Leitura: A Pele de Onagro, Honoré de Balzac

julho 10, 2012 Helô Righetto 4 Comentários

Pois é, li meu primeiro Balzac. Antes de achar que eu sou intelectual, já deixo bem claro: achei mega chato.

Eu e meu pai definitivamente não temos gostos literários similares. Enquanto eu lia essa pentelhação balzaquiana que meu lindo paizinho deixou aqui em sua última visita, ele lia As Virgens Suicidas por recomendação minha. Adivinhem? Ele detestou.



Olha, tempo perdido não foi. Afinal, é um clássico. E tem até umas partes divertidas, como essa aqui, que eu achei super contemporânea (apesar da história se passar na primeira metade do século 19):


"Senhores, um brinde ao poder ao dinheiro. O sr. de Valentin, seis vezes milionário, chega ao poder. Ele é rei, pode tudo, está acima de tudo, como todos os ricos. Para ele, agora, 'Os franceses são iguais perante a lei' é uma mentira inscrita na abertura da Constituição. Ele não obedecerá às leis, elas é que lhe obedecerão. Não há cadafalso nem carrasco para os milionários!"


Mas, vamos a um resumo: a história começa quando Raphael de Valentin está prestes a se suicidar. Mas tudo muda quando ele é presenteado com uma pele de onagro (um tipo de jumento) mágica, que atende seus desejos. Porém, a cada desejo, a pele diminui de tamanho, e quando ela acabar, a vida dele também acaba.

Parece interessante né? Mas o negócio é que 70% do livro é ele contando sua vida até o dia que recebe a pele, em um parágrafo contínuo que dura mais de 100 páginas. Se isso não é suficientemente chato, pense que toda essa parte não conecta com os 30% restantes, sua vida após obter a pele. Eu sei, há grandes chances de eu ser a songa monga que não entendeu a conexão, mas que peguei birra do escritor, isso peguei.

Caso alguém aí já tenha lido A Pele de Onagro e tenha uma opinião diferente da minha: ajude essa mocinha a compreender Balzac!


4 comentários:

  1. eugenia grandet é legal.

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  2. Nunca li Balzac e olha... não tenho tanta vontade assim. Mas preciso anotar as suas dicas de livros para a proxima vez que eu for na biblioteca. Ainda nao li Virgens Suicidas.

    A proposito hoje peguei um livro do Nick Hornby, estou precisando de uma leitura levinha para desestressar!

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  3. Vou ler, apesar da preguiça, rsrs.

    Li o Pai Goriot e gostei muito. Me lembrou Machado, não sei por quê.
    bjss

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    1. Machado teve forte influência de Balzac... deve ter sido por isso... :)

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