Aqui em Londres a gente fica mal acostumado com os museus gratuitos e o fácil acesso a um Van Gogh, Monet e Miró, portanto quando acontecem as exposições pagas, baixa aquele espírito pão duro: ah, mas custa 12 libras? Pois é, pois é, reclamamos demais mesmo.
Confesso então que raramente vou a essas exposições especiais, mas quando vi o cartaz da mostra do Degas na Royal Academy of Arts, não pensei duas vezes. Bom, você que lê o blog com alguma frequência já deve saber porque, como 2 e 2 são 4. Ou, para os mais preguiçosos, leia atentamente a descrição do meu perfil. Enfim, era mesmo imperdível.
Royal Academy of Arts
Royal Academy of Arts
Depois que eu terminar meu curso de crítica de arte eu vou ficar metida e falar mais a fundo sobre as expos visitadas, mas ainda nao é o caso. O que dá pra falar, porém, é que é sim imperdível. Tá em Londres? Vai lá, prometo que vale a pena. E não espere apenas as famosas telas das bailarinas, mas também um super estudo sobre a inserção do movimento em pinturas e esculturas. Bacana demais!
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Tentação literária
outubro 28, 2011
Helô Righetto
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Se 2011 está sendo o ano que não compro roupas, está também sendo o ano que compro muitos, muitos livros.Redirecionando a gastação, diria você, mas aqui em Londres tem umas tentações que não tem como se segurar.
Existem muitas livrarias que vendem bons livros a preço de banana. Eu já tinha contado que comprei uma série de clássicos da literatura por 3 libras cada um, não contei? Mas não só de livros de ficção vivem essas livrarias, e pra minha sorte volta e meio acho umas jóias que estava namorando faz tempo por uma pechincha.
Esse aí de cima por exemplo comprei ontem por 8 libras. OITO LIBRAS, tipo 24 reais. É um livro grosso, pesado, lindo. Passei uma boa meia hora na livraria e ia catando tudo que queria, mas no fim precisei ser rígida (aham) e levei só esse. Mas em outras vezes comprei livros da Taschen e da Phaidon (grandes editoras conhecidas pelas coleções de livros de design, arte e culinária) por preços assim, e aproveitei pra comprar presentes para as amigas.
Então pra quem vem a Londres vale a pena ficar de olhos bem abertos quando estiver passeando por aí. Certamente você vai dar de cara com uma, principalmente da rede The Book Warehouse (foi onde comprei o meu livro ontem, do ladinho da estação de Waterloo), que tem por toda cidade. Acredite nos cartazes colados na vitrine, vai por mim!
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Viagem no tempo: Erasure
outubro 26, 2011
Helô Righetto
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Ontem eu estava tuitando loucamente sobre a minha animacao em ir assistir o Erasure ao vivo! Quando o assunto é música, eu sou mesmo muito nostálgica: adoro anos 80/90 (engracado, porque nao tenho a menor saudade de ser crianca ou adolescente, mas as músicas dessa época me marcaram bastante).
Acho difícil a turma da minha idade nao conhecer nenhuma música deles (veja bem, nao estou dizendo gostar, estou dizendo conhecer). Querendo ou nao, voce já ouviu Erasure e se duvidar sabe até o refrao das músicas mais famosas.
Entao fomos ontem, marido e eu (quando a gente faz balada, a balada é boa tá vendo?) para a Roundhouse, aqui perto do meu escritório, assistir a dupla. Que dupla! Incansáveis, performáticos e muito, muito carismáticos. O show estava lotado de trintoes e quarentoes, todo mundo com as letras na ponta da língua.
Eu estava ansiosa pra eles tocarem minhas tres musicas favoritas (Love to Hate You, Oh L'amour e Stop), e eis que elas vieram no bis (aqui entra uma historinha: há um tempo atrás tinha um programa no GNT ou Multishow, nao lembro bem, que entrevistava famosos e perguntava pra eles que músicas tinham marcado a vida deles. Os amigos mandavam sugestoes e eles tinham que adivinhar que amigo mandou e porque a tal música era marcante. Aí eu sempre ficava pensando quais seriam as minhas músicas para o caso do GNT me entrevistar quando eu ficasse famosa. Eis que Oh L'amour, do Erasure, é uma delas. Ah, as adolescentes de coracao partido que repetem músicas incansavelmente...)
Entao, senhoras e senhores, Oh L'amour, by Erasure, live at the Roundhouse - London - 25 de outubro (eu sou ridícula por que fico arrepiada ao ouvir essa música?)
Vale falar que a Roundhouse é uma casa de shows muito bacana, e talvez o show nao tivesse sido tao legal se nao fosse lá. É intimista e low profile, todo mundo fica meio que perto do palco.
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Gaveta de Bolso
outubro 24, 2011
Helô Righetto
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Seguinte, vou pular a parte na qual eu enalteço o twitter, falando que foi ele o culpado por me colocar em contato com a Juliana. A Jú (íntima eu) é aquele tipo de pessoa que é super inteligente, escreve bem e tem bom gosto. Aí você descobre que ela tem 23 anos e se mata, por que né, a nega quando tiver minha idade certeza que terá o mundo aos seus pés.
Fato é que ficamos amigas/colegas de trabalho e há um tempo atrás ela me contou sobre um projeto que estava desenvolvendo em parceria com uma ilustradora, a Luda Lima (ela queria minha opinião e nesse momento eu me achei muito, muito mesmo). O projeto, enfim, deu super certo e eu tive o prazer de receber aqui em casa esses dias o livro Gaveta de Bolso, resultado do trabalho da dupla.
O Gaveta de Bolso é um livro interativo, ou um caderno de anotações com um plus. Peraí, acho que a definição das próprias autoras é melhor: um livrinho interativo com textos e ilustrações que, a cada página, faz convites para que o dono o complete. Como, por exemplo, uma lista de ex namorados que você deixa fora da lista oficial (aka os ex queima filme). A ideia, segundo elas, é que o leitor seja o autor principal e vá recheando o livro a partir dos convites feitos.
Agora a melhor parte é que o lançamento oficial vai rolar sábado em Sampa, na Cartel 011 (das 16h às 21h). As meninas falaram que cachorros e crianças são bem vindos também! E todo mundo que for vai ganahar o e-book de grátixxxxxxxxx e tomar uns bons drink (essa foi a primeira vez que eu escrevi isso!!)
Você aí pode estar pensando que esse é um publi post, mas não é não. É pura admiração mesmo, sou fã da Juliana desde o dia que comecei a segui-la no twitter! E tenho a sorte de contar com ela para algumas colaborações trabalhísticas também. Boa sorte para as duas, que vocês vendam muitos, muitos livros!
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Tá ficando assim
outubro 22, 2011
Helô Righetto
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Aos poucos tudo acha seu lugar! Esse foi o primeiro fim de semana que tivemos tranquilos desde que nos mudamos (já faz quase 40 dias!), e também o primeiro fim de semana com os aquecedores ligados. Nada como ter uma casa nova e quentinha!
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Meu olhar sobre Veneza
outubro 20, 2011
Helô Righetto
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É difícil acreditar que exista um lugar assim no mundo. Parece de mentira, de tão lindo, de tão velho, de tão encantador. Veneza roubou meu coração!
Como falei no post anterior, viajei pra lá a trabalho, para uma feira na cidade de Pordenone. Como a feira disponibilizava transporte gratuito do aeroporto de Veneza para o pavilhão, preferi ficar meio que perto do aeroporto, que na verdade fica na cidadezinha vizinha de Veneza, Mestre. E deu muito certo, porque ficar em Mestre é muito mais barato. Com o preço que paguei no hotel Tritone (98 Euros a diária), que é beeeem bacana, super bem localizado (em frente a estação de trem de Mestre e em frente ao ponto do busão que em 10 minutos te deixa em Veneza), eu conseguiria algo bem xexelento em Veneza e até mesmo na própria Pordenone (pesquisei MUITO). Vale lembrar que reservei o hotel há meses, em abril se não me engano (não precisei pagar antecipado, o que é ótimo quando viajo para alguma revista do Brasil, que foi o caso), pelo booking.com. Fica a dica!
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Veneza
outubro 18, 2011
Helô Righetto
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Pois é, estou em Veneza! Em mais uma viagem de trabalho (amanhã vou passar o dia cobrindo uma feira em uma cidade próxima daqui), que estava agendada há meses, até mesmo antes da nossas férias São Paulo/Buenos Aires.
Tenho que ser bem honesta e falar que até hoje de madrugada, ao acordar pra ir pro aeroporto, eu estava MUITO desanimada em vir. Não imaginava que ainda estaria cansada devido a viagem de volta e muito menos que teria problemas com o fuso (o que nunca tinha me acontecido antes, e dessa vez me deixou 3 noites sem domir. Vamos ver se hoje vai), e é claro que eu também não ia recusar trabalho.
Como na prática não estou hospedada em Veneza - estou em Mestre, logo ao lado (preciso falar sobre isso, é MUITO mais barato e super conveniente), eu tinha meio que decidido que ao chegar no hotel eu ia tentar dormir. E ponto. Juro, tô bem zumbizona. Mas aí quando o avião foi descendo e eu vi a cidade logo ali, e vendo que o dia estava lindo, mudei de ideia.
A feira começa só amanhã, então vim pro hotel e zarpei pra Veneza. Peguei um busão e em 10 minutos eu vi que essa foi a melhor decisão que eu poderia ter feito. Estou completamente apaixonada, embasbacada, emocionada em ter conhecido a cidade. Tirei fotos como louca (mas não trouxe o cabo para baixar, só quando voltar pra casa na quinta) e andei até não poder mais. Acho que fiz o percurso turistão mesmo, mas queria otimizar meu único dia livre.
Olha, poucas coisas são tão boas quanto essa sensação de surpresa, de achar que seu dia seria de tal maneira e acabar de outra completamente oposta e infinitamente melhor. Já fiquei tagalerando pro Martin que temos que vir pra cá logo mais e esticar a viagem, conhecer algumas cidades por perto - inclusive Vicenza, que é de onde minha família veio!
Itália, você é linda demais.
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Desbravando novos territórios esportivos
outubro 17, 2011
Helô Righetto
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Todo mundo sabe que eu sou vidrada em esportes, e acho que a grande frustracao da minha vida (#classemediasofre) é nao ser atleta. Mas claro que isso nao significa que eu adoro todo e qualquer esporte, muito pelo contrario: existem certas modalidades que me fazem mudar o canal correndo.
Tipo cricket. Esse jogo praticamente desconhecido para nós sulamericanos, mas muito, muito popular por essas bandas inglesas. Olha, eu juro que tentei achar graca, mas o troco é monótono, chato mesmo, passou longe do tipo de coisa que gosto de assistir.
Mas em compensacao, o Rugbi é também bem popular aqui. E esse eu gostei. Mais ativo, mais contato físico, beeem mais emocionante. E como o rugbi é também popular na Argentina, o Martin até sabe uma coisa ou outra. Eu ainda estou longe , bem longe, de entender todas as regras, mas estou a caminho. Como está rolando a copa do mundo lá na Nova Zelandia, o assunto está em alta, o que é claro despertou ainda mais o meu interesse.
E claro que nao dá pra falar em campeonato internacional de rugbi sem falar no time neo zelandes (mais conhecidos como All Blacks), ou mais especificamente, da haka. Nao sabe o que é a haka? Nada vai explicar tao bem como o vídeo da própria (vídeo super recente diga-se de passagem, esse foi no início da semi final contra a Australia no domingo - All Blacks ganaharam, disputam a final com a Franca no próximo fim de semana).
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Fim de férias
outubro 14, 2011
Helô Righetto
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Chegamos em casa. Depois de um looooongo vôo que começou em Buenos (com direito a avião atingido por um raio), e fez um pit stop em SP, estamos em casa. Ufa! Que sensação deliciosa que é tomar banho no seu chuveiro e ligar a TV pra assistir umas bobagens. Melhor ainda: nossos tomates estão vermelhinhos e as plantas sobreviveram a minha estratégia ninja (qualquer dia eu mostro) e não morreram de inanição.
Olha, esses dias entre São Paulo e Buenos Aires foram um aprendizado. Foi apenas a nossa segunda ida pra lá depois que mudamos pra cá, e eu achei que dessa vez conseguiria administrar as "férias" melhor que a primeira vez. Ledo engano. Acho que nem morando aqui a vida toda para ir de "férias" pro Brasil/Argentina visitar família e amigos vamos aprender a dividir nosso tempo e organizar compromissos.
Claro que vimos amigos queridos e passamos o maior tempo possível com as nossas famílias, mas sabemos que nunca é o suficiente. Resultado? Chegamos em casa estressados conversando sobre o que não conseguimos fazer.
Mas chega de lamentação né? Fizemos também muita coisa boa que nos encheu de alegria, e o compromisso que foi o grande motivador dessa viagem foi cumprido.
O compromisso se chama Igor
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Mais uma vez, Buenos
outubro 12, 2011
Helô Righetto
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Já estamos nos últimos dias de férias, agora em Buenos Aires (chegamos aqui no domingo). Mas essa vinda a terra do meu marido tem um gosto especial dessa vez, já que meus pais e minha irmã estão aqui também. Há muitos e muitos anos que não viajámos os 4 juntos, desde uma viagem de carnaval que fizemos para Ubatuba quanto eu e a hermana éramos adolescentes e meu pai pronunciou, assim que voltamos pra casa: vocês são muito chatas, não dá mais para viajarmos os 4 juntos!
Ainda bem que o tempo passa, adolescentes viram adultos e pais ficam mais tolerantes.
de Ubatuba a Buenos Aires. Meu pai disse que agora a gente é mais legal.
Nota mil pro Martin que tem uma paciência de jó com a trupe dos Righetto.
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Nas férias pode
outubro 05, 2011
Helô Righetto
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Ainda bem que quando a gente chegar em Londres já vai estar quase na hora de se cobrir de casacos, porque...
Comilança, comilança, comilança. E ainda tem Buenos Aires pela frente.
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Heloisa Righetto, 39 anos, sou paulistana com raízes catarinenses, moro em Londres desde dezembro de 2008 (mas o blog existe desde 2004). Sou designer por formação e trabalho com comunicação. Em agosto de 2018 terminei um mestrado em gênero, mídia e cultura.
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