Leitura: Carnival, Rawi Hage

dezembro 30, 2016 Helô Righetto 0 Comentários


Eu não lembro quem tinha me falado ou onde eu li que esse livro era muito bom. Foi o primeiro que li desse autor, e pra mim não rolou. Assim, ruim não é. Tem várias passagens boas, inclusive muitas naquele estilo "vida real transformada em ficção" que eu adoro, mas no greal achei meio sem pé nem cabeça.

O começo é arrastado, aí o meio é bem interessante, aí no fim acontece um monte de coisas tudo ao mesmo tempo agora e termina conceitualmente. ODEIO finais conceituais. #meujeitinho

Olha, quanto mais eu leio livros de não ficção, mais dificuldade eu tenho de achar uma ficção que eu realmente ame. Aliás, há uns meses eu resolvi dar uma olhada em todos os de ficção que eu comprei há um tempão e ainda não haviam sido lidos, e acabei colocando vários na pilha de doação. Preciso ser mais seletiva na hora de comprar livros.

Ah, criei uma hashtag no Instagram para marcar todos os livros que leio (comecei a postar sempre lá, assim que termino), pra quem tiver curiosidade é só procurar #heloreads



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Montanha Russa

dezembro 29, 2016 Helô Righetto 0 Comentários


Hoje eu fui numa montanha russa! Eu não lembro qual havia sido minha última vez em uma montanha russa. Certamente há mais de oito anos, que é o tempo que moro em Londres. Enfim, não foi uma montanha russa super ultra mega radical, mas foi emocionante pra mim. E o melhor é que fui com duas das minhas melhores amigas e a gente riu muito. Muito mesmo!

Eu não sou a melhor companhia para ir a um parque de diversões. Fico enjoada fácil, tenho medo (não de altura, tenho um medo mais louco mesmo, de morrer em algum desses brinquedos porque a trava de segurança falhou ou algo assim), e mal abro os olhos quando estou no brinquedo. Mas acredite se quiser, eu era pior quando mais nova.

Lembro que uma vez, acho que eu tinha uns sete anos, meu pai levou eu e minha irmã no Playcenter. Aí nós duas resolvemos ir no tobogã (quer dizer, ela deve ter resolvido e eu fui junto, porque teve uma época na nossa infância que eu era maria vai com as outras em relação a minha irmã). Chegando lá em cima, depois de subirmos as escadas, minha irmã desistiu. Ficou com medo. Eu, é claro, desisti também. Ir sozinha? Nem a pau! Descemos as escadas, morrendo de vergonha, contra o fluxo da galera subindo. Chegamos lá embaixo e meu pai não escondeu sua decepção. Ele resolveu que a gente deveria ir, e foi junto. Subimos as escadas de novo e fomos os três.

Olha só gente, tive um insight agora, Freud ficaria orgulhoso: a gente costuma culpar nossos pais pelos nossos medos e problemas mais profundos, mas podemos também culpar as irmãs e irmãos mais velhos. Taí, resolvi que meu cagaço com brinquedos de parques de diversões é culpa da minha irmã. Ha!

Ok, foco. Sobre a montanha russa hoje. Parece uma bobagem né, mas fiquei o dia todo pensando nisso. Eu fui em uma montanha russa! Deu tudo certo! Eu curti! Fiquei com medinho, mas curti. poxa, que bom fazer algo assim, tão atípico pra mim, antes de fechar esse ano tão esquisito.

Obrigada minhas amigas amadas, Marina e Quézia, por gritarem também!

(esse é o vídeo da Montanha Russa que a gente foi, não fui eu que filmei)

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Foco

dezembro 27, 2016 Helô Righetto 1 Comentários


Eu tenho alguns planos pra 2017. Mas são planos grandes, que precisam de investimento de tempo/trabalho e/ou dinheiro (portanto, altas chances de darem errado), então deixarei para contar aqui a medida que eles forem saindo do papel.

Dei uma olhadinha no que escrevi aqui há mais ou menos um ano, sobre meus planos pra 2016. Eram 5 metas bem específicas: correr uma meia maratona, terminar de escrever um livro, fazer algum curso, fazer trabalho voluntário e pedir mais. Infelizmente não fiz nenhum curso, por pura falta de organização mesmo. 

Uma coisa muito boa que aconteceu em 2016: amizades novas. Saí da minha zona de conforto e fiquei um pouco menos anti social. O blog mais uma vez foi essencial (acho que todas as minhas amizades londrinas são decorrentes do blog, direta ou indiretamente), e preciso sempre me lembrar disso quando penso em parar. 

Preciso um pouco mais de foco em 2017. Entrei aqui pra escrever um post pra falar mal de algo que vi no Facebook e acabou nisso. 

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A maior conquista de 2016

dezembro 18, 2016 Helô Righetto 1 Comentários


Meia maratona? Trabalho voluntário? Viagens? Projetos do blog? Ativismo?

Que nada. A maior conquista de 2016 aqui nessa casa foi o conserto do vazamento no banheiro. Depois de 4 anos, 2 encanadores que nos cobraram e não consertaram nada e 2 pisos arrancados, foi uma encanadora que nos ajudou a solucionar o problema. Nos aconselhou a trocar o box e fazer uma vedação decente. Falou que ela poderia fazer o serviço, mas que achava que nós mesmos seríamos capazes de fazer e assim economizaríamos um bom dinheiro.

Vazamento consertado, piso novo instalado (também feito "in house" após um orçamento assustador de £500). Quem sabe em 2017 a gente consegue fazer a função secadora da máquina de lavar roupa funcionar novamente?

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Crônica: o dia que eu achei que estava milionária

dezembro 12, 2016 Helô Righetto 1 Comentários


Eu sei que é de certa forma redundante chamar esse post de crônica. Afinal esse é um blog pessoal, tudo que escrevo aqui é relacionado a minha vida. Mas eu sempre escrevo sobre o "agora", seja um livro lido, um show que eu fui ou algum trabalho que estou fazendo. Então, há alguns dias, durante uma corrida (minha cabeça vai muito longe durante as corridas, eu já cheguei a imaginar coisas que me deixaram com um nó na garganta de emoção, juro), eu lembrei dessa história, do dia que eu achei que tinha ficado milionária. É uma história que adoro contar, e adoro relembrar com o meu pai (segue lendo e você vai entender porque), então nada mais justo do que compartilhar aqui. Tenho tentado lembrar desses "causos" engraçados, e acho que é uma maneira de dar uma atualizada no blog de vez em quando. Então vamos a ele, o dia que achei que estava milionária. 

Em 2003 eu comecei a trabalhar em uma empresa no município de Diadema, em São Paulo, como desenhista projetista. Era uma fábrica de divisórias e móveis de escritório. Pela segunda vez na minha recente trajetória profissional eu estava empregada em Diadema, e pela segunda vez em uma fábrica. Só quem já trabalhou em fábrica sabe como esse é um ambiente peculiar. Conservador, machista, cheio das regras.

Por exemplo, às 9 da manhã, todo dia, uma sirene indicava a pausa do café. E até às 9:15 todo o pessoal - tanto quem trabalhava na fábrica em si como a turma do escritório - tomava seu café e comia um pão com manteiga gentilmente cedido pela empresa. Um por pessoa apenas. Se por acaso alguém faltasse aquele dia, o pão com manteiga poderia ser repassado. A sirene tocava novamente no começo e no fim do horário do almoço e também no fim do expediente.

Como vocês podem imaginar, quase não havia mulheres trabalhando nessa empresa. No escritório, acho que éramos em 4 ou 5. O lado bom é que o banheiro estava sempre vazio. O lado ruim é que um dia uma delas me perguntou "você está menstruada? Porque tem alguém jogando absorvente usado aberto no lixo."

A parte do escritório, onde eu trabalhava, tinha o típico layout de um escritório de fábrica. De um lado do corredor as salas dos chefes. Do outro lado, os departamentos. Eram três chefes: o Sr. Ogro, responsável pela fábrica; o Sr. Coxinha, responsável pelo financeiro, e o Sr. Riquinho, responsável pelo comercial.

Eu não gostava, mas também não odiava. Ficava mais na internet lendo blogs do que efetivamente no autocad fazendo desenhos de móveis de escritório. Meus colegas eram simpáticos, e poxa, tinha o pão com manteiga. Um desses colegas, que inclusive trabalhava na mesma sala que eu (era a sala dos orçamentos, e eu não sei porque diabos eu ficava lá, já que havia a sala dos desenhistas, logo ao lado), era viciado em duas coisas: doces e loteria.

Todo dia, depois de almoçar, ele caminhava até o centro comercial ali perto para refazer seu estoque de paçocas e afins, e também para jogar em alguma coisa. Se não tinha nada, ele comprava raspadinha. Volta e meia ele fazia um terno, ou uma quadra. Então, ninguém melhor do que ele pra organizar o bolão do escritório. Era a mega sena acumular, que a gente fazia bolão. Vocês sabem né? Não dá pra ficar fora de bolão da firma. O dia que você resolver não participar, é o dia que eles vão ganhar. Imagina eu, ter que aturar o Ogro, o Coxinha e o Riquinho ao ficarem sabendo que todo mundo havia se demitido porque ganharam a mega sena?

Eu ia até trabalhar animada no dia seguinte do sorteio. Chegava até mais cedo, pra saber se a gente tinha feito pelo menos a quina. Um dia, assim que eu cheguei, o administrador do bolão me falou: "Helô, você está sabendo que saiu pra um ganhador em Santa Catarina? Já falou com os seus pais?"

Meu coração parou um segundo. Sentei na minha mesa e liguei pro escritório do meu pai em Joinville (ele ainda não havia se aposentado). Quando pergunto por ele, a recepcionista me fala que ele não estava. Ligo em casa. Ninguém atende. Ligo no celular do meu pai (minha mãe não tinha celular nessa época), nada.

Então eu comecei a achar que estava milionária. Mas em vez de ficar feliz eu comecei a ficar com muita raiva. Como assim meu pai não tinha me avisado? Tinha feito eu acordar cedo e ir até Diadema trabalhar? Só podia ser brincadeira. Ele e minha mãe provavelmente estavam a caminho de São Paulo (de primeira classe, claro, ou em um jatinho particular) pra me dar a boa nova ao vivo. Onde será que a gente iria jantar aquela noite? O que eu ia falar pras amigas? Pega mal sumir?

Continuei insistindo no celular do meu pai. A essa altura eu já estava imaginando o que faria com a minha parte do prêmio. Tantos, tantos planos! Que maravilha ser milionária!

Finalmente, depois de tantas tentativas, meu pai atende o celular. Ele parou no acostamento da estrada, pois estava a caminho de Lages para visitar um cliente, e ficou preocupado com as minhas ligações, uma atrás da outra. Era por isso que ele não estava escritório (eu infelizmente não lembro porque minha mãe não estava em casa).

Meu pai chorava de rir. Não filha, não fomos nós. Não estamos milionários, mas essa história é boa.

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Leitura: Feminist Fight Club, Jessica Bennett

dezembro 11, 2016 Helô Righetto 2 Comentários


Há alguns anos, um grupo de amigas e conhecidas que estavam tentando engatar suas vidas profissionais em Nova York começaram a se encontrar para trocarem experiências e desbafarem sobre as frustrações da vida corporativa. Jornalistas, produtoras de televisão, roteiristas, designers (a turma de humanas, no geral!) começaram a notar, durante esses encontros, que parte da dificuldade em progredir a carreira era proveniente de uma coisa que todas tinham em comum: serem mulheres.

As histórias e aprendizados do grupo deram origem ao livro Feminist Fight Club, focado em machismo no trabalho: comportamentos (dos machistas e das mulheres) e como combatê-los, fatos e estatísticas (como diferenças salariais) e muito, muito bom humor. É um livro didático e divertido, coisa difícil de conseguir.

Recomendo muito pra quem quer começar a ler livros feministas e não sabe por onde, acho que esse é um bom ponto de partida. O meu já está emprestado e espero que passe pelas mãos de muitas mulheres!

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The Cure

dezembro 04, 2016 Helô Righetto 6 Comentários


Um dos meus objetivos pra 2017 é ficar mais esperta com o calendário de shows aqui em Londres. Tem muuuuuita coisa boa rolando sempre, mas isso acaba sendo um problema: é difícil acompanhar, e quando você descobre que vai ter show de um artista que você gosta, pode ser tarde demais (ou seja: impossível conseguir ingressos. Os que tem são de sites de revenda que cobram cinco vezes o valor original).

Mas eu adoro ir em shows. Não sou de balada, nunca fui, mas show é diferente. Escutar ao vivo aquelas músicas que a gente ouve sem parar desde sempre então? Ah, viagem no tempo, na certa!

Eu dei sorte de ficar sabendo do show do The Cure há tempo, mas o ingresso foi em site de revenda mesmo. Saiu caro, mas é The Cure né? Comprei mesmo assim. E olha, teria pago ainda mais, porque foi muito, muito bom. Um show de três horas. Pouco falatório, zero enchição de linguiça. Só todas aquelas músicas maravilhosas, uma atrás da outra.




Eu amo show que tem gente mais velha que eu. Show que tem fãs com camisetas da banda ou cabelos arrumados como o do vocalista. Show que tem mães e pais com seus filhos. Você pode achar o que quiser das bandas dos anos 80 e 90, mas uma coisa não dá pra negar: mesmo quem nasceu muito depois das músicas estourarem sabe as letras de cor.



Robert Smith e cia: foi muito bom!

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1 ano, site, bloqueio

dezembro 02, 2016 Helô Righetto 3 Comentários


Semana passada, dia 25/11, eu e a Renata comemoramos 1 ano de Conexão Feminista. Quando a gente fez o primeiro hangout, dia 25/11/2015, a ideia era ter esses encontros online a cada 15 dias. Ou seja, teríamos uns 25 ou 26 no fim do primeiro do ano.

Só que a gente dobrou a meta! Já temos mais de 50 vídeos no canal (em sua maioria os hangouts, mas também alguns vídeos colaborativos e outros de notícias) e o Conexão acabou se tornando algo muito maior na minha vida. Não apenas na questão do tempo dedicado (algumas horas todos os dias lendo artigos, fazendo posts no facebook, organizando hangouts com convidadas, estudando para hangouts, etc etc etc) mas também como algo que me traz imensa satisfação. Por causa desse projeto eu já fiz novas amigas (virtuais e "reais", aqui em Londres mesmo), passei a frequentar palestras e atividades feministas e cada vez mais entendo o poder e a importância do ativismo.

Eu e a Rê temos um monte de ideias pro Conexão, mas como também temos um monte de contas pra pagar, precisamos ser realistas e caminharmos de acordo. Mas uma coisa já fizemos: um site (o qual foi construído pelo Leo Melo, com toda paciência do mundo)! O site foi pro ar no mesmo dia do aniversário, e concentra todos os canais de comunicação.

Outro presentinho que ganhamos de aniversário foi a inimizade do Facebook. Por termos publicado a foto de um mamilo na página, como parte da campanha #mamilolivre, o Facebook nos tirou do ar por algumas horas. Alguns dias depois recebemos um email com um pedido de desculpas do próprio, falando que a imagem havia sido removida por engano e seria devolvida pra página. Vitória? Não. Pra nossa surpresa, passado uma semana, alguém denunciou a foto de novo, e dessa vez o Facebook resolveu me bloquear por 24 horas.

Enfim, lições que vamos aprendendo quando resolvemos lutar por uma causa. Aviso aos perseguidores de mamilos: vocês vão cansar de "denunciar" a gente, porque a gente não vai cansar de postar mamilos.


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2016

novembro 30, 2016 Helô Righetto 0 Comentários


Sempre quando alguem começava a reclamar que o ano deveria terminar logo, eu pensava: "mas que diferença vai fazer o ano? Dia 1 da janeiro não é mágico". Sim, eu sou dessas pessoas bem chatas que esmaga os sonhos otimistas dos outros.

Mas esse ano eu estou mordendo a língua e entrando no coro daqueles que já não aguentam mais 2016. Nunca antes eu tive tanta certeza de que uma virada de ano será tão bem vinda como essa. Pode mesmo não ser mágica, mas tem sim um significado. Só a sensação de que estamos deixando coisa ruim para trás pode ser positivo.

É claro que o ano teve um monte de coisas boas, ainda mais quando pensamos indivualmente. Quando cavucamos nossas vidas vamos encontrando um monte de momentos bacanas na rotina que as vezes a gente despreza tanto.

Hoje por exemplo eu já tomei dois cafés com leite e agradeci mais uma doação feita para a campanha de financiamento coletivo da LAWA (aliás, nós batemos a meta mínima!). E recebi umas ilustrações lindas da minha amiga Marília, para um projeto de guia que estou desenvolvendo (e andava meio parado).

E assim vamos. Pense aí nas coisas boas que aconteceram com você hoje.

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Leitura: Got Set a Watchman,Harper Lee

novembro 23, 2016 Helô Righetto 0 Comentários


Na teoria, esse livro é a continuação do clássico americano "To Kill a Mockingbird", que realmente é um dos livros mais fantásticos que eu já li. Mas ele foi escrito antes de To Kill a Mockinbird, como uma espécie de rascunho.

Não sei como foi no Brasil quando essa continuação foi lançada, mas aqui em Londres o povo foi a loucura (imagino que nos Estados Unidos tambem): fizeram filas em portas de livrarias, no maior estilo "lançamento Harry Potter".

*****Alerta de spoiler*****

Bom, deixa eu ser bem curta e grossa: detestei Go Set a Watchman. Acho que do meio pra frente continuei lendo só pra ter certeza de que não estava enganada. Não, não entendi errado, e nem termina em "tudo foi um mal entendido, imagina, ninguém é racista". Enfim, um forte soco no estômago.

E quando eu achava que podia melhorar - na parte que Jean Louise pega suas coisas e entra no carro para ir embora - seu tio aparece em dá um tapa na cara dela, e ela então decide aceitar seu entorno racista.

Pensando bem, talvez essa leitura tenha caído em boa hora, como uma espécie de preparação para o que está por vir na era Trump.

Melhor esquecer esse e pensar que To Kill a Mockingbird não teve continuação #harperlee #gosetawatchman

A photo posted by 👻 snap: helorighetto (@helorighetto) on






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Lawa - Latin American Women's Aid

novembro 15, 2016 Helô Righetto 0 Comentários


Uma das minhas metas esse ano era fazer trabalho voluntário. A princípio eu queria procurar uma posição em um museu, galeria ou qualquer instituição ligadas as artes, mas com a evolução do meu trabalho com a Renata no Conexão Feminista, começou a fazer mais sentido buscar uma organização que ajudasse mulheres. E justamente por causa do Conexão eu conheci algumas mulheres brasileiras incríveis aqui em Londres, como a Amanda. E a Amanda me indicou a LAWA, onde ela já prestava trabalho voluntário.



Entrei em contato com elas e tudo deu certo. Comecei como voluntária de mídias sociais no final de agosto. Toda semana estou lá algumas manhãs, e pra ser honesta eu acho mais é que elas estão me ajudando do que eu ajudando elas.

E o que essa instituição faz? A LAWA presta apoio e abrigo para mulheres (lartionoamericanas e de minoria étnica) vítimas de violência doméstica. Além disso, há também uma série de outros serviços: aulas de inglês, consultas com advogados (sobre imigração, direito de familia), ajuda para fazer currículo, festas temáticas, palestras sobre feminismo. Isso de tudo DE GRAÇA. Ou seja, é preciso muito trabalho para garantir financiamentos privados e públicos. E isso é difícil pra caramba.

Para aumentar o leque de opções de financiamento, estamos começando uma parceria com uma plataforma de financiamento coletivo, chamada Global Giving. Essa plataforma é usada apenas por ONGs, do mundo todo. Mas para ser um parceiro fixo é preciso obter sucesso em uma "campanha teste". E essa campanha que eu estou coordenando no momento. Então preciso da ajuda de vocês!

Para essa campanha teste, desenvolvemos o projeto "Make a Shelter a Home for Latin American Children" (Faça de um abrigo um lar para crianças latinoamericanas). O objetivo é arrecadar £5,000 para melhorar a infraestrutura do abrigo para as crianças que chegam lá junto com as suas mães. Elas geralmente chegam sem nada, pois a fuga de casa é feita as pressas e em sigilo. Então queremos que elas tenham o mínimo de conforto para conseguirem superar o trauma vivido em casa e também o trauma dessa situação temporária.

Então essa campanha tem dois objetivos. O mais importante, claro, é melhorar o abrigo. E para isso colocamos a meta de £5,000. Mas, se chegarmos a £2,500, doados de 50 pessoas diferentes, já seremos aceitas como parceiras do Global Giving.

É possível doar de qualquer lugar do mundo, pois a plataforma aceita cartão de crédito internacional e também Paypal. O valor mínimo é £8, cerca de R$30.00. Temos até 19 de dezembro para conseguirmos isso. Conto com a doação de vocês!

Em tempos de governantes racistas, xenófobos e misóginos (e de cortes no orçamento público para ajudar pessoas em situação vulnerável) é muito importante que a gente faça mais do que declarar nossas frustrações. É preciso realmente fazer alguma coisa, e ajudar instituições que prezam pela vida das minorias é uma delas.

Então, é só clicar aqui para ir na página da campanha. Conto com vocês. Conto especialmente com a pessoa que deixou o comentário anônimo no post anterior, que preferiu não se identificar mas tentou fazer "shaming" (já tem uma palavra boa em português para esse tipo de atitude?) do meu estilo de vida, diminuindo minha militância feminista por que sou "blogueira sustentada pelo marido".

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A não viagem

novembro 13, 2016 Helô Righetto 2 Comentários


Ano passado eu fui pela primeira vez no Encontro Europeu de Blogueiros Brasileiros, que aconteceu no Porto (eu inclusive fui uma das palestrantes, contei sobre meu aprendizado com a publicação do Guia de Londres). Foi tão legal, mas tão legal, que lá mesmo eu já tive certeza de que iria no próximo, que aconteceria em Berlim.

A passagem foi comprada há meses, o hotel estava reservado, estava tudo pronto. A única coisa que não ficou pronta foi meu passaporte (que está no Departamente de Imigração do Reino Unido, o famoso Home Office, para renovação do visto do Martin). Eu tinha esperanças de ele ser devolvido a tempo da viagem, e todo dia chequei a caixa de correio pelo menos duas vezes por dia.

Então não fui. Sabem aquela sensação de ser a única pessoa a não ter sido convidada para a festa de 15 anos da pessoa mais popular da escola? Eu sei, eu sei que essa é a comparação mais classe média paulistana que eu poderia ter feito, mas é exatamente assim que me senti esse final de semana.

Mas como tudo pode ter um lado bom, esse fim de semana eu também comi brigadeiros, passei horas com as minhas amigas e comprei azulejos novos para o banheiro.

E que venha o encontro de 2016!

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Só a Maya salva

novembro 09, 2016 Helô Righetto 1 Comentários


Um pouco de Maya Angelou para lidar com mais um balde de água frio político desse tenebroso 2016 que ainda não acabou.

"You may write me down in history
With your bitter, twisted lies,
You may tread me in the very dirt
But still, like dust, I'll rise...

Just like moons and like suns,
With the certainty of tides,
Just like hopes springing high,
Still I'll rise." -- Maya Angelou

(se alguém tiver uma boa tradução por favor me mande, que eu coloco aqui)


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Ninguém avisa

novembro 07, 2016 Helô Righetto 4 Comentários


Lembro muito bem uma coisa que o meu pai falou há muitos e muitos anos, quando eu me dei conta de que havia feito uma escolha errada (acho que era relacionado a trabalho) e teria que - talvez pela primeira vez de muitas que viriam depois - dar uns passos pra trás pra recuperar aquele tempo que a escolha errada havia tomado da minha vida. Ele disse que não adianta dar conselho, que a gente descobre o erro depois que ele já está feito. E a vida segue.

Eu tenho a impressão que esse ano eu fiz algumas escolhas erradas. Ou melhor (pior), uma escolha errada levou a outra. Nada grave, mas o peso da ficha caindo sempre acaba sendo enorme, já que reconhecer erro é muito, muito difícil. As vezes me pergunto, será que ninguém pensou que meus planos não estavam muito bem estruturados e quis me avisar? Bom, se alguém pensou, ia falar o que né? "Hummm... sei não. Melhor você não fazer isso".

Mas aí entra aquele clichê, o maior entre todos os clichês, que pelo menos a gente aprende com os erros. Pena que isso não dá pra colocar no currículo!

"Heloisa Righetto, 36 anos, costuma questionar sua carreira de 3 em 3 anos, mas aprende muito com isso"

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Leitura: Fifty Shades of Feminism (diversas autoras e editoras)

outubro 31, 2016 Helô Righetto 0 Comentários


Assim como o "I Call Myself a Feminist", que terminei há uns dois meses, esse livro é um conjunto de textos. Dessa vez, 50 mulheres escrevem sobre o que o feminismo é para elas. Obviamente que todo livro feminista é pra mim um grande aprendizado, mas até agora esse foi o que menos gostei. Acho que porque não me identifiquei com as abordagens de algumas autoras (muitas que entraram no ativismo nos anos 60 e 70, quando o feminismo tinha um recorte que eu considero um tanto quanto limitado).

Mas talvez esse seja mais uma vantagem do que desvantagem, até porque é preciso entender o que aconteceu no passado para planejar melhor o que podemos fazer agora, no presente. Eu sinto que já demos muitos passos, principalmente em relação de reconhecimento de privilégios e a noção de que o feminismo intersecional é muito importante (indo muito além do lance político e econômico).

Não recomendo essa leitura como a primeira para quem quer começar a estudar feminismo, mas acho que vale a pena colocar na lista uma vez que você já esteja mais familiarizada com o assunto.

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Livre e os questionários

outubro 26, 2016 Helô Righetto 4 Comentários


Duas amigas minhas, a Magê e a Rapha, começaram um podcast juntas, o Livre. O primeiro episódio foi pro ar hoje, e elas aproveitaram para fazer suas apresentações de uma maneira bem criativa. Utilizaram perguntas dos questionários de Pivot e Proust (eu conhecia o de Pivot por causa do Inside Actors Studio que eu assistia na tv a cabo no Brasil. Ainda existe?), e as respostas são ótimas pra gente saber um pouco mais sobre a personalidade delas.

Bom, como ideia rouba a gente rouba reutiliza, resolvi eu mesma responder algumas dessas perguntas aqui. Afinal, já falo tanto da minha vida aqui há tantos anos, nada mais justo do que me expor um pouco mais : )

Questionário de Pivot:

1. Qual sua palavra preferida?
Ótimo

2. Qual palavra você mais detesta?
Gordice

3. O que te anima?
Fazer planos. Pra qualquer coisa: viagens, projetos feministas, cursos, reservar um restaurante

4. O que te desanima?
Conservadorismo

5. Qual seu palavrão preferido?
Foda-se

6. Que barulho você mais gosta?
Chuva na janela

7. Que barulho você mais odeia?
Quando alguém puxa o catarro da garganta

8. Que outra profissão além da sua você teria?
Não sei nem que profissão eu tenho! Acho que eu gostaria de ser uma pintora

9. Que profissão você não tentaria de jeito nenhum?
Medicina

10. Se o paraíso existe, que você gostaria que Deus te falasse na sua chegada?
Parabéns, você é a pessoa mais velha que eu ja recebi aqui!

Questionário de Proust:

1. O seu principal traço de caráter
Vontade de mudar o mundo.

2. A qualidade que eu desejo em um homem
3. A qualidade que eu desejo em uma mulher
Vou responder essas duas de uma vez só porque acho retrógrado fazer separação por ser homem ou mulher. Interesse pela vida dos outros.

4. O que mais aprecio em meus amigos
Suas conquistas pessoais

5. Meu principal defeito
Carência e impaciência (pá, mando logo dois)

6. Minha ocupação preferida
Internet

7. Meu ideal de felicidade
Não tenho

8. O que seria minha grande infelicidade
Não ter amigas

9. O que queria ser
Achei muito subjetiva essa questão. Mas não tenho a menor ideia.

10. O país onde desejaria viver
Austrália ou Nova Zelândia

11. Minha cor preferida
Azul marinho

12. A flor que eu amo
Não é flor, é planta: qualquer tipo de suculenta

13. Um pássaro preferido
Eu gosto da vida rural, mas não a ponto de ter um pássaro preferido. Ah, pera, vou falar Puffins, porque são fofinhos.

14. Meus autores de prosa favoritos
Mario Vargas Llosa, Eleanor Catton

15. Meus poetas preferidos
Não vamos fingir que eu entendo de poesia né?

16. Meus heróis favoritos de ficção
Luis Bernardo (do livro Equador) e Winston Smith (1984)

17. Minhas heroínas favoritas de ficção
Lorelai Gilmore (Gilmore Girls), Úrsula Iguarán (Cem Anos de Solidão)

18. Meus compositores preferidos
Proust querido, não sou assim tão culta

19. Meus pintores favoritos
Artemisia Gentileschi, Frida Kahlo, JMW Turner

20. Meus heróis na vida real
Os meus 4 avós

21. Minhas heroínas na História
Laura Bates, Juliana de Faria

23. Meus nomes favoritos
Heloisa e Martin (sou fofa)

24. O que detesto acima de tudo
Conservadorismo

25. As personagens que mais detesto
Acabo de me esquecendo de personagens que detesto

26. O acontecimento militar que mais estimo
Passo. Que pergunta esquisita!

27. O dom da natureza que gostaria de ter
Respirar embaixo d'água

28. Como amaria morrer
Amaria é meio forte né? Seria bom morrer de tanto gargalhar.

29. Meu estado de espírito atual
Em dúvida, mas ok.

30. Falta que mais me inspira a ser indulgente
Não sei. Eu perdôo facilmente.

31. Meu lema
Não tenho pressa

(adoraria saber se alguém se surpreendeu com alguma das minhas respostas!)

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O gatinho da garagem

outubro 23, 2016 Helô Righetto 3 Comentários


Nem me lembro quando vimos o gatinho na garagem aqui do prédio pela primeira vez. Um ano, talvez? Não sei. Mas sabe como é gato né? Passeia o dia todo, depois volta pra casa. Sempre tem alguns pela vizinhança, a gente até reconhece. Tem um gato tão gordo que volta e meia aparece na plataforma da estação de trem que temos aqui na frente do prédio que uma vez eu vi de longe e achei que fosse uma raposa.

Mas enfim, voltando ao gato da garagem. Começamos a encontrá-lo quase todos os dias, e cada vez ele estava mais amigável. Uma coisa de folgado: pedia carinho, rolava no chão de barriga pra cima. Começamos até a comprar comida pro gatinho (eu na verdade achei que era uma gatinha. Então eu chamo de gatinha, e o Martin chama de gatinho). Não só a gente, mas várias pessoas. Todo mundo compra comida pro gato.

Aí alguém fez uma caminha pro gatinho, e algumas pessoas acharam que era uma gatinha mesmo, e que ainda por cima estava grávida. Mas não, é um menino e está é gordinho mesmo, de tanto comer. O gato virou assunto principal no grupo do prédio do Facebook, e agora uma pessoa perguntou se sua mãe poderia adotá-lo, se todo mundo estivesse de acordo. Claro que estamos né? O gatinho mora na garagem, ganha atenção detodo mundo mas ao mesmo tempo fica lá, sozinho, a noite toda e boa parte do dia.

Eu vou morrer de saudades do gatinho, que além de fofo e folgado acabou unindo os moradores desse prédio. O pessoal aqui não é o mais amigável, mas parece que ninguém resiste a um bichinho abandonado.

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Desleixo

outubro 14, 2016 Helô Righetto 1 Comentários


Ando um pouco desleixada com esse blog, eu sei. Posto sobre os livros lidos, vídeos publicados, mas acho que faz tempo que não tem um post como nos "velhos tempos". Eu até sinto saudade de escrevê-los, mas só ando com preguiça mesmo.

Por aqui, tudo vai indo. Nas últimas semanas teve prova de 10km (a primeira prova depois da meia maratona), teve a viagem para o interior da Inglaterra, teve retorno ao balé (pois é!! voltei). Ah, também acho que não mencionei aqui que comecei um trabalho voluntário (há quase 2 meses) em uma organização chamada LAWA - Latin American Women's Aid.

Engraçado que eu achava que teria todo o tempo do mundo quando saí do trabalho no começo do ano. Mas eu tenho o dom de preencher o tempo, e ando bastante ocupada. Escrevendo, fazendo hangouts, organizando supper clubs, encontrando pessoas, tentando solucionar umas pendências da casa (leia-se: vazamento no banheiro) que estão "por fazer" há anos. Pois é, anos!

Mas é isso. Vai tudo bem por aqui. E por aí?

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Cotswolds pelas lentes do Martin

outubro 09, 2016 Helô Righetto 2 Comentários


UPDATE: incluí os 2 últimos dias da viagem!!!

O Martin já peedeu todas as esperanças de que eu me torne uma blogueira e rica e famosa e resolveu ele mesmo tornar-se um "influenciador digital". O menino gostou dessa história de fazer vídeos e está criando uns filminhos bem legais da nossa viagem para a região de Cotswolds, aqui na Inglaterra.

Estamos aqui desde quinta feira e vamos embora amanhã. Vejam aí se o rapaz tem talento! ; )












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Leitura: The Girl With The Lower Back Tattoo, Amy Schumer

outubro 04, 2016 Helô Righetto 0 Comentários


A Amy Schumer é uma comediante/atriz/escritora/produtora americana que não faz muito tempo que alcançou muito sucesso. Uma das coisas que contribuiu para ela deslanchar é o fato de ela não ter papas na língua. Nenhuma. E é interessante que muitos homens com a mesma profissão fazem isso há anos e todo mundo acha divertido, mas basta uma mulher fazer o mesmo para muita gente ficar chocada.

Ela também conquistou fama pois mistura humor com causas sérias, como a regulamentação da venda de armas nos Estados Unidos e diferença salarial entre homens e mulheres. Por coincidência, eu e o Martin fomos em uma apresentação dela aqui em Londres poucas semanas antes de eu ler o livro, e tanto ao vivo como no relato escrito ela é super carismática e engraçada.

Claro que o livro não é assim um primor da literatura, mas eu gosto de saber um pouco mais sobre mulheres que estão impactando a cultura pop contemporânea, como a Mindy Kaling. Fora que não é todo mundo que tem a coragem de se expor dessa maneira (vida sexual, infância em família rica e adolescência em familia pobre, e por aí vai). Apela pro lado curioso de qualquer pessoa.

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Vote nelas

setembro 29, 2016 Helô Righetto 0 Comentários


No último mês eu e a Renata convidamos diversas candidatas a vereadoras, prefeitas e vice prefeitas para conversarem com a gente no Conexão Feminista. E a maior parte delas topou! Acho incrível como hoje em dia é tão fácil você entrar em contato com alguém que nem conhece. Imagina se há 10 anos a gente teria conseguido falar com essas mulheres? Certeza de que não seria tão simples.

Mas enfim, queria deixar aqui os vídeos das conversas, pois todas foram muito boas. Claro, a gente selecionou apenas mulheres feministas que tem o feminismo como pauta. Não adianta falar que é feminista mas não fazer uma menção ao feminismo na sua campanha. A gente pesquisou pra caramba, e fizemos questão de dar espaço para candidatas que são tão ativistas no feminismo quanto envolvidas na política.

Pra mim foi um aprendizado imenso, e gostaria de agradecê-las mais uma vez por aceitarem participar. Talvez a gente ainda consiga fazer mais um ou dois antes do domingo, e aí eu atualizo esse post.

Então fica aqui essa lista maravilhosa de candidatas compromissadas com as mulheres. VOTE EM MULHERES FEMINISTAS!

Belo Horizonte: Áurea Carolina 50180



São Paulo: Maíra Pinheiro 13030



Rio de Janeiro: Luciana Boiteux 50 (Vice Prefeita)



Rio de Janeiro: Cristina Biscaia 50130



Curitiba: Ana Mira 50111



Curitiba: Xênia Mello 50 (Prefeita)



Campinas: Amara Moira 50250

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Leitura: My Name is Lucy Barton, Elizabeth Strout

setembro 26, 2016 Helô Righetto 1 Comentários


Pra quebrar um pouco o ciclo de livros sobre feminismo resolvi trazer esse pra frente da fila. Se não me engano ele estava na lista longa do Booker Prize desse ano (mas não foi pra segunda seleção), que eu ultimamente tenho usado como referência pra comprar livros de ficção.

Gostei pra caramba da história, porque bate bem com o tipo de enredo que me prende: vida real. Nada de grandes revelações, nada de descobertas e surpresas no final. Apenas uma narrativa feita por uma mulher, sobre partes de sua vida. O cenário principal é o quarto de hospital onde a personagem principal ficou internada por mais de dois meses, com foco nos cinco dias que sua mãe a fez companhia. A partir daí ela fala um pouco sobre a sua infância e conta também o que aconteceu depois, anos após esse episódio no hospital.

Sem enrolação, muito bem editado, muito envolvente.




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Amor no Douro

setembro 23, 2016 Helô Righetto 1 Comentários


Dia 17 de setembro eu acordei às 2 da manhã pra pegar um vôo em direção ao Porto (mais uma vez!), para participar de uma press trip. O objetivo dessa viagem era explorar o Vale do Douro. Não apenas os vinhedos e produção de Vinho do Porto e do Douro, mas também a história, a cultura e as pessoas.

Foram 5 dias intensos, sempre acordando cedo e indo dormir tarde, trocando de hotel quase todos os dias. Viagens desse tipo são sempre assim, eu já estou ficando acostumada ao ritmo e agora já consigo me organizar muito melhor na hora de produzir conteúdo. Apesar de serem oportunidades incríveis de conhecer lugares no mundo que eu não conheceria tão cedo, são viagens extenuantes fisicamente e mentalmente, e no final já dá aquela vontade de ir pra casa, onde tudo nos é familiar.

Quase o grupo todo
Tive muita sorte de ter tido ótimos companheiros de press trips até agora. Conheci blogueiros de outros países, alguns com os quais a amizade rendeu após a viagem. Viajei com blogueiros que já conhecia virtualmente, estreitando a relação e trocando muitas ideias para melhorar os blogs e a maneira como gerenciamos nossas redes sociais.

Mas essa viagem ao Vale do Douro se superou. Não sei se planetas e estrelas estavam alinhados (e eu nem acredito nisso), se foi pura sorte ou uma escolha certeira dos participantes pelos organizadores. O fato é que eu não queria ir embora, e me despedir dos amigos que fiz nesses 5 dias foi bem difícil. Especialmente das outras três blogueiras, também brasleiras e também moradoras do velho continente, que me proporcionaram tanta conversa boa, risadas e companheirismo desde o café da manhã até a hora decada uma ir para seu quarto dormir (as vezes até depois disso, com mensagens rolando soltas madrugada adentro). Rita, Raphaella e Martinha.

Rapha, Rita, eu e Martinha (a maior parte das fotos é assim, com o copo na mão!)
O relato detalhado de tudo que conheci no Vale do Douro estará no Aprendiz de Viajante. Mas achei que essa história de amor com os meus companheiros de viagem merecia um destaque aqui mesmo.

Me apeguei: Anita, uma argentina queridíssima. Mais uma razão para voltar pra Buenos Aires

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Como você chegou até aqui?

setembro 09, 2016 Helô Righetto 22 Comentários


Esse blog completou 12 anos em agosto, então acho que tá mais que na hora de eu saber um pouco mais de vocês, já que vocês sabem tanto sobre mim (a não ser que você tenha começado a ler o blog hoje, aí tudo bem, tá liberado!).

Então eu queria que vocês deixassem comentários contando como chegaram nesse blog, desde quando vocês acompanham, esse tipo de coisa. Pra quem tiver paciência, conte também alguma coisa sobre você, acho justo hein?

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Leitura: I Call Myself a Feminist (diversas autoras e editoras)

setembro 06, 2016 Helô Righetto 1 Comentários


Como vocês já devem ter notado, eu ando sedenta por livros feministas. Estou tentando correr atrás do tempo perdido e realmente sinto a necessidade de aprender mais, conhecer outras mulheres ativistas e saber qual é a luta particular delas. E esse livro é perfeito pra isso, pois foi escrito coletivamente, por 25 mulheres.

Cada uma delas conta como se descobriu feminista, e é muito bacana sair da nossa redoma e entender a necessidade de mulheres com histórias completamente diferentes das nossas. Não sei como é possível alguém ainda se posicionar contra o movimento feminista após ler alguns desses relatos.

Outra coisa bacana do livro é que os relatos são intercalados com citações e extratos de outros livros ou reportagens, deixando a leitura bem dinâmica.

Eu não sei se tem versão em português, mas pra quem lê em inglês, vale demais a pena.



E vou aproveitar pra lembrar vocês do meu projeto feminista, o Conexão Feminista. Já são mais de 30 hangouts, vários com convidadas especiais. Ontem mesmo eu conversei com a Áurea Carolina, candidata a vereadora em BH. Se você ainda não conhece o CF, dá uma olhada lá no nosso canal e também na nossa página no Facebook (likes são bem vindos!).

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Golpista sim

setembro 03, 2016 Helô Righetto 13 Comentários


UPDATE

Atenção! Se você veio aqui pra deixar um comentário do tipo 'você mora fora e não sabe como é aqui' aviso que alguém já foi mais rápido que você (aliás, nunca recebi um comentário assim minutos depois de postar, foi recorde!) e já escreveu isso. Procure por favor outro argumento, a minha resposta pro 'você não mora aqui' deixo copiada pra você não se dar ao trabalho:

Moro longe, e dai? Não vivo numa bolha. Sabe a internet, essa mesma que vc usou pra vir aqui no meu blog? Então, ela me conecta com o mundo. Eu falo com a minha familia diariamente, amigos, leio noticias, redes sociais. Enfim, eu sei o que acontece no minuto que acontece. E, pra ser honesta, morar fora me dá a vantagem de poder analisar o fato sem estar no olho do furacão, podendo ver a opinião de pessoas que tem outras vivências, e não apenas amam ou odeiam o PT ou o que seja. Engraçado né, se eu fosse a favor do impeachment você estaria me parabenizando, falando que só uma pessoa esclarecida como eu, que mora na Inglaterra, poderia ter tamanha sensatez. Mas como estou do outro lado, você usa isso pra deixar esse comentário infeliz.

GOLPISTA SIM. Minha opinião vale mais do que audiência no blog. 





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O Elefante

agosto 29, 2016 Helô Righetto 0 Comentários


Semana passada estive em Nantes (na região da Bretanha, na França) por dois dias, a convite do projeto "Le Voyage à Nantes" (óbvio que vou escrever sobre isso com mais detalhes lá no Aprendiz de Viajante). Fui com a Karine, que também tem blog e mora aqui em Londres. Nós duas não sabíamos quase nada sobre a cidade, então qual foi a nossa surpresa ao descobrir que uma das atrações mais famosas de lá (talvez até a mais famosa de todas) seja um elefante. 



O elefante, ou melhor, "The Grand Élephant", é parte do projeto turístico e cultural "Les Machines de L'île". São diversas máquinas que parecem saídas de um caderno de estudos de Leonardo da Vinci, que ficam na Île de Nantes, uma ilha no Rio Loire, bem perto do centro da cidade, que está se tornando um centro de criatividade e inovação. 

Pra mim, ver o elefante (e fazer um passeio dentro dele!) já vale a viagem para Nantes. Sim, a cidade é legal e tem um monte de outras coisas pra ver. Mas em que outro lugar você vai ter a oportunidade de passear dentro de um elefante mecânico de 12 metros de altura que inclusive solta água pela tromba? 

Mais legal do que o passeio em si é caminhar ao lado dele e ver de perto os movimentos das patas, das orelhas, da cabeça e da tromba. É tudo muito bem feito e sincronizado! Nós pegamos dois dias de muito calor (temperatutas acima dos 30 graus) e o vapor d'água que ele solta foi uma maneira inusitada de nos refrescarmos! 



Eu fiquei apaixonada por esse elefante! Nantes é um ótimo destino de fim de semana pra quem mora aqui em Londres, pois o vôo é rapidinho (uma hora) e a cidade pode ser explorada a pé. Ah, e quem quer conhecer os famosos castelos do Vale do Loire, pode começar ou terminar a viagem por lá. Vai por mim, o elefante mecânico vale a pena! 

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Leitura: I Dreamed of Africa, Kuki Gallmann

agosto 24, 2016 Helô Righetto 1 Comentários


Um livro velho, publicado em 1991, que eu achei na livraria do projeto The Kindness Offensive em um dia que estava lá como voluntária (nessa livraria todos os livros são de graça, é só ir e pegar o que você quiser, juro! Escrevi mais aqui). Foi uma coincidência muito feliz, pois eu havia acabado de terminar o livro Mulheres Viajantes, e dei de cara com esse, sobre uma mulher que resolve ir para o Quênia e morar lá.

Kuki Gallmann foi morar na África nos anos 70 junto com o seu marido, Paolo, e seu filho, Emanuele. Italianos, deixaram para trás a vida privilegiada e foram buscar no Quênia o que não tinham na Itália: um propósito, uma conexão com a terra. Kuki conta toda essa história (que na verdade começa quando ela era apenas uma criança, passa pelo seu primeiro casamento, o nascimento do filho, a separação, o acidente que a uniu a Paolo e finalmente a resolução de ir atrás da vida nova muito longe de sua terra natal) de uma maneira incrível. Eu já havia lido algumas biografias, mas nenhuma autobiografia, e talvez essa seja a grande diferença.

É uma história linda, mas nem por isso é felicidade do começo ao fim. Nós acompanhamos as vitórias e também as fatalidades. Eu chorei muito, mas muito mesmo, e não achei que ela forçou a barra na hora de contar as tragédias.

Obviamente que eu já pesquisei muito sobre ela. Hoje em dia Kuki e sua filha Sveva são conservacionistas, ambientalistas e ainda vivem no Quênia, no mesmo rancho onde tudo começou. A diferença é que hoje em dia é possível se hospedar na reserva natural Ol Ari Nyiro, onde fica o rancho e o HQ da Gallmann Memorial Foundation (fundação criada por ela).

Sei que inclusive existe um filme estrelado por Kim Basinger baseado nesse livro, mas eu olhei o trailer e já vi que rola um super twist na história, então não sei se vou assistir. Mas enfim, vou ali comprar um guia do Quênia. Até agora não estava nos meus planos de curto prazo ir para a África, mas esse livro mudou tudo.

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Olimpíadas

agosto 18, 2016 Helô Righetto 1 Comentários


Tem até uma categoria aqui no blog chamada "Olimpíadas", e se você clicar vai encontrar todos os meus posts de Londres 2012. Não consegui escrever nada sobre Rio 2016 pelo simples fato de estar morrendo de inveja. Acho que a gente nunca acompanha as Olimpíadas do mesmo jeito depois de presenciar uma tão de perto.

Vi o que o fuso horário permitiu (só consegui ficar acordada até muito tarde pra ver a abertura, quando terminou eram 4 da manhã aqui), e até assisti algumas coisas pelo app e pelo site da BBC. Mas não senti a mesma empolgação que sentia antes de 2012. Não sei explicar. Toda vez que vejo os snaps e instagrams e postagens no Facebook me dá uma saudade danada do que vivi aqui há 4 anos. Uma super inveja da atmosfera maravilhosa do Rio de Janeiro, dos amigos e parentes curtindo tudo in loco.

Fiquei super orgulhosa do meu país e dos nossos atletas. Com ou sem medalha, são todos incríveis. Dessa vez fiquei de olho no desempenho das mulheres em particular, e foi maravilhoso ver tanta mulher despontando e fazendo dessas Olimpíadas as Olimpíadas das mulheres.

E achei sensacional também o desempenho do país que é a minha casa. Que legado de 2012 eles levaram! Sua melhor Olimpíadas fora de casa. Medalhas todos os dias, atletas simpáticos e muito, mas muito determinados a melhorarem suas marcas.

Eu espero que a cidade escolhida para sediar os jogos de 2024 seja uma cidade na Europa. Caso eu ainda esteja morando por essas bandas, vou fazer de tudo para ver de perto.

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Leitura: Mulheres Viajantes, Sónia Serrano

agosto 15, 2016 Helô Righetto 0 Comentários


Ganhei esse livro de presente de uma amiga e ele imediatamente foi pro topo da lista. Acabei levando mais tempo do que costumo para terminá-lo porque ainda estou tentando criar uma nova rotina com as leituras depois que passei a trabalhar em casa, mas do meio pro final dei uma acelerada, pois ele fica ainda mais interessante.

Esse é um livro de não ficção, que conta a história de várias mulheres que, contrariando tradições e expectativas de terceiros, resolveram explorar o mundo. Mulheres que nasceram no século 18, 17, 16 e até muito antes disso. Cada uma teve sua razão, e cada uma viajou a sua maneira. Algumas se apaixonaram pelo Oriente, enquanto outras foram para a África diversas vezes. Algumas com recursos, outras sem dinnheiro no bolso. São histórias lindas, inspiradoras, mas infelizmente nem todas terminam bem.

Várias das mulheres retratadas no livro mapearam regiões ou descobriram espécies de plantas e animais. Algumas caíram no esquecimento enquanto outras são referência até hoje, pioneiras na escrita de viagem. Enfim, cada uma delas ajudou a quebrar barreiras e paradigmas, fazendo a nossa vida hoje em dia muito mais fácil do que a delas.

Mulheres viajantes: leiam!

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Cadê o assunto que estava aqui?

agosto 11, 2016 Helô Righetto 2 Comentários


Fugiu!

Eu fico agoniada quando vejo que a data da última postagem passa de uma semana, tenho a impressão de que estou omitindo fatos importantes da minha vida pra mim mesma no futuro. Os assuntos mais corriqueiros acabam indo pro Snapchat, e os anúncios importantes vão parar no Facebook ou Twitter.

Ah, uma coisa bacana é que eu lancei mais um guia : ) o primeiro da série 'Bate e Volta de Londres', sobre Oxford & Cambridge. Está a venda aqui, custa R$9,90 e está disponível apenas como ebook (o Guia de Londres continua firme e forte, tanto impresso como digital).

Estou envolvida com algumas organizações e fazendo trabalhos voluntários (conto mais outra hora), continuo fazendo os hangouts feministas com a Renata e escrevendo posts de viagem. Também tenho algumas viagens agendadas para os próximos meses, mas infelizmente o Brasil não está mais na lista, como era o planejado. por causa de burocracias para renovar o visto de residência do Martin que levam mais tempo do que deveriam. Mas enfim, faz parte.

Vou ali mas já volto!

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Motivação pra correr pós meia maratona e férias

agosto 02, 2016 Helô Righetto 1 Comentários


Depois que fizemos a meia maratona em maio, demos uma relaxada nas corridas (eu não gosto da palavra 'treino'). Não no sentindo de deixar de sair pra correr, mas sim de correr distâncias menores e sem tanta preocupação com o tempo. Parece que na meia a gente se desfez de um peso, sabe? Aquela coisa 'preciso provar pra todo mundo que eu consigo'.

Até aí tudo bem, só que vieram as férias na Sicília - 2 semanas de chinelo e biquini - e foi quando voltamos que realmente sentimos a diferença na motivação.

Antes deixa eu esclarecer: saímos de férias sem culpa nenhuma. Em nenhum momento cogitamos levar nossa roupa de corrida pra lá. A gente não queria correr e pronto, eram 2 semanas de férias de verdade! Sem preocupação. E, na boa, a corrida é uma preocupação sim, é um compromisso. É, pra gente, uma obrigação (ainda que a gente sinta satisfação no fim das corridas, a gente faz pela saúde, foi uma decisão totalmente baseada nisso).

Então, a volta. Olha, foi bem difícil. Só agora, quase um mês depois, o ritmo 'antigo' (pré meia maratona) está voltando. E o chato é que nesse 'limbo' a gente vai perdendo a vontade de ir correr. Porque sabemos que será demorado, dolorido, difícil. Aí a gente faz um percurso curto. Aí não progride. Sacou o ciclo?

Mas enfim, parece que estamos voltando para os eixos. E agora temos uma nova prova em vista (de 10km), o que sempre ajuda a manter a motivação (como falei em um dos meus primeiros posts sobre corrida). Os londrinos vão querer me matar, mas pra quem corre os dias frios são MUITO melhores - então eu espero que o dia da nossa prova seja um daqueles de outono com cara de inverno!

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10 x 10

julho 26, 2016 Helô Righetto 2 Comentários


Em novembro de 2015, como contei aqui, estive no Porto para um fim de semana entre os colegas blogueiros. Esse encontro (Encontro Europeu de Blogueiros Brasileiros) foi decisivo pra mim: não apenas dei uma palestra sobre o meu Guia de Londres como também aprendi MUITO com os outros participantes. Saí de lá cheia de ideias e com um monte de amigos (e poucas semanas depois pedi demissão do trabalho, algo que estava ensaiando há um ano).

Bom, assim que voltei pra Londres comecei a tirar uma dessas ideias do papel. Conversei com outros blogueiros de Londres (todos brasileiros) e propus escrevermos juntos um guia de restaurantes da cidade, que então disponibilizaríamos gratuitamente para nossos leitores. Pra minha surpresa, todos aceitaram na hora.

No total, somos 11 blogueiros, de 10 blogs. É claro que quando se trabalha em um grupo grande e multitarefa existem atrasos e alguns imprevistos. Mas em nenhum momento nos desentendems. e olha que somos pessoas muito, mas muito diferentes.


O resultado saiu ontem: o guia digital "100 Restaurantes em Londres" está disponível para download! Basta clicar aqui e seguir as instruções. Cada blog se responsabilizou por um tema, e dentro de cada tema você vai encontrar sugestão de 10 restaurantes.

Eu espero que vocês curtam esse guia, estou tão orgulhosa dele! Acho importantíssimo reiterar a importância do coletivo, e de como estamos nos ajudando.  Cada um dos 10 blogs participantes tem um estilo próprio, e uma audîência fiel, que confia no que o blogueiro escreve. Assim, ninguém está roubando os clicks de ninguém. Estamos é ajudando nossos leitores a encontrarem ainda mais informação.

Enfim, baixem lá e prestigiem o trabalho dos meus colegas de guia (e amigos também!). E que esse seja apenas o primeiro projeto que realizamos em conjunto.

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Surra de vídeo da Sicília

julho 22, 2016 Helô Righetto 0 Comentários


A gente demorou pra se animar a fazer vídeos das viagens, mas agora que descobriu... segura! Lá vai mais um... Esse editado por mim para o canal do Aprendiz de Viajante no YouTube.

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Minhas 3 maiores dificuldades de trabalhar em casa

julho 18, 2016 Helô Righetto 7 Comentários


Esse mês completo 5 meses de 'vida nova de blogueira'. Agora finalmente me sinto mais a vontade com a rotina, mas tem 3 coisinhas que ainda não resolvi muito bem.

1. Alimentação: no escritório era fácil. Dava uma da tarde, eu ia buscar comida em qualquer lugar ali perto e pronto. Na pior das hipóteses comia um dos sanduíches saudáveis do Pret A Manger. Ou seja, almoçava até que direitinho, não deixava passar a refeição. Agora é claro, é diferente. Eu preciso fazer almoço. E cozinhar não é meu forte. Acho um saco mesmo, e não faço a menor questão de me aperfeiçoar. Tem dias que me saio bem, mas esses dias ainda são a minoria. Hoje por exemplo acordei e me dei conta de que não havia leite pra tomar café, então fui pro supermercado e já que estava lá comprei uma daquelas massas prontas, que só precisa por na água fervendo por 5 minutos. Isso já é um almoço bom, ok? Nem vou falar aqui dos dias que tomo 3 xícaras de café com leite e como umas fatias de pão com cream cheese. Pelo menos a janta é garantida, já que é função do outro habitante dessa casa.

2. Leitura: ah, como eu sinto falta dos meus 40 minutos de transporte público na ida e na volta do escritório, totalmente dedicados aos livros. Isso é que me faz mais falta da rotina de trabalhar em um escritório. Aí você pensa: ué, mas se você está em casa, pode ler a hora que quiser! Pois é... parece tão simples né? Mas simplesmente não consigo parar o que estou fazendo, ler um pouco e voltar. Não sei se e o silêncio, ou se preciso criar uma rotina (um horário definido). No momento eu continuo lendo quando pego ônibus/metrô/trem, o que acontece de 2 a 3 vezes por semana. Ou seja, a leitura está bem atrasada.

3. Disponibilidade: eu não larguei o trabalho no escritório com a única 'desculpa' de tocar o blog e escrever mais guias. Eu queria também ter mais tempo de fazer outras coisas, como ir a eventos e exposições, explorar a cidade e encontrar um monte de gente. Mas gente, esse lance de tempo é relativo né? Eu continuo sem tempo! Sempre que acho que terei uma semana mais tranquila, aparecem mil compromissos. É muito louco isso! Olha, dinheiro não tem entrado muito, mas coisa pra fazer é o que não falta.

É isso. Esse é um post sem conclusão mesmo, só pra compartilhar pensamentos! : )

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Martin Vlogueiro

julho 13, 2016 Helô Righetto 5 Comentários


Há muitos anos que o Martin abandonou esse barco, quer dizer, esse blog. Mas ultimamente ele anda metido a vlogueiro (influenciado pelo Casey Neistat, o qual ele assiste religiosamente TODOS OS DIAS) quando vamos viajar.

Aqui estão os dois vídeos que ele fez das nossas férias na Sicília (são diferentes do vídeo que postei quando estava lá, aquele fui eu que editei). Ele vive me falando que eu deveria falar durante os vídeos, mas eu não tenho paciência (ainda que tente, por causa da profissão!). Então nossos vídeos, apesar de utilizarmos as mesmas filmagens, ficam completamente diferentes.

Já pensou se depois desses anos todos postando sobre viagens e tentando ganhar dinheiro assim quem fica rico é ele? Tomara!



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Leitura: The Heart Goes Last, Margaret Atwood

julho 12, 2016 Helô Righetto 1 Comentários


Eu não curti o primeiro livro da Margaret Atwood que li (Surfacing), mas conheço tanta gente que gosta dela que resolvi dar uma nova chance. Que decepção! Tudo bem, reconheço que ela é uma grande escritora - até porque os dois livros são muito diferentes - mas não vou tentar de novo. Não é pra mim.

Como eu falei na postagem do Instagram, esse é um ótimo livro para as férias. É uma boa distração (correndo o grande risco de soar arrogante). E olha, até começa bem. Um casal que perdeu tudo (moram no carro e vivem de bicos) topa participar de um projeto que promete casa e trabalho para todos os participantes, dentro de uma cidade murada. Com um porém: um mês você vive 'normalmente' e no outro fica em uma prisão. Todos os participantes desse projeto tem que fazer isso, E, enquanto você está na prisão, outras pessoas estão na sua casa.

Aí o tal casal se envolve com o outro casal, os que habitam a casa quando eles estão presos e vice versa. Interessante, né? Pois é, só que a história não é essa, como promete a orelha do livro. Ela fica ruim, muito ruim. Envolve robôs construídos para prostituição (prostibots), uma mulher que se apaixona por um bichinho de pelúcia e afins.

Não gostei. Terminei de ler na viagem de volta da Sicília e deixei no avião. Quem sabe quem o herdou vai apreciar um pouco mais?

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Un panino al salame

julho 09, 2016 Helô Righetto 2 Comentários


Uma música que tem na letra a frase 'um sanduíche de salame' não pode ser uma boa música. Mas o que fazer quando ela gruda na cabeça, já que nos acompanhou durante nossa viagem pela Sicília? Pois é, era entrar no carro e partir pro próximo destino que lá vinha ela.

Então hoje, depois de desfazer as malas e ir no supermercado pra repor a geladeira vazia, o sanduíche de salame está no repeat aqui em casa, pra nos lembrar dessas férias maravilhosas.


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Uma semana em um minuto e meio!

julho 02, 2016 Helô Righetto 1 Comentários


Mais ou menos isso que fizemos nessa última semana... chegamos na metade da viagem!

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Leave the gun. Take the cannoli.

junho 30, 2016 Helô Righetto 6 Comentários


Estou sonhando e planejando essa viagem para a Sicília desde o comecinho desse ano. Lembro que quando resolvemos tirar duas semanas de férias de verão (algo que nunca fizemos antes), a ideia era ir para Malta também (eu quero muito voltar lá com o Martin, pois fui sozinha em 2014 representando o Aprendiz de Viajante). Mas quando comecei a montar o roteiro percebi que em duas semanas mal daria tempo de conhecer uma delas.

Cefalù
Então, pra variar, escolhemos a Itália. Ah, a Itália. A gente sempre acaba vindo pra cá (o pior é que já estamos pensando nas férias do ano que vem. E adivinhem? Eu quero Itália de novo. Não é muito difícil convencer o Martin quando temos Aperol Spritz e salada caprese em jogo), e sempre nos surpreendemos.

Taormina
Já estamos no dia 6 de uma viagem de 15 dias, e se eu tivesse que voltar pra casa hoje já teria razões suficientes pra voltar. Pode ser o sol de rachar, o mar cristalino, a média de dois Aperol Spritz por dia, a receptividade dos sicilianos, a cerâmica, os cannoli. Ah, os cannoli.



Eu e Martin já estamos aqui pensando na casa que vamos comprar em Cefalù e no boteco de Aperol Spritz que vamos abrir em uma das ruas do centro histórico. Sonhar é preciso! 

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