O nosso pub

junho 30, 2013 Helô Righetto 1 Comentários

Quando o dia está quente e ensolorado (como hoje), a gente sempre acaba fazendo a mesma coisa: uma voltinha pelo bairro antes de parar no nosso pub preferido.

Temos até outros pubs um pouquinho mais perto de casa (não que esse seja longe, menos de 10 minutos), mas esse é bem na beira do rio e fica fora da rota turística do bairro.

O ideal é conseguir uma mesa do lado de fora - e quando conseguimos, ficamos lá horas. Pedimos comida, bebida e ficamos vendo o vai e volta dos barcos no rio (no inverno não deixamos de ir lá - mas é claro, ficamos do lado de dentro!).

E nosso domingo foi assim....



Se o calor é grande, a jarra de Pimm's também é

A fila pra pedir bebida

O pub por dentro

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Esquerdista e libertária

junho 27, 2013 Helô Righetto 7 Comentários

Com tudo isso que anda acontecendo no Brasil, as redes sociais foram inundadas de expressões políticas e acho que nem em eleição presidencial tanto se falou de ser de direita ou de esquerda. Aí que em meio a essa conversa algumas pessoas postaram no twitter e no facebook um link para um teste que te ajuda a esclarecer as ideias.

Você responde umas perguntas e no final aparece um gráfico interessante, que não apenas aponta pra esquerda ou pra direita, mas também te posiciona entre autoritarismo e libertarismo (espero que eu tenha traduzido corretamente). Segundo as pessoas que criaram esse teste, esse gráfico é muito mais atual pois os conceitos de direita e esquerda não caminham sozinhos. Enfim, tudo está mais explicado lá.

Bom, aqui está meu resultado! Nenhuma supresa, quem me lê provavelmente já sabia (assim como eu!)



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52 objetos: semana 45

junho 23, 2013 Helô Righetto 2 Comentários

O que é: cama de solteiro (é uma bicama) que eu dividia com a minha irmã

Onde fica: no quarto de hóspedes

Por que foi escolhido: compramos essa cama acho que entre 1994/1995, quando voltamos de Recife. O quarto que eu dividia com  a minha irmã tinha uma decoração que já estava um tanto quanto infantil pra gente, e foi totalmente reformado. Como não cabiam duas camas, escolhemos essa bicama (lembro até onde foi comprada, numa loja de móveis na Av. Ibirapuera lá em SP). Ela é de madeira, e originalmente tinha acabamento natural, então mandamos pintar de branco.  Minha irmã dormia na cama de cima e eu na bicama (sina de irmã de mais nova, eu acho). Dividimos essa cama até meus pais se mudarem pra Joinville, em 2002 - então minha irmã se mudou pro quarto que era deles e eu fiquei com a cama só pra mim. Logo depois, minha irmã também foi embora - e foi assim que a cama ficou comigo.

E o que mais: a cama foi comigo pro apê que eu dividi com uma amiga da faculdade por um ano, e depois pro apartamento que eu e o Martin moramos. E hoje ela está aqui, veio na mudança, é a cama dos hóspedes. Ela já está meio detonada, o ideal seria mandar pintá-la novamente, mas e o ânimo? Bom, há tempos que jogamos fora o colchão da bicama, estava muito detonado. Então, quando temos mais de uma pessoa como hóspede, um deles dorme no colchão de ar. As gavetas de baixo estão cheias de ferramentas e bagunça do Martin, e como não tem colchão na bicama, comecei a guardar algumas coisas ali também. Afinal, aqui em Londres, temos que aproveitar cada milímetro!

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Blogando em dupla: LonNY

junho 21, 2013 Helô Righetto 5 Comentários

Começou com uma brincadeira pra eu e a Dani nos mantermos conectadas apesar da distância, mas agora que já temos uns postzinhos achei que seria legal compartilhar por aqui: o LonNY é um blog que mostra a diferença (e semelhanças, por que não?) entre Londres e Nova York.

É assim: eu tiro uma foto de qualquer coisa de Londres, e ela tem que procurar o equivalente de NY. E vice-versa. Pra gente se divertir e de quebra ficar com o olhar mais atento. Sem compromisso.

O link é esse: http://lon-ny.blogspot.co.uk/

Passa lá!




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Blogagem coletiva: 11x2

junho 20, 2013 Helô Righetto 7 Comentários

Há um tempo está rolando esse "meme" nos blogs de viagem, que acabou virando uma blogagem coletiva. A proposta é contar 11 coisas sobre você mesmo, responder 11 perguntas propostas pelo blogueiro que te convidou e fazer 11 perguntas pra passar adiante.

Maaaas, vou ser chata e transformar o 11x3 em 11x2: vou contar as 11 coisas sobre mim e responder as 11 perguntas que a Luciana Misura fez (A Mi e a Vivi também me convocaram, mas a Lu fez um bem bolado nas perguntas que acho que tem mais o perfil desse blog) - e passo a bola pra quem mais quiser participar.

Vamos lá, 11 coisas sobre mim:

1. Quando eu era criança, queria ser veterinária. Achava que meu amor por cachorros seria o suficiente pra exercer a profissão. Meu pavor de sangue/agulha/hospital/situações de emergência me fez mudar de ideia depois de mais crescidinha.

2. Meu sonho de infância é ter um cachorro. Sei que poderia ter um agora, a casa é minha e tal, mas acho que ainda não é hora. Quero ter um cachorro quando tiver um quintal e não trabalhar tanto.

3. Lá pelos 9, 10 anos, comecei a frequentar aulas de catecismo pra fazer a primeira comunhão. mas um belo dia falei pra minha mãe que não queria mais. E tudo bem. Acho que foi a primeira vez que questionei o sentido da religião na minha vida - claro que na época nem pensei nisso, eu só estava de saco cheio de ir nas aulas no sábado de manhã, mas hoje vejo como um marco na minha vida

4. Nunca fui fã de balada, mesmo em plena adolescência. Não sei explicar porque. Gosto de ir em shows, restaurante, ficar de bobeira tomando umas no pub, mas balada não. Muito, muito raro.

5. Meu primeiro emprego "carteira assinada" foi na TAM, no aeroporto de congonhas, fazendo check-in e controlando embarques. Eu tinha só 18 anos quando comecei mas foi de longe o emprego mais estressante da minha vida. Fiquei lá pouco mais de 1 ano (na época, essa era a média, ninguém aguentava). Vocês não tem ideia de como as pessoas podem ser más quando perdem o vôo.

6. Morei em Recife entre 1993 e 1994, foi um período tão curto mas uma das melhores coisas que aconteceram na minha vida. Nunca esqueço Recife e os amigos que fiz lá - sofri muito mais quando meu pai anunciou que teríamos que voltar pra SP do que quando ele contou que nos mudaríamos pra lá.

7. Estudei inglês na Cultura Inglesa por muitos e muitos anos, acho que fiz o curso completo, do Junior 1 ao CPE. Claro que valeu demais a pena, mas ir pra aula de inglês de 100 minutos duas vezes por semana era penoso.

8. Odeio academia. Odeio, odeio, odeio, com todas as forças. Já tentei umas 3 vezes e nas 3 vezes me arrependi, joguei dinheiro fora.

9. Não sabia direito o que eu queria fazer da vida quando prestei vestibular aos 17 anos. Sabia que não queria fazer nada tradicional, tipo administração ou direito (pra tristeza do meu pai). Gostava da área criativa, mas não entendia o que eu podia fazer nessa área. Aí prestei Desenho Industrial na Faculdade de Belas Artes e comecei o curso sem saber exatamente do que se tratava. Desisti depois do primeiro ano e fui fazer Design de Interiores na Escola Panamericana, que durou 3 anos. No último ano, por causa de um projeto de mobiliário, entendi que meu lugar era na faculdade de Desenho Industrial e resolvi começar tudo de novo - prestei vestibular novamente e aos 22 anos entrei no Mackenzie. Me sentia a "velha" entre o pessoal de 17, 18 anos, mas pelo menos tinha certeza do que queria. E deu certo.

10. Eu não posso ter uma lata de Nescau em casa que detono em 5 dias. Não tô exagerando. Então nem compro.

11. Eu sou péssima com trabalhos manuais, mesmo os mais simples como embrulhar presente.

Abaixo, respondo as perguntas feitas pela Lu Misura:

1. Qual foi a primeira viagem da qual você tem alguma lembrança e que lembrança é essa? 
Certamente foi de São Paulo a Joinville, de carro. Não tenho lembrança da primeira viagem, mas do conjunto de viagens entre São Paulo e Santa Catarina que fiz com meus pais e minha irmã por anos a fio.

2. Qual foi a sua primeira viagem internacional e como foi?
Foi pra Bariloche, na Argentina. Tinha 17 anos e fui com mais 3 colegas da escola, junto com a excursão de formatura do colegial de outra escola. Foi sensacional! Primeira vez fora do país, primeira vez sem meus pais, primeira vez que vi neve!

3. Qual o destino que você sempre tem voltade de voltar e por quê? 
Paris! Temos grandes amigos lá que nos fazem sentir em casa. Como vou pelo menos duas vezes por ano a trabalho também, me viro bem no metrô e andando pelas ruas.

4. Quantos anos tem o seu blog e de quando você começou o blog pra cá, o que mudou? 
Vai completar 9 anos em agosto - mudou demais! Pra começar, o Martin também escrevia aqui, e a gente usava o blog como um diálogo com os poucos amigos que sabiam de sua existência. É legal que o conteúdo foi amadurecendo junto comigo, e depois que nos mudamos pra Londres virou também um canal de comunicação com a família e os amigos. Por causa desse blog, ganhei grandes amigas em Londres e conheci muita gente legal, ao vivo e online.

5. Do que você gosta de falar no blog que nem sempre é um assunto popular com os leitores? 
Não sei mesmo! A média de visitas e comentários no blog é sempre a mesma em todos os posts! Acho que quem vem aqui já meio que me conhece e curte minhas divagações.

6. Que assunto você sempre recebe perguntas pelo blog e que menos gosta de responder? 
Sobre visto e intercâmbio. Não sei nada desses assuntos e tenho a sensação que as pessoas ficam decepcionadas quando respondo dizendo que não tenho como ajudar.

7. Pra que lugar você não viajaria e por quê? 
A ideia de viajar pra lugares com governos opressores me desanima um pouco. Não sei se deixaria de ir se a oportunidade aparacesse, mas esses lugares não estão no topo da minha lista.

8. Perrengues todo mundo passa em viagem, qual foi sua maior furada até o momento? 
Ficar "presa" em Lyon sem conseguir voltar a Londres por causa da neve - já falei muito desse assunto aqui!

9. Como você planeja as suas viagens? Quanta antecedência, planeja nos mínimos detalhes ou deixa em aberto, que sites usa? 
Não tenho metodologia definida. Pergunto pro Martin se ele pode viajar em tais dias, pergunto o que acha de irmos pra tal lugar, entro no site skyscanner.com, compro o vôo e logo depois no booking.com e fecho hotel. Chegando mais perto compro guia impresso (sempre levo guia impresso e mapa) e leio blogs de viagem.

10. Pra que lugar você quer viajar mas vai ter que ser sozinho porque ninguém quer nunca ir contigo? 
Não tive esse problema até agora, felizmente o Martin sempre está disposto a ir onde eu quero ir!

11. Se tem filhos, viajar melhorou ou piorou com a companhia deles? 
Passo!

É isso! Alguém se anima a participar?

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Todo o nosso apoio

junho 18, 2013 Helô Righetto 5 Comentários

Então lá fomos nós para Westminster, fazer um pouquinho pra dar uma força. Olha, foi super legal, o pessoal tava animado, muitos cartazes, todo mundo na mesma "vibe" mas admito que faltou aquela emoção, aquele arrepio na espinha de estar no olho do furacão. Me senti pequena, mas tambem fiquei orgulhosa quando precisei explicar para os gringos curiosos o que estava acontecendo.

Algumas imagens de hoje (fiquei lá das 17 às 19h, o protesto foi até às 20h) - estávamos atrás da Abadia de Westminster, e de frente para o Parlamento. Não é a localização ideal para os protestos (que geralmente ocorrem na Trafalgar Square) e a turma ficou meio apertada ali na praça, mas deu pra fazer barulho!





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52 objetos: semana 44

junho 16, 2013 Helô Righetto 5 Comentários

O que é: xícaras de café e pires de porcelana pintados a mão, que pertenciam a minha vó materna

Onde fica: num dos armários da cozinha

Por que foi escolhido: me lembro que desde pequena, quando ia lá nos meus avós em Joinville, tomava café com leite nessas xícaras. Sempre que a gente chegada de viagem, minha vó botava a mesa do café. Acho que foi lá que devo ter tomado café com leite pela primeira vez.

E o que mais: essas xícaras ja eram antigas quando eu era pequena, e estão super bem conservadas. Calculo que elas tenham uns 40/45 anos. São delicadas: não dá pra colocar na máquina de lavar ou no microondas, então eu não uso muito no dia a dia. Mas são lindas demais, a delicadeza das flores pintadas a mão não tem igual.

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Exposição: George Bellows, Modern American Life

junho 15, 2013 Helô Righetto 5 Comentários

Consegui visitar essa exposição na Royal Academy of Arts no penúltimo dia dela, há pouco mais de uma semana. Eu nunca tinha ouvido falar de George Bellows, mas fiquei atraída pela imagem usada para as propagandas no metrô, dessa obra aqui:


Bellows nasceu no fim do século 19 e morreu em 1925, muito jovem ainda, aos 42 anos. Pelo que li, não só na exposição mas pesquisando na internet depois que cheguei em casa, ele foi o artista mais bem sucedido de sua geração, e essa foi a primeira retrospectiva do seu trabalho no Reino Unido.

O que mais me chamou a atenção nessa retrospectiva foi a variedade de estilos das pinturas e gravuras: desde paisagens e retratos às lutas de boxe clandestinas em NY no começo do século. Mas não só isso: o tipo de pincelada muda também, é difícil acreditar que uma mesma pessoa seja tão talentosa a ponto de pintar quadros tão diferentes.



Enfim, adorei. Uma pena que a exposição tenha sido tão pequena - o curioso é quue quando cheguei em casa procurei saber mais sobre ele em alguns livros de história da arte que tenho e não achei sequer uma menção. Ainda bem que trouxe o catálogo pra casa!

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No repeat: Forever, Haim

junho 14, 2013 Helô Righetto 2 Comentários

Quando eu gosto muito de uma música eu escuto ela trocentas vezes por dia, acho que é porque meu conhecimento musical é bem limitado e eu parei no tempo - continuo ouvindo as músicas que eu ouvia há 10 anos e não me animo muito a procurar as novidades também.

Mas recentemente uma colega do trabalho indicou a banda Haim - e eu acabei "viciando" em uma música em particular, Forever. Tudo bem que nem é tão novidade assim, mas pra uma pessoa que tem em seu playlist Erasure, Bon Jovi e Queen, foi uma verdadeira descoberta, um refresh musical.

Aí vai, pra ficar no repeat em plena sexta feira - Forever:

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Renata em Londres

junho 11, 2013 Helô Righetto 3 Comentários

Eu recebo emails com uma certa frequência de pessoas com dúvidas diversas: desde quem vem a Londres a passeio e quer uma opinião de hospedagem até dos que me perguntam sobre processo pra tirar visto ou fazer intercâmbio.

Eu sempre respondo - posso não saber tirar a dúvida, mas eu sempre respondo (caso você tenha me mandado email e eu não respondi, deve ter ido pra caixa de spam ou algo do tipo). Porém, raramente recebo um feedback - seja da pessoa que veio passear ou de quem veio estudar.

Então vocês imaginam como fiquei contente quando a Renata, que me escreveu um email muito, mas muito legal, há quase 2 meses, contando que lia o blog e estava vindo pra Londres pela segunda vez, me escreveu depois que voltou de viagem. Ela não só me falou o que fez de bom por aqui como também me mandou umas fotos lindas.

Aí que eu perguntei se ela deixaria eu postar algumas dessas fotos e o relato que ela fez da viagem aqui no blog -  e ela deixou!

Renata, muito obrigada mais uma vez! Não conseguimos nos encontrar dessa vez, mas sempre tem uma próxima, certo?

"Como tinha falado, eu iria pra Greenwich na primeira vez em Londres e não fui, mas não podia deixar passar dessa vez. O bairro é lindo, com aquelas ruazinhas charmosas e tranquilas, que dão a impressão de que estamos fora da cidade grande. Já senti essa atmosfera assim que cheguei pela DRL e botei o pé em Greenwich e me deparei com aquele prédio da universidade que tem um relógio. Andei pelas ruazinhas, fui para o Greenwich Park, até o Royal Observatory. Aliás, que vista INCRÍVEL temos de Londres dali. É emocionante! Aquele ventinho batendo no rosto e olhar para aquele verde e depois para os prédios da cidade. Fico feliz que vc more num bairro maravilhoso como esse, tão rico! Dá pra contar bairros que tenham tanta história, relevância, beleza e Greenwich tem tudo isso. É fácil uma cidade ter isso, mas um bairro não! Depois do almoço fui para o Discover Greenwich no Royal Naval College e cheguei até o Thames. 


Sempre gostei de andar de lancha, escuna, balsa enfim, e claro que tinha vontade de fazer o passeio de barco pelo rio e não fiz da outra vez. Não poderia deixar passar e não resisti quando vi o Greenwich Pier. Comprei o meu ticket, embarquei e voltei de Greenwich de barco. Que passeio lindo e inesquecível, Helô! Além de Greenwich fui ver Londres do alto do Shard e valeu muito a pena! Escolhi o horário das 19h30 e fiquei até escurecer completamente duas horas depois. Como você bem disse no Aprendiz de Viajante, tanto o Shard e a London Eye proporcionam emoções diferentes e os dois são válidos. 

Apesar de ter ido a primeira vez no Victoria & Albert Museum, Science e Natural History Museum, deixei de ir na Torre de Londres, na National Gallery e na Somerset House, pelo simples fato de eu passar com facilidade por eles e pensar em encaixá-los no meio de outros passeios, mas sempre chegava tarde para entrar em qualquer deles. Os dois últimos são incríveis e seria imperdoável não vir, de novo, todas aquelas obras na National Gallery. De graça! 





Depois da Torre de Londres, fui para o outro lado do rio andar na Queens Walk num dia lindo, um sol incrível. Sentei lá por quase uma hora, só admirando a paisagem e pensando na vida. Deixei o Borough Market pro último dia. Adorei! Aproveitei e conheci a Southwark Cathedral que fica ao lado. Fui também na Saint Martin in the Fields na Trafalgar Square, onde tomei sopa na Cripta. Ambas são lindas! 

Repeti outros lugares tb, como Camden Town que, com certeza, irei sempre visitar quando for à Londres. Eu AMO aquele lugar! Amo música, rock principalmente, e encontro lá muitas coisas que gosto, como pôsteres, quadros e CD´s dos meus artistas favoritos. Sem contar a diversidades de sons, comida e cultura que têm por lá e enriquece qualquer ambiente. 

Esses foram os pontos principais e inéditos da minha segunda ida à Londres, sem contar as caminhadas no Hyde Park, Regent´s Park, Big Ben, Trafalgar Square etc. Espero voltar em breve porque amo essa cidade!"

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52 objetos: semana 43

junho 10, 2013 Helô Righetto 2 Comentários

O que é: coleção de livros de arte e catálogos de exposições

Onde fica: espalhada pela sala - tem na mesa de centro, na estante, no rack da tv

Por que foi escolhido: já contei aqui no blog que uma grande frustração é não ter seguido em frente com a pós de história da arte. Mas aprendi a dar meu jeito de continuar aprendendo: com os livros. Tenho alguns livros que ensinam o assunto de forma bem fácil, como o "Estilo, Escolas e Movimentos" e "50 British Artists You Should Know". Volta e meia pego algum pra dar uma lida ou pra consultar algum nome de artista ou obra que gostei de ver no museu. Já os catálogos eu compro como lembrança das exposições e museus que visitei e gostei - é uma ótima maneira de aprender também. Sempre que releio um catálogo de uma exposição antiga, lembro exatamente dos quadros que vi e gostei. Assim, fica mais fácil "ativar" a memória.

E o que mais: eu adoraria um dia trabalhar em algum museu, mas não sei exatamente fazendo o que. Enquanto isso, vou namorando meus livros e fazendo uns cursinhos aqui e ali!

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Leitura: Equador, Miguel Sousa Tavares

junho 07, 2013 Helô Righetto 14 Comentários

Que livro! Muito, muito bom mesmo - bem que meu pai disse que eu ia gostar. Esse é mais um da leva de livros em português que meus pais deixaram aqui ano passado. E acho que não vou devolver, esse é aqueles de guardar na estante pra sempre.

Bom, um pouco sobre a história dele, que se passa no começo do século 20: Luís Bernardo Valença, um playboyzinho de Lisboa mas cheio de opiniões políticas (as quais são as vezes publicadas nos jornais de Portugal), é convidado pelo rei de Portugal para governar as ilhas de São Tomé e Príncipe (que ficam na linha do Equador, daí o nome).

É uma situação complicada: ele se vê meio que obrigado a aceitar o "convite" e então vai pra lá, onde tem a missão de convencer um cônsul inglês que as roças de cacau e café das ilhas não usam trabalho escravo. Vocês não tem noção da encrenca.

Bom, o livro até a metade já é ótimo, mas aí com a chegada do cônsul inglês na ilha é que a coisa fica boa. Uma vez que você chega nessa parte, não dá mais pra largar a leitura!

Leiam, é realmente sensacional. Com certeza vou procurar outros títulos desse mesmo autor, já até me deram indicação quando postei a foto dele no Instagram.


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Everyday Sexism

junho 04, 2013 Helô Righetto 17 Comentários

Há alguns meses conheço o projeto Everyday Sexism e sempre ensaiei pra escrever sobre ele aqui. Quem me acompanha no twitter certamente já percebeu o quanto me identifiquei com o ideal do projeto - já divulguei várias vezes e inclusive ajudei na construção da versão brasileira do site (eu e a Ana fizemos a tradução).

Não sei porque esperei tanto pra falar do projeto aqui: talvez porque vejo o blog como um canto mais descontraído, talvez por receio de não conseguir expressar sua importância. Mas hoje, ao ver o vídeo (que foi lançado durante o show "Chime for Change" aqui em Londres, no fim de semana passado), sabia que tinha chegado a hora!

Então, esse é um post um pouco diferente do que vocês estão acostumados a ver aqui.

(eu sei que sexismo atinge homens também, mas aqui vou falar do problema na minha visão de mulher, até porque quem acompanha o projeto sabe que a esmagadora maioria dos casos relatados vem de mulheres)

O vídeo (em inglês):

EVERYDAYSEXISM (EXTENDED VERSION) from AMOS PICTURES on Vimeo.

A criadora do projeto Everyday Sexism é a Laura Bates, que decidiu montar um site onde as mulheres pudessem dividir experiências sexistas - ela mesma começou o site depois de ter sido assediada na rua. Ela espalhou o site entre amigas, divulgou em redes sociais e assim milhares e milhares de mulheres mandaram testemunhos - em forma de email, relato diretamente no site e tweets - contando suas histórias. Desde relatos de sexismo mais cotidiano, aquele que as vezes a gente nem acha que é problemático (ser chamada de gostosa na rua, ou o mecânico/técnico que veio consertar a geladeira que se recusa a falar com a mulher da casa, entre tantas outras coisas), até episódios que envolvem contato físico, como homens que se encostam em mulheres no metrô - ou pior, masturbam-se em frente delas.

Eu deixei vários relatos no site. Contei da minha lembrança dos almoços em família, e de como depois de comer as mulheres iam lavar a louça e os homens iam dormir. Contei também de quando estava em um show com uma amiga e um cara ficou insistindo, tentando me beijar, me agarrar. Quando empurrei e falei não, ouvi de volta "então vai se fuder". Até um evento bem recente - atravessei a rua na faixa de pedestres e assim que cheguei do outro lado, ouvi do motorista que estava esperando pra acelerar: "bitch".  Contei da cara de espanto que as pessoas fazem quando conto que meu marido é quem faz a janta todos os dias. "Como você é sortuda!", é o que sempre ouço, como se meu marido estivesse me fazendo um favor, já que cozinhar deveria ser a minha função. Tenho tantas outras histórias, não apenas minhas mas também de amigas.

Sexismo existe em todo lugar, infelizmente. Até as mulheres são sexistas. Li esses dias em um blog desses "de moda" um texto onde a blogueira diz que é preciso estar sempre arrumada pro marido. E quantas mulheres não acham que trabalho de casa é de mulher? Que mulher provoca e deveria se vestir e agir de forma "adequada"?

O pior é que a gente fecha os olhos pro sexismo: se você reclama pra alguém que foi assediada na rua, é bem possível ouvir como resposta algo do tipo "ah mas é que você tá com uma roupa muito justa hoje" ou então "ai, relaxa, leva como elogio" e "mas que mau humor! É só uma piada". E isso é tão frustrante! Tão frustrante que no fim ficamos caladas - pra que reclamar de algo que jamais vai deixar de acontecer, certo?

Errado! Pra mim, o Everyday Sexism vai deixar sua marca na história. Se hoje em dia é absurdo pensarmos que já teve um tempo onde mulheres não podiam votar, penso que chegará um dia que as pessoas vão olhar para trás e comentar o absurdo do sexismo.

 Vejam o vídeo, até o final. Os relatos são tristes, e fazem tudo ficar muito mais real.

A boa notícia é que o Everyday Sexism ganhou proporções muito maiores do que Laura jamais poderia imaginar quando fez o site. E para continuar crescendo, precisa de fundos. É possível doar qualquer valor usando esse site aqui: é muito simples e rápido (a doação é em dólares). Eu, é claro, já fiz a minha doação. Aproveite que você tá aqui lendo e já vai lá, não deixe pra depois!

Site Everyday Sexism: www.everydaysexism.com
Twitter: twitter.com/everydaysexism
Para fazer sua doação: www.catapult.org/project/fighting-everyday-sexism

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52 objetos: semana 42

junho 02, 2013 Helô Righetto 3 Comentários

O que é: capa do caderno de esportes do jornal Estado de São Paulo do dia 16/12/2002, emoldurado

Onde fica: na sala, no chão, apoiado contra a janela da varanda

Por que foi escolhido: o dia 15/12/2002 foi um dos dias mais emocionantes da minha vida. E toda vez que olho pra esse quadro me lembro exatamente dos detalhes, desde a hora que chegamos no estádio até o nervosismo dos últimos minutos antes do apito final desse jogaço, final do campeonato brasileiro de 2002. Eu, minha irmã e meu pai vimos juntos, no Morumbi, nosso time ser campeão - e só quem já viu isso sabe como é incrível.

E o que mais: quem lê esse blog há mais tempo sabe que sou santista, e sempre fui uma torcedora ativa: vi jogos em estádios várias vezes, fazia aposta e entrava naquele clima de competição com os colegas de trabalho que torciam pra times rivais. A mudança pra Londres me afastou um pouco das dores e delícias de torcer com paixão para um time de futebol (mas não me impediu de acordar de madrugada pra ver o Santos ganhar a Libertadores), mas sempre acompanho os resultados: seja pelo meu pai comentando os gols ou as derrotas no skype ou pelos sites de notícias brasileiros que leio todo dia. Independente da distância, meu coração é 100% santista e eu não poderia deixar de incluir esse pedaço de mim no projeto 52 objetos.

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