Leitura: A Thousand Splendid Suns, Khaled Hosseini
Antes de escrever sobre o que eu achei do livro, queria contar que ganhei ele de presente de aniversário, ano passado, de uma querida amiga, a
Lídia. Sem puxação de saco, pra ser bem honesta mesmo, eu acho que livros são os melhores presentes que alguém pode dar e consequentemente, ganhar. Isso meu pai falava pra gente em casa desde pequenas, quando a gente tinha uma festinha de aniversário pra ir e não sabia o que dar.
Então eu valorizo demais mesmo, independente se o livro me conquistou ou não. Acho que a gente só molda nosso gosto, vai refinando nosso estilo, se ler mais e mais. Agora pra mim é ainda mais importante ler, pois além do prazer habitual, eu tento aprender mais e melhorar minha própria escrita.
Dito isso, vamos ao livro. Bom, vocês devem ter achado o nome do autor familiar. E não é para menos, já que é o mesmo escritor do Caçados de Pipas, que meio mundo leu. Eu li também, e gostei bastante, por isso minhas expectativas para esse estavam bem altas.
Agora que acabei de acabar de ler, não sei explicar muito bem se atingiu as expectativas. Eu gostei sim, principalmente do meio - o começo e o fim achei fracos (poderia ter terminado umas 20 páginas antes, mas no final você já está aquecido então a leitura flui muito mais rápido) - mas na minha opinião o livro poderia ter metade das páginas, e a história seria contada da mesma maneira, só que mais objetiva e menos, bem menos, melodramática.
Não me levem a mal, eu entendo o que o autor quis transmitir: a história recente do Afeganistão, em constante guerra, só piorando quando você acha que não tem como ficar pior. Mas pra mim ficou a sensação de que o autor está tentando fazer o leitor chorar, sabem? Não gosto disso.
Outra coisa que me irritou mais um tantinho foi a quantidade de semelhanças com o famoso Caçador de Pipas. Principalmente no começo, mas, de novo, entendo que ele quer bater na tecla de passar a triste história do país adiante. Confesso que ao ler algumas páginas, eu pensei "mas será que esse cara vai mesmo dar uma de Dan Brown (desculpe, eu não gosto do Dan Brown gente, mas é coisa minha, gosto para livros é particular demais) pra cima de mim e contar a mesma história
on and on and on?" Enfim, exagerei tá?
A história gira em torno de duas mulheres afegãs, Mariam e Laila, que nascem em épocas diferentes com condições totalmente distintas, mas acabam sob o mesmo - esposas do mesmo homem - devido a uma série de fatores. O laço entre elas vira meio que de mãe e filha, e juntas elas suportam um monte de barbaridades e raros momentos de felicidade.
O que eu gostei muito foi saber sobre a história do Afeganistão e como o papel da mulher no país mudou, e tem mudado, em um curto espaço de tempo, passando por altos e baixos. Mais baixos do que altos, infelizmente. Como eu falei antes, prepare-se: é um livro triste, muito triste, e acho mesmo que faz os mais sensíveis chorar. Se você achar o começo meio lento de ler - quando as histórias de Laila e Mariam são contadas separadamente - vai com fé que a partir do momento que elas passam a viver juntas fica interessante demais!
Ufa, escrevi muito, adoro isso, quando o livro me faz refletir...
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