principalmente, são super fortes, as poses não são nada poéticas. O corpo é escancarado, sem pudores.

Freud era rígido e muito detalhista: fazia os modelos posarem por horas (Dadid Hockney posou pra ele por 130 horas e quando pediu pro amigo retribuir o favor só consguiu que Freud posasse por 2 horas e meia), dias, meses, e as vezes levava anos pra terminar um pintura.

A exposição fica em cartaz aqui em Londres só mais essa semana, e caso você tenha a oportunidade de ver, não pense duas vezes. Vale lembrar que Freud participou ativamente do planejamento da exposição, inciado em 2006, até o dia de sua morte em julho de 2011.

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Musée des Beaux-Arts de Lyon

maio 18, 2012 Helô Righetto 4 Comentários

Dedicar umas horas do sábado pra conhecer o Musée des Beaux-Arts de Lyon foi uma das coisas mais acertadas da viagem! Não tinha pesquisado muito e nem sabia o que esperar. Que surpresa boa então quando percebemos que o acervo deles é riquíssimo, composto por pinturas que datam desde o século 14 até a metade do século 20, incluindo Paul Gauguin, Monet, Bacon e Degas.



As salas estão divididas por área e época, fica bem fácil de andar por lá e,se quiser, ir direto a alguma sala específica. Eles também também uma coleção de antiguidades e moedas, mas nós preferimos nos concentrar no último andar, das pinturas.

Felizmente é permitido fotografar (sem flash hein?) e eu precisei me conter, porque queria levar pra casa uma boa lembrança do museu. Bom, seguem algumas fotos pra vocês terem uma ideia de como é lindo lá:










Fiquei tentada a fazer um "top 10", mas já deu pra perceber que o passeio é mesmo imperdível né?

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O bondinho de Londres

maio 16, 2012 Helô Righetto 9 Comentários

Londres está para ganhar mais um cartão postal: o cable car que vai atravessar o Rio Tâmisa no leste da cidade. Patrocinado pela Emirates, o "bondinho" já está causando sem mesmo ter sido inaugurado. Aliás, sua não inauguração é que está na boca do povo da imprensa, já que ninguém confirma data de abertura, só falam que será durante o verão.


Mas é claro, a pergunta que não quer calar é: vai ficar pronto para as Olimpíadas? Afinal, o cable car liga duas arenas olímpicas: a arena O2 e o Excel Centre. Ou seja, seria uma alternativa pra aliviar a multidão que deve usar o DLR (Docklands Light Railway), uma dos principais meios de transporte da região.

Antes ou depois das Olimpíadas, eu tô é empolgada pra ver a obra pronta, já que é perto da minha casa e também deve trazer mais turistas para o lado de cá. A vista lá de cima deve ser extraordinária! Uma coisa meio London Eye do east side.

Nas última semanas quem mora aqui nas redondezas notou uma certa movimentação - literalmente - no bondinho. Estão sendo realizados alguns testes, o que indica que deve estar próximo de ser liberado pra uso. Mas prazo mesmo, data no calendário, ninguém fala (ninguém explica também se a Emirates está bancando tudo ou se parte da obra foi paga com o dinheiro da população ou quanto será a tarifa).

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Leitura: O Caderno de Maya, Isabel Allende

maio 15, 2012 Helô Righetto 4 Comentários

Há tempos que o A Casa dos Espíritos está empacado na prateleira - minha amiga emprestou a versão em espanhol mas depois que levei meses pra conseguir terminar meu primeiro livro nessa língua (nunca tive aulas formais de espanhol, é tudo de ouvido da convivência com o Martin e família) meu cérebro, coitado, pediu um tempo.

Até que outra amiga me emprestou esse livro, O Caderno de Maya, em português. Como sempre gosto de alternar - inglês, português - foi esse o escolhido da vez.

Ruim não é, mas definitivamente não é meu estilo de livro. Nossa, que dramalhão mega master novelístico. O final então, cheguei a achar engraçado de tão ruinzinha que é a reviravolta. Prefiro um enredo mais calmo, contínuo.


A vantagem é que é muito fácil de ler, os capítulos fluem rapidinho - rola aquela curiosidade pra saber "mas e agora? será que a mocinha se salva?" coisa e tal.

Outro ponto positivo é que boa parte se passa no Chile, mais precisamente no vilarejo de Chiloé, que por sua vez fica na ilha de Castro. A autora inclui vários detalhes da cultura e costumes do povoado, bem legal.

Enfim, bom pra dar aquela quebrada nos livros em inglês, mas me desmotivou a ler A Casa dos Espíritos. Vai esperar mais uns bons meses na prateleira!

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Lyon

maio 13, 2012 Helô Righetto 2 Comentários

Acabamos de voltar de Lyon, onde passamos um fim de semana prolongado, dessa vez, sem drama. Quem lembra das férias quase frustradas de Natal de 2010, quando fomos parar lá sem querer tentando voltar de Berlim pra Londres? Foram dias inesquecíveis - no mau sentido - mas que hoje geram risada entre eu, Martin e meus pais.

Naqueles dias em dezembro de 2010 quando a cada vôo cancelado a gente se frustrava um pouco mais, acabei comprando um guia da cidade na livraria do aeroporto. O desânimo e a tensão da situação nos fizeram desistir de ir até a cidade (que fica a meia hora de tram do aeroporto), já que não queríamos perder o placar eletrônico de pousos e decolagens do aeroporto de vista.

O guia voltou pra Londres comigo, e ficou ali na pilha junto com os outros. Até que há uns 3 meses o Martin, empolgado assistindo um programa de culinária excelente do chef Raymond Blanc - que estava fazendo um tour por Lyon naquele episódio - fala: "precisamos ir pra lá né?". Mas não foi preciso dizer uma segunda vez! Fui pro computador e em 20 minutos a viagem estava fechada.

Finalmente usei o meu guia, que paciente esperou na prateleira por 1 ano e 4 meses. E a minha conclusão é que fizemos a coisa certa em não ir até a cidade da primeira vez: não teríamos aproveitado da mesma maneira, já que Lyon é cheia de detalhes lindos - alguns, escondidos - que precisam ser apreciados com calma - sem contar, claro, sua beleza óbvia e escancarada e a maravilhosa cena gastronômica.


Gostei demais de conhecer mais esse pedacinho da França. Preparem-se para alguns posts com muitas fotos, começando por essas daqui, que dão um gostinho da cidade e mostram algumas das muitas paredes pintadas com a técnica trompe l'oeil - parece de verdade mas não é!





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Londres 2012: evento teste no parque olímpico (parte 2)

maio 10, 2012 Helô Righetto 1 Comentários

Gostamos tanto da primeira experiência no parque olímpico que, quando abriram ingressos para mais uma série de eventos teste, nem pensamos duas vezes. Afinal, como alguém que ama esportes pode titubear diante da possibilidade de entrar no estádio olímpico?


Os organizadores aproveitaram o gancho do "faltam 2012 horas para o início das Olimpíadas" e uniram o útil ao agradável: cederam o estádio para o campeonato de atletismo universitário e fizeram uma festinha com umas sub celebridades para inaugurar o estádio de fato.

E foi muito legal! Entrar no estádio que em pouco tempo será palco do um espetáculo tão maravilhosos quanto os jogos olímpicos é de arrepiar. Fico tentando imaginar o que sentiram os atletas, que tiveram essa oportunidade surreal de competir em frente a um grande público - correndo o risco de falar besteira, acho que geralmente ninguém aqui dá muita bola pra campeonato universitário.



ao fundo, a escultura de Anish Kapoor

A festinha que rolou depois é que foi micada. Uma dúzia de celebs duvidosas, uma gincana bem meia boca. Pegou mal - era melhor que não tivessem feito nada (ou então que tivessem logo metido o pé na jaca e organizado um super show).

Mas mesmo assim, compensou. Outro ponto alto foi que pudemos andar por todo complexo (estavam rolando outros eventos nas outras arenas, ou seja, quase tudo funcionando ao mesmo tempo) - o que não tinha acontecido da outra vez, quando vimos o evento dos saltos ornamentais no centro aquático. Andamos até o velódromo, a arena de basquete, de handebol, deu pra ver tudo de perto e sentir como aquele lugar vai ser o centro do mundo durante as Olimpíadas.

velódromo
arena de basquete
velódromo
velódromo
Achei a infra bem decente, vários pontos com barracas de comida e banheiros, tudo bem sinalizado. Um amigo nosso comentou que esperava mais, afinal o parque olímpico de Beijing era um espetáculo, aquela coisa monumental. Mas eu discordo, prefiro assim mais pé no chão. Os projetos são todos sustentáveis, econômicos, e muitos deles, temporários - parece até que algumas arenas serão desmontadas e remontadas no Brasil em 2016. Fantástico! O legado é super importante, e não apenas a arquitetura de cair o queixo que vemos na tv.




Bom, agora é torcer pra que nessa última leva de ingressos que vai rolar por aqui, a gente consiga mais alguma coisa - de preferência, dentro do parque olímpico (tudo que conseguimos agora é fora de lá: vôlei em Earls Court e futebol em Wembley).

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